Virgindade Leiloada romance Capítulo 62

Murilo

A Virgínia não só tinha aceitado o meu pedido de casamento, como também declarou todo o seu amor por mim e eu estava nas nuvens, desde a noite do domingo.

Mas como nem só de coisas maravilhosas é feita a vida, eu precisei encarar a Bruna na segunda-feira à tarde, algo que foi bastante desagradável e exigiu todo o meu controle, pois o meu maior desejo, enquanto olhava para a cara dela, era expulsá-la da FERZ imediatamente.

— Eu quero que deixe o cargo de diretora de marketing da nossa empresa o mais rápido possível. — comuniquei, no instante em que ela entrou em minha sala.

Eu tinha passado toda a manhã me preparando para aquele confronto e havia solicitado a Arlete que a chamasse para comparecer em minha sala, às quinze horas.

— Uma boa tarde para você também, Murilo. — ela falou com pouco caso. — Tudo bem com você?

Se ela estava pensando que eu seria generoso ou até mesmo algum idiota que iria deixar passar o que ela havia feito na minha mansão no Guarujá, ela estava muito enganada.

— Não está nada bem, pois ainda preciso tolerar a sua presença em minha empresa. — falei sem medir palavras. — Mas logo que você acatar a minha decisão e sair de uma vez por todas, as coisas ficarão bem melhores.

— Acredito que você tenha consciência de que eu tenho todo o direito de estar na posição que tenho hoje. — ela me confrontou.

— Bem, eu tentei usar de diplomacia, mas como você não deseja que seja do jeito mais fácil, então vou precisar recorrer aos seus métodos. — avisei.

— O que você quer dizer com isso?

Ela pareceu ficar tensa nesse momento e eu sorri com cinismo, pois ela realmente não sabia o quanto eu também podia ser hábil usando as mesmas armas usadas por ela e o seu amante, ou seria ex-amante? Aparentemente, nem mesmo o Ethan a queria mais por perto, pelo que pude entender do que Aquiles me contou.

— O que estou querendo dizer é que, ou você abdica da sua posição na empresa, e fica apenas como acionista, ou iremos prestar queixa na delegacia pelo empurrão que você deu na Lavínia.

Eu sabia que ameaça também era crime, mas ela que buscasse essa informação por si, o que eu duvidava bastante que ela fosse fazer.

— Eu não pretendia empurrar Lavínia! — ela protestou de imediato.

— Você queria fazer algo bem pior, que era prejudicar a minha noiva e isso, eu não vou esquecer! — falei, em um tom de voz duro.

— Você não pode se casar com aquela… aquela…

Eu tinha tentado, mas a Bruna realmente não tinha noção alguma do perigo e antes que ela completasse a sentença, eu já a estava segurando fortemente pelo braço e a escorraçando da minha sala.

— Chame a segurança, Arlete. — solicitei a minha secretária. — Eu quero essa mulher fora desse prédio agora e avise a todos que a sua entrada nesta empresa está terminantemente proibida a partir de agora.

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