Você É o Meu Paraíso romance Capítulo 98

O ciúme em Karina queimava dentro dela como um incêndio devorador.

Ela discou um número no telefone, mantendo o olhar fixo na silhueta de Elsa que se afastava: "Sim, está certo."

Elsa não fazia ideia de que Karina estava por perto, ainda que sentisse um calafrio percorrer sua nuca.

Ela lançou um olhar estranho por cima do ombro, mas não percebeu nada de anormal.

Ali realmente não era um lugar onde pudesse permanecer por muito tempo.

Essa impressão apenas se intensificou, e ela decidiu, com Alice, ir para outro hotel.

Esse novo hotel ficava praticamente do outro lado do centro da cidade em relação ao anterior.

Quanto mais longe, mais tranquila se sentia; não podia permitir que algo acontecesse com Alice estando ao seu lado.

A distância era grande e, por isso, o céu logo foi escurecendo.

Recentemente, Alice tivera uma crise de dor de barriga e, nos últimos dias, Elsa recorrera à medicina tradicional. Uma sucessão de pequenos incidentes deixava Elsa especialmente inquieta.

Olhando para o céu turvo, ela insistiu para que o motorista acelerasse.

Logo, o táxi parou.

"É aqui."

Elsa desceu do carro com Alice nos braços, recebendo uma rajada de vento no rosto.

Instintivamente, envolveu Alice com ainda mais cuidado.

O motorista retirou sua bagagem e partiu logo em seguida.

Elsa apertou o casaco contra o corpo e abraçou Alice mais forte.

Seguindo a localização no celular, ela caminhou até avistar um hotel cinco estrelas.

Sentiu-se um pouco mais aliviada e seguiu em frente.

Porém, deu apenas alguns passos quando parou abruptamente, sentindo o corpo inteiro arrepiar.

Aquela sensação estranha de estar sendo observada, que sentira antes de sair do outro hotel, voltou.

Alguém a estava seguindo?!

O coração disparou e ela apressou o passo, quase correndo para o hotel.

A recepcionista se assustou ao vê-la naquele estado: "Aconteceu alguma coisa, senhora?"

Envolta pela luz quente e suave do saguão, Elsa conseguiu se acalmar.

Ofegante, sorriu timidamente: "Não é nada, só vim fazer o check-in."

Ao ouvir isso, a recepcionista abriu um largo sorriso e, solícita, agilizou seu atendimento.

Só quando a chave do quarto lhe foi entregue, Elsa pôde respirar aliviada.

Antes de subir, ainda inquieta, lançou um último olhar para fora do hotel.

A não ser pelas folhas secas sendo levadas pelo vento, tudo parecia normal na rua.

Ela respirou fundo, tentando convencer-se de que era apenas tensão e nervosismo.

"A senhora está bem? Precisa de alguma coisa?"

A recepcionista percebeu seu desconforto e falou com gentileza.

"Não, tudo certo." Elsa balançou a cabeça, mas ainda assim perguntou, preocupada: "Ouvi dizer que aqui é uma região mais afastada, como é a segurança nas redondezas?"

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