Virgindade Leiloada romance Capítulo 51

Ethan 

Já dizia o ditado popular, quem quer faz, quem não quer, manda os outros fazerem.

Aquilo era algo completamente verdadeiro, pois delegar tarefas era algo sábio, mas entregá-las nas mãos de pessoas incompetentes era uma completa burrice.

E eu tinha sido um completo babaca por não ter percebido a falta de competência da Bruna em fazer algo tão simples como fazer da vida do Murilo um martírio. 

E eu podia afirmar que ela não estava conseguindo fazer o que eu gostaria que ela fizesse, porque eu estive durante ao menos uma hora no mesmo ambiente que o Murilo e ele não me pareceu um homem perturbado e menos ainda um homem infeliz.

Eu diria até que ele estava parecendo um homem bem mais feliz do que quando estava com a vadia da Bruna.

Mas isso eu poderia entender, pois aquela mulher era um atraso na vida de qualquer um.

Diante do que concluí ao observar tudo atentamente, eu decidi partir para o ataque mais uma vez, mas meu alvo agora parecia ser nem mais certeiro.

Mas uma emergência na minha própria empresa me prendeu no quarto, em uma videoconferência que durante o restante da tarde e eu precisei adiar o momento em que eu teria o privilégio de conhecer a nova amada do Murilo. 

Mas como ainda teríamos toda a noite, durante a festa, para agir e fazer alguns movimentos, eu aceitei seguir com os rumos determinados pelo destino e resolvi a minha pendência primeiro.

Mas agora, já aproveitando o início  da festa, o primeiro drinque da noite em mãos, eu aguardava ansioso pelo momento crucial, em que eu conheceria a Virgínia, como a Bruna me falou que ela se chamava. 

— Eu estou totalmente entediada aqui. — Minha namorada reclamou.

A encarei, eu também me senti entediado, mas o meu tédio era por ter que suportá-la ainda.

— Eu preferia ainda estar na França. — Continuou com as lamúrias. — Pessoas bonitas, interessantes… Coisas que aqui não existe.

Eu continuei a bebericar meu drinque, praticando sempre a arte do controle das emoções, mesmo que eu tivesse várias coisas para dizer aquela vadia sem noção. 

— Você está me ouvindo, Ethan? — Bruna chamou a minha atenção. 

— Estou te ouvindo sim, Bruna. — Eu falei, rolando os olhos em descaso.

Eu não queria pensar em Paris ou qualquer coisa que me lembrasse do fato de eu a ter incentivado a gastar o meu dinheiro e ficar ainda mais bonita do que ela já era, tudo para que conseguisse chamar a atenção do idiota do Murilo, e ele não ter dispensado nem mesmo um segundo olhar na direção da Bruna.

Aparentemente ele estava realmente apaixonado pela sua atual namorada.

— Você diz que está me ouvindo, mas se você fica calado, não adianta nada! Eu fico falando sozinha. 

— Acredite no que eu vou te falar agora, Bruna. — eu a alertei. — Você não iria gostar nenhum pouco de tudo o que eu tenho para te dizer. Então se contente com o meu silêncio. 

Ela me olhou parecendo perplexa com as minhas palavras e eu realmente não me importei com isso.

Se a Bruna não estava servindo aos meus propósitos, o melhor era me livrar logo dela de uma vez.

Não dispensei mais nenhum olhar ou palavra a ela, atento apenas ao momento em que o Murilo entrasse acompanhado por sua então namorada.

Mas notei que algumas pessoas pareciam olhar para o mesmo lugar e constatei que o primo do idiota do Murilo, que era o babaca do Aquiles, estava acompanhado por uma mulher belíssima e que se tratava, logo percebi, de uma atriz bastante famosa nacionalmente. 

Na ausência do meu maior alvo, eu fiquei atento a todos os movimentos do Aquiles e da sua companhantes e eles pareciam ser bastante íntimos. 

Após alguns minutos, eu ncomecei a imaginar que aquele era um casal já consolidado, algo que a Bruna não me contou. 

E aquilo ainda viria com o bônus de a mulher em questão ter despertado o meu interesse de maneira instantânea, me deixando ansioso pelo momento em que eu poderia ao menos trocar algumas palavras com ela.

— Você está me ouvindo, Ethan Constantino? 

Dessa vez, a Bruna conseguiu acabar de vez com a minha paciência, pois ela me atrapalhou bem no momento em que eu estava me deleitando com a beleza estonteante da mulher mais linda e sensual de toda a festa.

— Não. Eu não estou te ouvindo, Bruna. — Eu falei, deixando transparecer no meu tom todo o meu descontentamento. — E nem quero ouvir. Na verdade, eu preferia não ouvir sua voz afônica nunca mais na minha vida.

Eu disse e não esperei que ela se recuperasse do choque que ela pareceu sentir, ao me ouvir dizer aquelas palavras.

Saí de perto daquela mulher irritante e chata, com a intenção de me aproximar o máximo possível da mulher que conseguiu despertar reações em mim que nos últimos tempos, nem mesmo com uma mulher chupando o meu pau conseguia fazer.

Mas alguém me interrompeu e eu encarei o homem à minha frente com evidente raiva.

— Onde você pensa que vai? — Aquiles perguntou, impedindo a minha passagem com o seu próprio corpo. 

— Eu tenho todo o direito de ir e vir, sem precisar dar exposições a você, babaca menor. 

— Deduzo que o babaca-mor seja o meu primo. — Aquiles era esperto, afinal. 

— Sai da minha frente ou irei fazer um escândalo aqui nesse muquifo. 

— Eu vi a forma como você estava olhando para as garotas. — Ele disse, sem atender a minha solicitacao. — Não pense que você vai conseguir fazer com a Virgínia o mesmo que você conseguiu fazer com a sanguessuga da Bruna.

— Isso é o que nós veremos. — Eu disse, não me incomodando em esconder os meus verdadeiros sentimentos. — Porque no que depender de mim, aquela garota estará na minha cama até o final da noite.