Virgínia
Apesar do que aconteceu na casa da família do Murilo, a nossa relação conseguiu se manter firme e ele não me pressionou para ir novamente até a residência imponente no fim de semana que se seguiu.
Apesar disso, ele cumpriu com o seu compromisso familiar e eu não o critiquei por isso, mesmo que me sentisse um pouco traída, pois era como se ele não estivesse realmente do meu lado e sim do lado daquela avó esnobe dele.
De qualquer forma, conseguimos manter uma rotina e em todas as vezes que o Murilo tentou entrar nesse assunto, eu desviava o curso da conversa e assim, nós estávamos juntos e morando no seu apartamento.
Eu também estava conseguindo manter contato com a minha mãe agora e quase todos os dias nós conversamos por telefone, mas o meu pai era outra história.
O meu pai continuava chateado e sem querer aceitar a minha gravidez, mesmo que todos dissessem que isso era algo completamente fora de nexo, ele não aceitava conselhos e queria distância absoluta de mim, segundo a mamãe me contava.
Mas a vida precisava seguir e eu sabia que em algum momento, o meu pai iria voltar atrás e aceitar o neto… pelo menos essa era a minha maior esperança.
Eu continuava a ir para a loja e o Murilo seguia a sua rotina de trabalho, mas sempre procurava sair do escritório o mais cedo possível e nós jantamos juntos todas as noites, assim como também tomávamos o café da manhã em seu apartamento.
Os enjoos eram coisa do passado e tudo o que eu fazia agora era comer e comer e o Murilo se divertia bastante com os meus desejos estranhos e repentinos, mas sempre me atendia prontamente.
Mais de dez dias após o fatídico almoço de domingo, o Murilo e eu estávamos jantando, quando ele pareceu limpar a garganta, como se estivesse prestes a falar algo importante e quisesse chamar a minha atenção para ele.
— O quê? — Eu perguntei, sorrindo.
— Eu tenho algo a pedir. — Ele disse, parecendo bastante receoso.
Eu suspirei, já sentindo a irritação tomar conta, pois se era algo sobre ir até a mansão da sua avó novamente, eu não iria aceitar de modo algum e a gente iria se desentender.
— Eu não vou. — Eu disse logo de uma vez.
— Você nem sabe o que eu tenho para dizer! — Ele falou, parecendo impaciente, como nunca antes eu o tinha visto.
— Se é sobre ir almoçar na casa da sua avó…
— Não é sobre esse assunto, Virgínia! — Ele negou, jogando o guardanapo sobre a mesa. — Aliás, eu não vou nem mesmo perder o meu tempo pedindo qualquer coisa a você.
Ele disse aquilo e levantou, saindo da mesa e me deixando completamente atordoada, sem entender o que tinha acontecido ali, mas acabei me levantando também e caminhando atrás dele, seguindo-o até o seu quarto.
— Qual o seu problema, Murilo? — Eu perguntei, bastante irritada já. — Você não pode falar assim comigo, pois eu não tenho nada a ver com o seu estresse não, ouviu bem?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virgindade Leiloada
Linda história, e principalmente com final feliz para todos.❤️...
Linda história, apesar de achar que deveria ter tido mais um pouco de capítulos. Parabéns...
Que ridícula, não entendi a surpresa de descobrir e de sentir mau por ele ser rico ,se ele pagou 500 mil pra tirar a virgindade dela. Qual pobre tem esse dinheiro sobrando? Ela é burra ou idiota pra pensar isso? Está querendo chamar atenção agora....
Quando vai lança a história do Ethan e Mariana,já estou ansiosa para lê essa história deles....
Bom livro.ja tem história da Mariana e Ethan?...
A história é ótima,...