"Pode levar a Alice junto."
Enrique apressou-se em dizer.
"Eu vou te ajudar a cuidar da criança."
Ele percebeu a hesitação de Elsa e continuou: "Se você quiser, vou mandar alguém providenciar os vestidos para vocês, assim você não precisa se preocupar com isso."
"Alice, você quer ir?"
Sentindo-se em dúvida, Elsa puxou delicadamente a ponta dos dedos de Alice, deixando a decisão para ela.
Ao ouvir isso, o coração de Enrique ficou apertado.
Sua posição era clara, mesmo que comparecesse ao leilão sem acompanhante, ninguém ousaria comentar nada.
Mas… ele ainda assim tinha seus interesses pessoais.
Logo, ouviu-se do outro lado da linha a risada cristalina de uma criança.
Alice piscou seus grandes olhos negros, brilhantes como jabuticabas, olhando para Elsa, cheia de curiosidade e excitação.
O coração de Elsa se enterneceu por um instante.
Ela sabia que um dia recuperaria o que era seu, e Alice não deveria continuar escondida de tudo, mas sim viver livremente, com alegria.
De fato, estava na hora de levar Alice para conhecer o mundo.
"Enrique, me envie o horário e o local."
Ao ouvir isso, Enrique sentiu uma felicidade repentina, como se uma nuvem suave tivesse caído do céu sobre ele, deixando-o atordoado.
"Claro."
Ele tentou baixar o tom de voz para esconder sua animação, mas a mudança de timbre só fez Elsa se perguntar se ele estava com dor de garganta.
Assim que terminaram a ligação, Enrique discou para outra pessoa.
"Tio, vou levar uma acompanhante ao leilão."
O vinho tinto escorreu para a taça alta; Félix, chamado de "tio", girou o vinho rubi entre os dedos longos e sorriu levemente: "É só um leilão, por que me avisar que vai levar acompanhante?"
No entanto, havia certa preocupação em seu olhar.
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