Vanessa romance Capítulo 36

Miguel Prado

Quando ouço o telefone da minha mesa tocando e vejo o ramal da mesa da senhorita de Paula atendo prontamente.

__ fale!

__ senhor Prado sua filha quer falar com você!

Levo a mão a testa casando, Vanessa só pode está querendo brincar comigo!

__ senhorita de Paula agora eu não tenho tempo para brincadeiras ou piadas de mau gosto !

__ não é piada senhor Prado, seu clone em tamanho reduzido está aqui, acho bom O senhor atendê-la rápido pois ela parece ser nervosinha igual ao senhor.

__ VANESSA JÁ FALEI QUE NÃO ESTOU PARA BRINCADEIRAS!

Falo mais alto já perdendo a paciência e me arrependo na mesma hora pois estou com uma ressaca daquelas,

__ eu não tenho filhos algum e nem pretendo ter, por tanto só pode ser brincadeira e de muito mal gosto por sinal!

__ acho melhor o senhor ver com seus próprios olhos, a senhorita nervosinha, perdão a senhorita Rafaela está entrando!

__Vanessa... Vanessa... que porra ela desligou na minha cara!

Ainda estou com o telefone pendurado na orelha quando a porta da minha sala se abre e uma garotinha magrela e alta entra!

Ela veste uma camisa com alguns rabiscos, sua barriga está de fora e ela usa uma calça rasgada no joelho e um tênis de desenhos, mas o que mais me chama atenção é o azul pintado sobre seu cabelo loiro, um azul gritante que doem meus olhos.

A menina arrasta uma mala de rodinhas e caminha até minha mesa, ela masca um chiclete de forma exagerada fazendo um barulho irritante.

Coloco o telefone no gancho com certa força, a menina para na minha frente com apenas a mesa nos separando,

Então ela faz uma bolha como chiclete que cobre até o seu nariz e sem seguida a bolha estoura fazendo um barulho bastante alto.

A garotinha petulante junta o chiclete o tirano da boca e faz uma bola nojenta para então o colar embaixo da minha mesa.

Sim! A filha da mãe colou chiclete numa mesa caríssima feita sob medida com madeira de lei.

__ olá papai!

__ olha aqui menina, eu não sei quem é você e nem quero saber, sua mãe não te deu educação? Quem já viu isso!

Falo apontando para onde ela colou o chiclete.

Volto a falar...

__ agora estou muito ocupado e não tenho tempo para brincadeiras, por tanto pode voltar para o lugar de onde você veio.

Fico aguardando a garota ir embora, mas em vez disso ela puxa a cadeira e se senta em minha frente.

__ minha mãe está morta, mas ela me deu bastante educação.

A garota coloca os dois pés em cima da minha mesa, puta merda hoje definitivamente não é meu dia, falo sentindo minha cabeça latejar e eu não tenho um inferno de comprimido sequer.

__ eu sou sua filha!

Ela volta a repetir com tanta convicção que paro para olhá-la no rosto pela primeira vez, sinto um soco me atingir a boca do estomago, parece que estou me olhando no espelho, e esses olhos? São idênticos aos meus, não! isso só pode ser coisa da minha cabeça devido ao cansaço.

__ eu não queria estar aqui...

Ela começa a falar,

__ mas minha mãe morreu eu não tenho outros parentes...

Ela tira os pés da minha mesa e leva os cotovelos a coxa voltando a falar,

__ morava no nos estados unidos com minha mãe após sua morte fui deportada, mas eu não vim sozinha meu advogado me trouxe até aqui.

Quanto mais ela fala mais minha cabeça roda, essa garota só pode ser louca, se eu tivesse uma filha eu saberia, não saberia?

__ olha aqui sua golpista mirim, eu não vou cair nessa sua conversa, eu nunca seria pai de uma garotinha assim como você!

A menina ergue a cabeça e me olha com toda sua petulância!

__ assim como eu?

__ sim, como você, sem educação alguma, sem modos e esse cabelo azul? definitivamente eu não sou seu pai!

a garota se levanta seus olhos crispam raiva eminente!

__ por isso minha mãe nunca falou que você tinha uma filha! Ela sabia quem você era! Nossa como eu queria não ser sua filha!

__ vamos garota fale logo o que quer e me deixe trabalhar, não tenho todo o tempo do mundo para perder com você!

__ eu... eu... sou sua filha já disse!

A menina começa a falar com a voz embargada!

__ Carmem minha mãe me falou que vocês ficaram uma vez e a camisinha estourou, como ela saiba que você era poderoso e com medo que me tirasse dela me criou sozinha, agora ela morreu e eu não tenho ninguém, antes de morrer ela me mandou procurá-lo!

__ eu não conheço sua mãe garotinha, não conheço nenhuma Carmem!

__ não conhece porque estava bêbado!

__ sabe o que eu acho? Que você é uma pequena mentirosa isso que você é!

Já estou no meu limite com essa garota, me ergo da cadeira colocando as duas mãos na mesa!

__ agora suma da minha frente sua pequena mentirosa antes que ligue para meus seguranças te colocarem para fora daqui!

Ela não demostra medo com minha atitude, pelo contrário, me olha com seus olhinhos verdes úmidos e fala com irá visível crispando em seu olhar.

__ eu odeio você, odeio que seja meu pai!

A garotinha vira as costas e sai arrastando sua mala de rodinhas.

Rafaela

Sou Rafaela mais conhecida como rafa, moro com minha mãe desde os dois anos nos Estados unidos, e nunca conheci meu pai, apenas por foto, minha mãe me falava que ele ia me tirar dela se soubesse da minha existência.

Nunca aceitei não conhecer meu pai, sempre o quis conhecer por isso me rebelei, fui rebelde e minha mãe teve bastante trabalho comigo nesses últimos anos, me envergonho por isso, quando ela descobriu que estava doente minha mãe me chamou e teve uma conversa comigo, me contou tudo! falou que mesmo sendo novinha eu tinha uma boa cabeça e entenderia tudo, e eu entendi.

Minha mãe só queria me proteger do meu pai, e assim que pus os olhos no meu pai eu soube o porquê, ele é o cara mais babaca que já conheci na vida e eu o odeio.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Vanessa