Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 232

Ela puxou suavemente a manga do tio, "Tio, podemos andar mais devagar? Meus pés estão doendo."

Falar isso diante de tantas pessoas importantes parecia muito impróprio.

Suas palavras foram ouvidas pelo tradutor dos executivos, que as traduziu para o idioma local.

Vários dos executivos franziram a testa, prontos para repreender a mulher por sua falta de etiqueta.

Mas, para surpresa de todos –

O distinto e sempre inacessível Sr. Queiroz, na verdade, inclinou-se para verificar o tornozelo dela.

"Você machucou o lugar que bateu ontem?"

Em plena luz do dia, Dionísia, com o rosto corado, balançou a cabeça negativamente.

Ela disse baixinho, envergonhada: "Não, eu só estou um pouco cansada. Tio, vamos logo."

Os olhares alheios eram como lâminas, quase a perfurando.

Descendo mais dois degraus, o rosto de Dionísia empalideceu, e suor começou a brotar em sua testa.

Sávio, vendo isso, simplesmente a pegou no colo.

"Ufa –"

Todos ao redor ficaram chocados, olhando fixamente para a cena.

Dionísia, nervosa e envergonhada, rapidamente enterrou a cabeça no peito do tio.

Assim, ninguém poderia ver seu rosto claramente.

Sávio esboçou um leve sorriso, carregando sua esposa delicada e tímida para fora do salão de festas.

Depois que saíram, as conversas sobre eles demoraram a cessar.

......

De volta ao hotel, Dionísia tirou seus sapatos de salto alto e viu que os calcanhares estavam todos machucados.

Não é de se admirar que estivesse tão dolorido, cada passo era como uma picada de agulha.

Sávio olhou para as feridas dela e jogou aqueles sapatos de salto alto caríssimos no lixo.

"Não use mais esses sapatos."

Dionísia assentiu, "Sim, sim."

"Aguenta mais um pouco, o Ass. Bruno já chamou um médico."

A mão de Sávio estava em sua cintura, dando-lhe silenciosamente força.

Vinte minutos mais tarde, o médico chegou atrasado, carregando uma maleta de remédios.

Quando Dionísia estava prestes a sair do colo do tio, Sávio segurou seus ombros.

"Não se mexa, vamos tratar aqui mesmo."

Os olhos de Dionísia se encheram de lágrimas, tímida e constrangida.

"...... Tudo bem."

Ela passou os braços em volta do pescoço do tio, virando a cabeça para o lado, sem ousar olhar para o médico.

O tratamento foi doloroso, e Dionísia mordeu os dentes, se enfiando ainda mais no abraço de Sávio.

Sávio disse em voz baixa:

"Se doer, pode gritar. Não se segure."

Dionísia piscou, e uma suavidade tocou sua testa.

Era o tio, com um lenço de papel, gentilmente secando o suor da sua testa.