Viver Para Crescer romance Capítulo 25

Beatriz

Olho pra ele interrogativamente.

Por que motivo ele está me olhando assim?

Me lembro de tudo que aconteceu e um arrepio passa por meu corpo. Quanto tempo será que passou?

- Quanto tempo fiquei inconsciente? - perguntei baixo.

- 5 dias. - ele responde calmamente ainda me olhando feio.

Não falo mais nada e rezo para que ele não fale também!

O tempo passa, meu corpo dói e me sinto cansada, não sei quando apaguei só ouvi Rafael chamar por mim e mais nada.

/

Desperto com uma vontade imensa de beber água.

Está escuro, procuro um relógio pelo quarto e vejo que é tarde, muito tarde - ou cedo. 3:24 da manhã.

Passeio os olhos pelo quarto e me surpreendo ao ver Rafael dormindo na poltrona.

O observo enquanto seu corpo faz movimentos de sobe e desce enquanto respira. Seu rosto está calmo mas ao mesmo tempo revela uma certa angústia. Minha respiração para por uns segundos a medida que o meu coração bate mais rápido.

Se eu fosse sincera comigo mesma me deixaria admitir que o amo.

Mas como amar a alguém que pagou por mim, nunca me deu motivos para sentir sequer algo por ele, me faz de gato e sapato! Ele me destrata, me humilha e me xinga! E mesmo assim aqui estou eu.. Numa cama de hospital praticamente por causa dele mas ainda pensando no quanto o amo. Devo estar louca não?

De repente uma dor me invade me fazendo soltar um grito que resulta em um Rafael acordado e me perguntando o que há.

- N-não foi nada. Só senti uma dor que me apanhou de surpresa. - digo baixo. - Tenho sede. - digo baixo. Não queria ter que pedir nada a ele mas infelizmente não posso simplesmente levantar e ir levar a água!

Ele se vira e anda até uma prateleira onde pega um copo de água e enche ele na máquina. Ao chegar na cama ele pousa o copo ao lado e me ajuda a sentar - o que dói demais graças aos machucados na minha bunda!

Aos poucos ele me ajuda com a água e quando acabo ele guarda o copo.

- Melhor? - ele pergunta ao voltar para perto da cama.

- Porquê você age como se se preocupasse Rafael? Não precisa fingir nada disso. - digo calmamente fitando minhas mãos.

- Não estou fingindo Beatriz, porquê diz isso? - ele diz e vejo confusão em seu rosto.

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