Unindo Mamãe e Papai romance Capítulo 91

A colega de Caitlin não esperava encontrar Fletcher na entrada do departamento de design. A mulher levou um susto tão grande que ficou pálida. Afinal, não sabia se Fletcher tinha ouvido o que ela acabou de dizer ou se a havia visto causando problemas para Caitlin.

"Sr. Baker... P-por que você está aqui?"

Com uma mão no bolso, Fletcher deu uma olhada na direção de Caitlin, que ainda estava dentro do departamento, e disse com indiferença: "É assim que vocês tratam os funcionários novos no departamento de design?"

"Eu... Sr. Baker, não foi isso. É que a Caitlin é só uma artista e as intenções dela são óbvias demais. Quando o projeto foi anunciado, ela quis participar dele de todo jeito e continuou insistindo mesmo depois que a Lacie falou que ela não tinha permissão."

A colega tentou mudar o foco da conversa para Lacie, e não era difícil entender o porquê.

Mas Fletcher franziu um pouco as sobrancelhas e insistiu no assunto: "Você não parece gostar da Caitlin".

"Sim, ninguém no departamento de design gosta dela, já que ela veio para cá por ter contatos. Se não fosse pelo sr. Harrison, ela teria conseguido um emprego aqui?"

Sr. Harrison? As pessoas achavam que Caitlin só havia conseguido entrar para o Grupo Baker por causa de Michael?

A mulher acrescentou: "Sr. Baker, na verdade, a diretora também não gosta da Caitlin porque ela não é obediente. Aí, ninguém gosta muito dela."

"Você não gosta dela, então?"

"É..."

"Nesse caso, guarda a sua opinião pra você."

"......."

Ela não se atreveu a dizer mais nada nem sabia o que pensar. Caitlin era muito estranha. Por que o sr. Harrison a ajudava e o sr. Baker também?

A vida particular dessa mulher era uma confusão! Não dava para saber com quantos homens ela estava dormindo!

A colega de Caitlin costumava agir com seriedade e arrogância, mas não fazia a menor ideia de como seduzir um homem tão bem assim!

.....................

Todos os funcionários do departamento de design foram almoçar, deixando Caitlin sentada sozinha na frente do computador, escrevendo um documento. Fletcher entrou ali de repente.

"Você quer o prêmio em dinheiro ou a noite com o Eduardo?"

A mulher ouviu uma voz masculina fria e familiar. Quando olhou para trás, viu Fletcher, que a encarava com frieza.

Ela olhou para ele, mas, como ainda estava com raiva, apenas virou o rosto e respondeu de mau-humor: "Não é da sua conta".

"Você é a sra. Baker, como que isso não é da minha conta?"

Caitlin retrucou: "Só de nome. Não vou ser pra sempre!"

"Por quê? Você não quer ver a Andie no futuro?"

A mulher ficou sem reação. "Como assim?"

Esse homem não seria tão desprezível a ponto de ameaçá-la com a própria filha, seria?

Fletcher lançou um olhar congelante a ela e disse com calma: "É isso mesmo que você ouviu."

"Seu...! Fletcher, você tá querendo dizer que é uma pessoa horrível e sem vergonha?"

O homem grunhiu em resposta e simplesmente desligou o computador dela. Ele fez isso tão rápido e com tanta naturalidade que ela foi pega de surpresa. "Eu posso ser ainda mais desprezível e sem vergonha."

"......."

O sangue de Caitlin ferveu, como se ela fosse um vulcão prestes a entrar em erupção. "Fletcher! Eu não tinha salvado o meu rascunho!"

Desgraçado! Filho da p*ta!

Ele fez isso de propósito!

Caitlin se levantou de repente, porém a aura de Fletcher era forte demais, de forma que ela perdeu o ímpeto.

"Almoça comigo."

"Não!"

"Por que ele me trata assim? Agora, quer que eu almoce com ele?", pensou ela.

O homem beliscou o queixo dela e ergueu-o para forçá-la a olhar nos olhos negros e gélidos dele.

"Fletcher, você pensa coisas tão sujas!"

Caitlin sentia raiva, humilhação... e uma certa mágoa misturada com uma emoção desconhecida.

Era um sentimento muito estranho. Quando os colegas de trabalho a tratavam mal, ela ficava no máximo um pouco irritada, mas não ligava tanto e nem esperava que essas pessoas fossem entendê-la um dia.

No entanto, quando era Fletcher que a interpretava mal desse jeito, ela se sentia injustiçada e ficava com vontade de chorar. Caitlin queria perguntar quem ele pensava que ela era.

O homem viu a raiva nos olhos dela, marejados de lágrimas. Ele soltou o queixo da mulher, porém não se afastou. Com a cabeça inclinada para baixo para encará-la, Fletcher insistiu outra vez: "Vai ignorar a minha pergunta?"

Ele lhe disse que era melhor não se aproximar de Eduardo.

Caitlin mordeu o lábio e respondeu: "Se você estiver mesmo fazendo isso por mim, eu vou te ouvir. Mas, se não quer que eu participe da competição por causa da Lacie, não vou te obedecer".

Fletcher franziu a testa e falou com indiferença: "Eu não tô ajudando a Lacie."

"Até parece! Você faz isso o tempo todo! Se não tá ajudando ela, por que não me diz o motivo de não querer que eu participe do concurso?"

Fletcher ficava um pouco excitado quando ela perdia a paciência desse jeito. Caitlin percebeu, então as bochechas esquentaram um pouco, e ela desviou o olhar.

O homem segurou a cintura da mulher, aproximou-se do rosto dela e disse em um tom sério. "Eu não quero que você passe uma noite com outro homem. Isso é um motivo bom o suficiente?"

Assim que Caitlin ergueu a cabeça, os olhos dela se encontraram com os olhos ardentes e focados de Fletcher. Ela corou ainda mais e não conseguiu desviar o olhar por um momento. No final, ela olhou para o pomo de adão sexy do homem.

"E-eu não tô participando da competição porque quero passar a noite com o Eduardo. O-o que eu quero é virar uma artista conceitual e ganhar o prêmio de um milhão de dólares."

No começo, ela estava furiosa. Mas, por conta do que ele disse, Caitlin não conseguiu mais ficar com raiva, e respondeu em um tom gentil e meigo.

Por que ela ficava tão assanhada perto de Fletcher? Ele não falou nada de mais e a mulher já o havia perdoado.

O homem olhou para o rosto lindo e corado de Caitlin. Então, fechou os olhos negros e se inclinou para beijá-la.

De repente, ouviu-se um "ding", e a porta do elevador se abriu.