Unindo Mamãe e Papai romance Capítulo 8

"Sr. Baker, por favor, se comporte! Eu vim aqui hoje para falar sobre a demolição da Auburn Street."

Fletcher viu como ela estava irritada. Ele se aproximou devagar do ouvido dela e sussurrou: "Você quer uma coisa de mim, né? Eu sou um homem de negócios, e não faço trocas em que vou ter prejuízo. O que você tem pra me oferecer pela mansão?"

A voz do homem era grossa, e o tom, frio. Ele olhou no fundo dos olhos dela enquanto falava devagar, mas ela sentiu a intenção por trás de cada palavra.

Caitlin não tinha dinheiro, pois a família Owen já havia ido à falência três anos atrás.

Vendo que ela não reagiu, Fletcher a segurou com ainda mais força pela cintura. A mulher se debateu, mas não conseguiu se desvencilhar dos braços dele. Ele olhou para o rosto delicado e para a pele suave dela. "Senhorita Owen, por que você não troca o seu corpo por aquela mansão?"

Sem dizer nada, o homem pegou um fio de cabelo que estava no ombro dela e o segurou com cuidado.

Logo em seguida, ele a empurrou contra o tanque. As costas dela bateram com força contra o vidro duro. Ela sentiu tanta dor que franziu a testa, e não conseguiu resistir. As longas pernas poderosas do homem estavam entre as dela, e ela sentia o cheiro dos fortes hormônios masculinos de Fletcher.

"Eu tô bastante interessado em você."

O jeito que o homem falava irritava Caitlin. Ela levantou a cabeça e olhou para o belo rosto dele, que estava extremamente perto do dela, e ficou nervosa. No momento em que ele estava prestes a beijá-la, ela começou a tremer de raiva. A mulher o empurrou de repente e saiu correndo do escritório.

Enquanto Fletcher a observava ir embora, ele franziu os lábios finos e apertou os olhos escuros. Em seguida olhou com frieza para o longo fio de cabelo preto na mão dele.

......

Caitlin cambaleou para fora do escritório. Ela estava tão perturbada que trombou com uma mulher.

Tum!

Os documentos que a mulher estava segurando caíram todos no chão. Caitlin se apressou para se abaixar e recolhê-los.

Quando entregou os documentos para a mulher, os olhos das duas se encontraram. Lacie Allen pareceu um pouco surpresa.

"Peço desculpas."

Lacie sorriu com educação para ela e pegou os documentos. "Não tem problema."

Quando Caitlin entrou no elevador, Lacie franziu a testa.

Essa mulher tinha os mesmos olhos de Andie.

Ela olhou para a barulhenta sala de entrevistas ali perto e se sentiu ainda mais inquieta. Será que Fletcher estava procurando pela mãe biológica da filha?

Ela pegou os documentos e foi até o escritório do CEO. No momento em que ia bater na porta, a mulher ouviu a conversa lá dentro.

"Aqui tá um fio de cabelo da Caitlin e um da Andie. Faz um teste de DNA entre as duas agora mesmo."

Fletcher estava mesmo procurando a mãe biológica de Andie.

Lacie segurou com força os documentos.

A porta do escritório foi aberta. Assim que Frank saiu, ele viu a mulher parada na porta. Por um momento, ele ficou sem reação, mas ainda a cumprimentou: "Senhorita Allen, o que posso fazer por você?"

"Ah, eu vim aqui para entregar uns documentos para o Fletcher."

Frank assentiu de leve e respondeu: "O chefe está lá dentro. Sra. Allen, com licença, preciso ir".

Curiosa, Lacie olhou para o envelope branco na mão do homem. "Frank, o que é isso?"

Ela tentou tirar o envelope da mão de Frank, que se afastou com cautela e disse, dando um leve sorriso: "Não é nada. Até mais".

Caitlin entrou em um taxi e disse, desanimada: "Deixa isso pra lá. Eu estraguei tudo. Ontem à noite, encontrei uma vaga pra um trabalho de meio período e tô indo lá fazer a entrevista agora".

"Não tem problema! Tenho certeza de que você vai conseguir entrar pro Grupo Baker por mérito próprio!"

Depois de desligar a ligação, Caitlin disse ao motorista. "Me leva ao Foreign Language Subsidiary Kindergarten."

......

Caitlin chegou à escola de jardim de infância e entrou no escritório do diretor.

"Olá, vim aqui para fazer a entrevista. Liguei para você ontem."

"Ah, você veio aqui pelo trabalho de professora de artes, certo?"

"Sim."

O diretor olhou o currículo dela e disse, sorrindo: "Srta. Owen, você se formou em uma ótima faculdade, mas não parece ter muita experiência com crianças. Recentemente, tem uma menina que está brigando com as outras. Tem alguma coisa que você possa fazer quanto a isso?"

Caitlin logo entendeu que isso era um teste. Ela deu um leve sorriso e respondeu: "Vou tentar".

O diretor a levou até uma pequena quadra. Ele apontou para uma garotinha sentada debaixo de uma grande árvore, não muito longe, e disse: "Essa garotinha é uma nova aluna na nossa escola. O nome dela é Andie, mas ela não se dá bem com os colegas de classe. Ontem, ela brigou com outra criança. Como a Andie vem de uma família poderosa, ninguém tem coragem de ir falar com ela. Como educadores, acho que conversar com ela é a nossa responsabilidade".

Caitlin foi até a garotinha. Andie fez beicinho e, com os olhos brilhando, olhou para ela. "Quem é você?"

"Qual é o seu nome? Por que você tá sentada aqui sozinha, em vez de estar brincando com as outras crianças?"

Andie continuou fazendo bico e respondeu: "Não quero te contar".