Vanessa romance Capítulo 35

Miguel Prado

O sexo no carro em vez de me acalmar me deixou ainda mais ensandecido, Vanessa me deixa de uma forma que não sei dizer, ela tira todo meu controle, perto dela eu não sou o homem controlado e que age de forma premeditada, muito pelo contrário! Eu sou uma massa totalmente imprevisível e descontrolada.

Odeio o descontrole que ela me causa!

O caminho todo eu só pensava na porra do moleque ao seu lado lhe arrancado sorrisos fáceis, falando de coisas modernas, coisas que eu odeio, cinema, shopping, baladas, não suporto está rodeado de um bando de jovens irresponsáveis e metidos a descolados.

E o pior é que agir como a porra de um moleque descontrolado sem pensar em nada, a única coisa que pensava era meter forte na sua boceta, não pensei nos riscos em nada! Agi como a porra de um animal selvagem!

Enlouqueci com a bocetinha mais gostosa que já fodi!

Não sei como conseguir conduzir o carro até a casa da senhorita de Paula,

Sem ter condições de nenhum tipo de conversa a mandei descer do carro e entrar!

Mas ela fez?

Obvio que não!

Empinou a porra do nariz e disse que entra e sai de onde quiser a hora que quiser que eu não mando nela e nem sou a porra do seu pai!

Obvio que não sou seu pai, a última coisa que quero ser é seu pai!

Meus pensamentos sobre ela não são nem um pouco paternais.

Caralho caralho caralho! Vanessa ainda vai ser responsável por minha morte!

Eu a vejo totalmente descontrolada! Grita comigo, me xinga, fala que vai ter quantos amigos quiser!

Eu estou a ponto de explodir, a ponto de jogá-la sobre meu ombro e lavá-la até sua casa e lhe dar uma surra que nunca mais ela terá coragem de me desobedecer, narizinho empinado do caralho!

Pelo visto trocar o moleque de sala não foi o suficiente! Preciso de medidas mais drásticas

Só de imaginá-la nos corredores da faculdade de conversinhas fiadas, sorrisos com aquele moleque fico louco, perco o juízo!

Tomo uma decisão! Ela não vai mais estudar naquela faculdade nem em faculdade nenhuma, vai estudar dentro de casa onde não terá contato com esses tipos de garotos.

Vanessa fica louca com minha decisão e começa falar um monte de merda pra cima de mim, como consequência perco a merda do controle que não tenho e cuspo tudo que estava entalado na minha garganta me correndo como um veneno, me matando aos poucos.

Falo que ela não se deu ao respeito ao deixá-lo chegar tão perto,

Vanessa para acabar de selar meu caixão defende o filho da puta o chamando de amigo!

Como pode uma garota tão experiente ser tão ingênua ao mesmo tempo?

O filho da puta quer tudo menos ser amigo dela, como ela não percebe isso?

Ela só pode está de brincadeira comigo, então acabo falando algo pior, jogo na sua cara seu passado, acabo falando que não confio nela por ter sido uma garota de programa!

Na mesma hora me arrependo do que falei, assim que vejo a expressão sem vida e machucada que se apossa da senhorita de Paula, me sinto um cretino filho da puta por tê-la ferido tão profundamente!

Não éramos para estarmos tendo esse tipo de conversa, que inferno!

A senhorita de Paula vem com uma conversa de terminar!

Me desespero!

Peço desculpas mesmo que seja de boca para fora!

não quero terminar, não ainda!

Não enquanto só de olhar para ela me vejo louco, ardendo de desejo, a quero o tempo todo com tanto desespero que me assusta e nunca me sinto satisfeito, quando essa fome por Vanessa passar eu a deixarei ir embora mas por enquanto isso não é uma opção!

Aproveito que ela está atordoada a abraço, abraço tão forte que nada a tiraria de mim nesse momento, nada...

Ela ainda visivelmente abalada me pede para solta-la alegando que não consegue respirar, só então me dou conta da força demasiada com a qual a estou segurando-a e afrouxo um pouco o abraço mas sem a soltar totalmente.

__ me deixe subir Miguel por favor...

A dor presente na sua voz me faz libertá-la de mim, sem o calor do seu corpo contra o meu, sinto como se estivesse perdendo algo de valor imensurável.

Quando peço para conversamos amanhã no escritório Vanessa se mostra mais adulta e responsável que eu, alegando que o escritório não é lugar para esses tipos de conversa e ela está certa, mais uma vez me sinto um descontrolado!

No final acabamos por marcar um jantar após o expediente, me sinto satisfeito com isso.

Vanessa se vai e ela não sabe que terminar não é uma opção, nunca aceitaria essa decisão, nem que para isso o escorpião tivesse que entrar em ação e esse é um lado meu que não quero mostrar a senhorita de Paula, ao menos que ela me deixe sem opção.

Entro em meu carro e não sigo para minha casa, preciso de uma boa bebida ou vou explodir.

Conheço uma casa que meu conhecido Henry sempre me falou, inclusive ele era cliente assíduo, sei também que era aqui que a senhorita de Paula trabalhava e isso meche com tudo dentro de mim, não sei se é uma boa ideia ir a esse lugar mais minha cabeça está fervendo de mais para pensar com clareza, apenas vou.

O lugar é puro luxo como os demais lugares que estou acostumado a frequentar, cercado por homens mais velhos, música ambiente, mulheres seminuas desfilando por todos os lados.

Me dirijo ao balcão e para minha infelicidade vejo o henry sentado com uma ninfeta com idade para ser sua filha no seu colo, a menina tem uma cabeleira loira e longa muito brilhosa que chama atenção, antes que consigo sair sem ser visto o Henry me ver e faz um gesto me cumprimentando.

__ Miguel, que surpresa!

Me vejo forçado a me aproximar e o cumprimentar de volta.

__ estava passando perto e resolvi tomar um drink.

__ sente-se eu o acompanho, essa é a Julia minha esposa!

__ boa noite senhor!

Senhor? Nesse momento me sinto um velho!

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