Virgindade Leiloada romance Capítulo 43

Resumo de Capítulo 42 - Nuvens: Virgindade Leiloada

Resumo do capítulo Capítulo 42 - Nuvens de Virgindade Leiloada

Neste capítulo de destaque do romance Erótico Virgindade Leiloada, Taize Dantas apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Murilo

Apertei a Virgínia ao meu peito, ainda sem acreditar na cena que eu havia acabado de presenciar na sala de estar da mansão da minha avó. 

Eu jamais esperaria tal atitude vinda da minha avó ou qualquer pessoa da minha família, pois sempre fomos ensinados a tratar todas as pessoas como iguais, pois era assim que todos eram, iguais.

Os meus pais, assim como os pais do Aquiles, viviam apenas para ajudar as causas mais nobres, usando muitas vezes de recursos próprios para ajudar aqueles que precisavam e minha avó sempre os apoiou em tudo.

Eles abdicaram da empresa e viviam apenas de rendimentos oriundos de investimentos próprios, que serviam para financiar a causa pela qual eles lutavam e nos foi ensinado que aquilo era algo justo e admirável. 

Então, como de repente,  minha avó tratava a Virgínia daquela forma, sem ao menos a conhecer? Não havia explicação!

— Eu jamais irei te abandonar, Virgínia. — Eu falei, enquanto mantinha seu corpo colado ao meu e meu queixo em cima dos seus cabelos. — E isso não mudou.

A afastei o suficiente para que eu pudesse encarar diretamente os seus olhos e constatei que estavam marejados, o que me trouxe uma dor ao peito, por saber que eu fui o culpado por aquelas lágrimas que queriam saltar de seus olhos.

— Então me leva embora daqui. — Ela disse e seu tom de voz denunciou que estava a ponto de chorar. 

— Eu vou levar você embora, mas antes quero repetir mais uma vez. — Eu falei, olhando em seus olhos, para que ela entendesse o quanto eu estava sendo sincero. — Aquela Dinorá que está lá naquela sala de estar, não é a mesma Dinorá que sempre conheci como a minha avó. Há  algo estranho acontecendo!

— Parece que temos algumas nuvens no paraiso. — A voz sarcástica da Lavínia se aproximou de nós mais uma vez.

Olhei na direção em que ela e o Aquiles vinham, a encarando com uma leve desconfiança, que logo tomou forma, ao ver o seu ar vitorioso e como ela parecia satisfeita com alguma coisa. 

— Foi você! — Eu disse, apontando o dedo em riste na direção da atriz. 

— O que tem eu, querido? — Ela perguntou, se fazendo de desentendida.

— Não venha querer dar uma de sonsa que não combina nenhum pouco com você, Lavínia! — Eu falei, sentindo nojo apenas em olhar para a cara dela. — Aliás, diga-se de passagem, você é uma péssima atriz e eu não entendo como consegue fazer tanto sucesso.

— O que você está querendo dizer, Murilo? — Aquiles perguntou, parecendo confuso.

Mas claro que ele não saberia do que aquela peçonhenta da namorada que ele escolheu para si tinha feito. 

— A Lavínia com certeza falou foi falar um monte de barbaridades sobre a Virgínia para a nossa avó e ela tratou a minha namorada muito mal! — Eu disse aquilo que tinha deduzido de modo bastante rápido. 

— Eu tenho certeza de que a Lavínia não seria capaz disso, Murilo. — Aquiles defendeu a namorada, parecendo muito confiante e totalmente inocente. 

— Pois você está errado, irmão. — Ártemis chegou também onde estávamos reunidos, ainda no largo corredor.

— O que você está dizendo, Ártemis? — Aquiles perguntou antes de qualquer outro.

— Você não deveria se meter nos nossos assuntos, Ártemis. — Lavínia teve a audácia de dizer. 

A Virgínia não disse mais nada, apenas se soltou do meu agarre e começou a caminhar pelo mesmo lugar em que chegamos e eu a acompanhei, caminhando atrás dela, sem esperar para ouvir mais nada que a minha família tinha a dizer naquele momento. 

Ela só diminuiu o passo ao chegar ao lugar onde eu havia estacionado o meu carro e, apesar da louca vontade de pedir para ela andar mais devagar e ter cuidado, eu me contive, pois conhecendo-a como eu conhecia, ela iria ficar possessa se eu viesse falar na gravidez agora.

— Deveria ficar com a sua família. — Ela soltou, abrindo a porta do carro e sentando ao lado do motorista. 

Eu entrei no carro também, me sentando e batendo a porta com um estrondo, querendo extravasar de alguma forma toda a raiva que eu estava sentindo naquele instante. 

— A minha avó não é esnobe ou qualquer coisa que você esteja pensando sobre ela agora, Virgínia. — Eu me senti na obrigação de defender. — Ela só foi manipulada pela Lavínia. 

— Ela provou que é sim, uma esnobe! — Virgínia insistiu, falando alto e gesticulando com a mesma intensidade. — E se eu trabalhasse em uma boate, qual seria o problema? Eu não estaria apta a um relacionamento com o netinho dela?

Suspirei cansado e ainda não eram nem onze da manhã. 

— O que teve mais peso nessa história toda foi a Lavínia dizer que você me fez de bobo. Acredite em mim. 

Eu sabia que a vovó ficou com medo de que eu estivesse novamente me envolvendo com uma mulher como a Bruna e que eu voltasse a me magoar, como aconteceu com a minha ex-noiva.

Mas não adiantava tentar colocar isso na cabeça quente da Virgínia agora.

O melhor seria ir mesmo embora e esfriar os ânimos, dos dois lados.

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