Viver Para Crescer romance Capítulo 11

Beatriz

Depois de 3 calmantes, desinfectante, pomada e dores, consigo tomar um banho e me deitar na cama com meu caderninho.

Visto apenas uma calcinha e blusão. Minha bunda está um trapo. Toda vermelha, com vergões e marcas enormes. Sei que uma ou duas deixarão marcas. Mais marcas para a coleção, mais marcas que terei que tapar com tatuagens. Me estico com pesar e acendo um abajur, pego no caderninho e me entrego a dor.

“ A dor parece uma ofensa a minha integridade física.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.

Eu queria escrever sobre quando uma dor física passa. De como o corpo fica agradecido, ainda arfando.

Neste momento é mais que a dor física. “

Paro de escrever e fito o nada. Sinto fome mas não tenho como me levantar.

Sou prisioneira deste homem.

Não posso fazer nada, e quando faço por uma boa causa apanho.

Suspiro e fecho os olhos.

Porquê que aquela vagabunda mentiu para ele? Puta merda!

{...}

... Abro os olhos e tento me mexer mas não consigo. Continua escuro mas não tanto, dá para perceber o que está a minha volta.

Aí a realidade bate e me lembro porquê to aqui! Pânico me envolve e choro! Grito e esperneio mas nada adianta.

Sinto duas mãos percorrerem meu corpo, fecho os olhos e rezo para que vá embora. Ele não para e aperta minha carne. Choro compulsivamente e me debato.

- Por favor não me machuque de novo! Por favor. - peço chorando e recebo um tapa.

- Calada! Acha que chorar adianta uma coisa? Você está apenas gastando água do seu corpo. Nada vai te salvar disso. Acabe com as malditas lágrimas meu anjo, ainda não acabei com você.

Estremeço e choro. Me sinto fraca, fraca demais. Acho que já faz um dia aqui amarrada. Sem comer nem beber. Sendo estuprada por esse monstro!

Percebo que ele saiu do quarto e tento me soltar. Olho para minhas mãos e percebo que estão amarradas por panos. Com muito pesar e dores me levanto e com a boca tento me desatar, consigo depois de minutos e me levanto para sair. Caminho devagar até a porta, a porta está aberta mas mesmo assim bato em qualquer coisa. Levanto o rosto e sei que é minha ruína.

- Pensa que vai fugir é? Estamos só começando com você meu anjo. - ele diz rindo e percebo que tem um homem atrás dele.

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