Desperto ao ouvir um barulho estrondoso e gritos. Espreito pela janela e vejo homens vasculhando quartos. Acordo as meninas ao me dar conta de que procuravam pela gente.
- Acordem!! Precisamos fugir. - por sorte a gente não dormiu de pijamas ou roupas confortáveis. Levantamos num pulo e dei graças a Deus que tavamos no rés do chão.
Saltamos pela janela sem fazer barulho e corremos.
Deixamos as sacolas e tudo para trás! Nem dinheiro a gente tem mais. Meu diploma que talvez nos faria conseguir algum emprego bom também ficou pra trás.
Único dinheiro que temos são trocados de bolso! Estamos ferradas!
O dia amanheceu e andamos quilómetros e quilómetros. Estamos cansadas e com fome. Avistamos uma casa enorme no meio do nada e entramos na esperança de conseguir alguma coisa.
- Pois não, em que posso ajudar? - pergunta uma senhora bem vestida e elegante.
A gente explica a ela a nossa situação. Que não temos nada e precisamos ajuda. Ela parece se interessar e nos indica um local para a gente tomar banho e depois sentar e comer.
A gente faz tudo e fica sentada esperando ela chegar para perguntar se não há emprego aqui nesse casarão ou qualquer coisa.
Minutos ou horas passam.. sinto vontade de fumar qualquer coisa.
Avisto a senhora vir de longe e me levanto.
- Senhora. Gostaria de falar com você. Você sabe a situação em que a gente se encontra, a gente queria saber se não há emprego nenhum ou qualquer coisa. - pergunto e ela indica que me sente numa mesa ali ao pé e chama Bella.
- Muito bem. Quantos anos vocês tem? A outra parece ser mais novinha, quantos anos ela tem? - ela pergunta com interesse palpável.
- A gente tem 20 anos, minha irmã tem quase 15. - respondo.
- Bem, infelizmente essa casa vai fechar. Mas abriremos outra no Rio, poderia oferecer emprego a vocês mas a gente parte daqui a um tempo. Então acredito que não aceitem pois teríamos ainda que discutir muitos assuntos.
- A gente vai. - Bella começa e eu nego logo. - A gente precisa fugir daqui o mais rápido possível! Ir para o Rio é a melhor opção para a gente Bia! - ela diz me fitando e eu assinto.
- Ótimo. Então esperem que eu trato de tudo e vocês vão. - ela avisa enquanto se levanta nos deixando sozinhas.
Penso e penso. Talvez seja o melhor. Só quero fugir desse pesadelo e daqueles vermes. Aviso minha irmã e ela concorda cabisbaixa. Sei que sofre ainda com o que aconteceu recentemente.
A senhora volta um tempo depois e entrega um papel para a gente assinar. Ela fala muitas coisas, como o trabalho será bom pra gente e vencidas pelo cansaço assinamos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Viver Para Crescer
Amei a história. Ansiosa pela continuação...
Qual nome do livro 2?...