Viagem de Amor no Romance romance Capítulo 65

- Contatar o quê? O homem é tão importante como ganhar dinheiro? - Duda pressionou a cabeça dela para assinar diretamente e acrescentou:

- E mais, ele não vai fugir. São apenas alguns meses sem contato.

Tem razão. Somente uns meses sem contato né?

Durante tantos anos de casamento, Tancredo nunca teve relacionamento com outras mulheres, já não para falar de agora. Esse homem é apático nos assuntos de amor e ela não precisa se preocupar nada.

Mas antes de partir, Lucimar planejava flertar um pouco com ele.

À noite, Lucimar somente começou a fazer bagagens após a volta de Tancredo para o quarto deliberadamente. Enquanto arrumava as coisas, ela suspirou:

- Esse show é de sistema fechado. Uma vez que vou embora, não nos veremos durante meses, querido.

De rosto indiferente, Tancredo se sentou na cama e perguntou:

- Fechado? Que show é esse?

- Dizem que é tipo aventura selvagem. Mas não vi esse show antes, por isso, não sei exatamente como é.

- Selvagem? - ouvindo essa palavra, Tancredo mudou um pouco de cara. Comprimindo os lábios finos, ele só abriu a boca após muito tempo:

- Tem perigo?

Perigo?

- Não deveria ter. Afinal, é um show e vão verificar o campo com antecedência. Porém… - ela mudou de tom, - muitas coisas são imprevisíveis e tampouco tenho certeza.

Depois, Lucimar curvou os lábios e olhou para a direção do homem:

- Querido, você está preocupado comigo?

Tancredo pausou um pouco o movimento da mão e olhou para ela. Ela estava parada ali, com olhos cristalinos cheios de ousadia e diversão indisfarçadas.

Os olhos do homem se escureceram um pouco e sua voz estava meio fria:

- Se tiver perigo, não vá. Caso aconteça algum acidente, o avô vai ficar receoso.

- E você? - Lucimar pregou os olhos nele, querendo saber a sua resposta.

Tancredo comprimiu os lábios e mantinha calado.

Com o passar do tempo um segundo após outro, Lucimar se sentiu um pouco desiludida e quebrou o silêncio:

- É impossível não ir, pois já assinei o contrato. Se eu não for, trata-se de violação de contrato.

- Qual é a multa para a quebra de contrato?

- O quê?

- Eu pago.

- Não precisa. Só estou brincando com você. Como poderia ter perigo com o show? É muito seguro. Aliás, também gosto muito de aventura selvagem.

Já que ela disse gostar, não era adequado para Tancredo dizer mais. Depois, os dois ficaram silenciosos. Lucimar arrumou os itens, fechou as malas e as colocou no outro lado.

Durante esse período, Tancredo tinha acompanhado a expressão e o movimento dela. Ao ver a mulher agir como normalmente, ele tomou um fôlego. Quando ela perguntou se ele estava preocupado, ele sentiu um choque no coração, mas acabou por não dizer nada.

Pela reação dela, também não levou à sério.

Depois de arrumar tudo, Lucimar viu que já era hora e desligou a luz:

- Vamos dormir. Amanhã preciso levantar-me cedo.

Na escuridão, a respiração de Lucimar se tornou regular e tranquila em breve. Tancredo, por sua vez, não respirou de forma tão estável nesta noite.

No dia seguinte.

Quando o despertador disparou, Lucimar não se mexeu e continuou de olhos fechados, até que o alarme desapareceu e soou pela segunda vez.

Tancredo, que dormia ao lado dela, viu a mulher esfregar-se no cobertor, revelando apenas a parte traseira redonda da cabeça.

O despertador continuava soando e Tancredo pegou o celular dela para desligar o alarme. Por acaso, Lucimar virou o corpo e pregou os olhos sonolentos nele.

Antes de chegar ao local de encontro, Duda não parou de lembrar os assuntos a que deveria prestar atenção. Com a aproximação do horário, o celular de Lucimar tocou.

Ela pegou o celular e viu que o identificador de chamada era Gervásio.

- Sr. Gervásio?

Ela acabou de fazer despedida quando foi embora de manhã, certo? Porque lhe ligou nesse momento? Acaso aconteceu algo ruim em casa?

Pensando por aqui, Lucimar atendeu a chamada nervosamente.

- Sr. Gervásio?

- Lucimar!

A voz de Gervásio parecia bastante animada:

- Lucimar, tenho uma boa notícia a contar a você!

- Sr. Gervásio, que boa notícia é essa?

Ouvindo que era boa notícia, Lucimar tomou um fôlego: tudo bem se não aconteceu nada ruim. Ela perguntou em voz relaxada:

- Sr. Gervásio, me diga lá.

- O médico acabou de dizer que Tancredo pode sentir suas pernas agora! Lucimar, você está feliz com isso?

Lucimar estava caminhando rápido, mas pausou os passos devido a essa frase. Ela quase não ousava acreditar no que ouviu.

- Sr… Gervásio? Você disse…

- É uma surpresa né? Eu também fiquei surpreendido. Quando Tancredo era pequeno, o medico já anunciou que ele jamais poderia se levantar, mas agora temos milagre. Lucimar, eu estou muito feliz, por isso liguei para dizer a você. Fique tranquila a participar do show. Quando você voltar, talvez as pernas dele estejam bem.

O coração de Lucimar estava batendo loucamente. As pernas dele voltaram a ter sentidos? Seria o resultado da alimentação dela durante este tempo? 

- Sr. Gervásio, poderia me dizer em que hospital vocês estão?