VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 105

O cheiro familiar de madeira invadiu os sentidos de Lívia antes mesmo que ela pudesse ver claramente quem estava diante dela, mas ela o reconheceu imediatamente.

Ela franziu a testa, enquanto Samuel estendia a mão, sua grande palma tocando a testa dela.

"Está doente? Sua aparência está tão ruim e ainda assim saiu para jantar com alguém."

Na noite anterior, Lívia havia tomado um banho de água fria, não dormira bem e ainda tivera pesadelos.

Ela estava grávida e, depois de decidir manter o bebê, parou de usar maquiagem. Sua aparência realmente havia piorado, embora ainda fosse muito bonita.

Lívia ergueu a mão para afastar a de Samuel, falando de maneira indiferente.

"Estou bem, Sr. Paiva está tão ocupado e ainda assim saiu para jantar com alguém?"

Assim que ela terminou de falar, seu queixo foi agarrado e levantado pelo homem.

Ela foi forçada a encontrar o olhar dele, a iluminação do canto era ruim, e o homem, inclinando a cabeça, tinha um rosto bonito parcialmente iluminado, seus olhos eram como tinta preta profunda, transmitindo uma aura de perigo.

"Sr. Paiva? Parece que minha identidade se multiplica."

Lívia deu um sorriso forçado, "Se você não gosta, posso chamá-lo de Presidente Paiva também."

"Escolha um mais agradável, ou não pense que vou te soltar."

Lívia revirou os olhos, "O que seria agradável?"

Samuel baixou a cabeça, encostando sua testa na dela, sua voz profunda soou, sua respiração envolvendo o nariz de Lívia.

Ele disse, "Que tal me chamar de amor?"

Lívia duvidou de seus próprios ouvidos, fazia dois anos, ele não reconhecia sua condição de esposa.

Não gostava que ela o chamasse de irmão, nem de amor.

Agora que ela queria o divórcio, e ele andava por aí com Neva, ele realmente queria que ela o chamasse de marido?

"Ha, Samuel, você está brincando?"

Lívia zombou, e Samuel, extremamente insatisfeito com sua reação, levantou bruscamente o rosto dela, um beijo punitivo e ardente pousou em seus lábios.

Já que essa boca só diz coisas que eu não gosto, que seja mordida e devorada!

Samuel, seu desgraçado!

Lívia quis protestar e xingar, mas só conseguiu emitir sons abafados de "Mmm... Mmm!"

Ele devia ter bebido, o sabor do vinho tinto se espalhou entre seus lábios e dentes, Lívia pensou que isso era parte do social com Neva, e ficou furiosa, seus olhos se encheram de lágrimas, ela tentou chutá-lo.

O homem a pressionou mais contra a parede, sua perna forçando as dela a se abrirem, sua mão quente deslizando pela linha da cintura de Lívia.

Lívia tentou mordê-lo, mas o homem emitiu um riso de desprezo, beijando-a com mais liberdade, fazendo com que seus dentes ficassem dormentes.

Lívia estava fraca, deslizando para baixo, quase sentando na perna direita dele, sua coxa pressionada contra ele, sentindo o calor intenso mesmo através das roupas.

Lívia, com o rosto e as orelhas vermelhas, tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas, ela o encarou com raiva.

"Você! Você…"

Samuel a interrompeu, "Não me culpe, sua reação foi demais."

Lívia não sabia antes, ele era tão bom em virar o jogo.

Ela se debateu um pouco, mas a grande mão de Samuel em sua cintura apertou um pouco mais como um aviso.

"Não se mexa mais!"

Ele ainda estava se acalmando, sua voz rouca e severa.

Lívia, envergonhada, "Pare de falar!"

Samuel soltou uma risada baixa no peito, extremamente sedutora.

Lívia, ao pensar que a cena de momentos atrás tinha sido presenciada por Neva e Glória, e que a qualquer momento alguém poderia passar pelo corredor, sentiu-se como um camarão sendo cozido, cada vez mais vermelha.

Felizmente, Samuel logo a ajudou a ficar de pé e deu um passo para trás.

Involuntariamente, Lívia baixou os olhos na direção dos pés dele, mas o homem levantou a mão, cobrindo os olhos dela.