Mesmo com toda a minha persistência para defender o meu ponto de vista, a Virgínia foi para a loja naquela manhã e eu, ainda que contrariado, fui deixá-la no shopping para que ela não precisasse usar nenhum outro tipo de transporte.
Iria conversar com ela sobre a possibilidade de um motorista à sua disposição, pois era muito perigoso dirigir, mas já previa alguma resistência de sua parte, teimosa como ela era.
De qualquer forma, eu deveria aceitar aquela derrota, depois de conseguir que ela ficasse quietinha por uma semana inteira.
Não precisava nem dizer o quanto eu me aproveitei do fato de que a Virgínia estava no meu apartamento com apenas eu como sua companhia e que os nossos momentos juntos foram maravilhosos, agora que ela não estava mais o tempo todo me evitando.
Muito pelo contrário! Nós tivemos muitos momentos quentes e intensos e a Virgínia parecia insaciável, e mesmo sabendo que aquilo também era algo provocado pelos hormônios da gravidez, eu fiquei bastante feliz em atender a todos os seus desejos, principalmente os sexuais.
Mas uma vez que ela queria voltar a sua rotina, só me restava voltar a minha também e foi exatamente isso que eu fiz, me entregando completamente ao trabalho e tratando das coisas que deixei um pouco de lado para me dedicar a minha mulher.
Chamei a minha secretária até a minha sala, após concluir algumas coisas que eu sabia serem mais urgentes, para que nós pudéssemos reagendar alguns compromissos que não puderam ser cumpridos a distância, então quando a porta da minha sala se abriu, eu não movi os olhos da tela do computador.
— Você verificou a minha agenda, como eu te pedi, Arlete? — Perguntei, com a minha atenção totalmente voltada para o computador.
— Eu pedi a Arlete para me deixar vir aqui primeiro. — Aquiles falou, avisando então da sua entrada. — Quero aproveitar que você resolveu sair da toca, depois de uma semana inteira se escondendo do mundo.
Eu pensei seriamente em não responder ao meu primo, pois ainda estava chateado com o que aconteceu no dia em que encontrei a Virgínia em sua loja, quando a Lavínia acreditou que aquilo me faria não querer mais a minha morena deliciosa e enlouquecedora.
— Ainda está namorando com a atriz fútil e mesquinha?
Achei melhor ter certeza de que o meu primo ainda insistia em estar com aquela mulher terrivelmente desagradável, antes de ter qualquer conversa com ele sobre a minha vida pessoal.
Aquiles havia tentado conversar comigo algumas vezes, mas antes que ele batesse a porta do meu apartamento, como sempre costumava fazer, eu o avisei, deixando extremamente claro, que não gostaria de receber visitas por alguns dias.
— Ainda está escondendo de sua família a mulher que levou para o seu apartamento e com a qual passou os últimos dias trancado, sem sair de casa para exatamente nada? — Ele devolveu no mesmo tom.
— Eu pretendo levar a Virgínia a casa da vovó no próximo domingo. — Acabei por explicar. — E você, o que tem a dizer sobre a sua namorada?
— A vovó e a minha irmã já conhecem a Lavínia e gostam bastante dela, se você quer saber. — Aquiles disse de modo despreocupado.
Caminhando até uma das cadeiras à frente da mesa, ele sentou-se, cruzando as pernas, como sempre costumava fazer e me olhou de modo interrogativo.
— Quem é Virgínia, Murilo? — Meu primo quis saber. — Nunca ouvimos falar nessa garota antes e agora você a leva para morar com você. Nem mesmo com a Bruna foi tão rápido.
— Eu gostaria que você não voltasse a falar sobre a Bruna, Aquiles. — Eu pedi, algo que já havia feito várias vezes antes.
— Sinto informar, ou seria melhor dizer, relembrar, mas isso é impossível, primo.
Aquilo me deixou bastante curioso e aguardei que continuasse a explicar o porquê de ter se tornado impossível não falar sobre alguém que não tinha mais nenhuma importância em nossas vidas, mas eu percebi que Aquiles estava esperando que eu formulasse a pergunta, apenas para ser chato.
— Por que isso é impossível agora? — Eu acabei perguntando. — Não que você tenha atendido a esse mesmo pedido anteriormente.
— A Bruna exigiu participar mais ativamente nas decisões da FERZ e, como ela atualmente é detentora de uma participação significativa nas ações desta empresa, não foi possível negar isso para ela.
Eu senti um estranho aperto no peito, apenas em imaginar o que ela pretendia conseguir com isso e qual havia sido a forma que ela havia imposto para tal participação.
— E então, o que ela exigiu, especificamente?
— Ela agora é nossa diretora de marketing. — Aquiles esclareceu.
Eu fiquei um pouco mais aliviado ao saber que a exigência da minha ex-noiva não iria afetar realmente o meu trabalho na FERZ e menos ainda a minha vida em geral.
— E desde quando nós colocamos em um cargo de diretoria alguém completamente despreparado como a Bruna com certeza é? — Questionei, me sentindo chateado com tal notícia absurda.
— Você esquece que a Bruna é formada em Marketing, justamente quando foi você que bancou o curso dela em uma faculdade caríssima? — Aquiles fez questão de me lembrar disso também.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virgindade Leiloada
Linda história, e principalmente com final feliz para todos.❤️...
Linda história, apesar de achar que deveria ter tido mais um pouco de capítulos. Parabéns...
Que ridícula, não entendi a surpresa de descobrir e de sentir mau por ele ser rico ,se ele pagou 500 mil pra tirar a virgindade dela. Qual pobre tem esse dinheiro sobrando? Ela é burra ou idiota pra pensar isso? Está querendo chamar atenção agora....
Quando vai lança a história do Ethan e Mariana,já estou ansiosa para lê essa história deles....
Bom livro.ja tem história da Mariana e Ethan?...
A história é ótima,...