Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 33

Ophelia estava no meio do jantar quando Gregório voltou.

Gregório tinha traços faciais marcantes e era muito bonito, diferente da seriedade e do peso do seu irmão mais velho, Gilberto. Havia nele uma certa aura de elegância e charme, típica de um playboy rico.

Naquele dia, a temperatura estava ainda mais baixa do que nos dias anteriores. Ele usava um terno cinza com um sobretudo preto por cima, o que suavizava seu ar casual e lhe dava um toque de maturidade.

Ophelia não esperava que ele voltasse tão de repente e ficou paralisada por alguns segundos. Gregório já tinha entrado, pendurando o sobretudo casualmente no encosto da cadeira.

Ele olhou rapidamente para os pratos na mesa e sorriu: "A Sra. Alessa volta, a comida melhorou bastante."

Essas palavras fizeram o coração de Dona Alessa florescer de alegria.

"E eu que pensei que o senhor não voltaria para jantar hoje, a senhora já estava quase terminando. Vou preparar mais alguns pratos!"

Ophelia entendia muito bem a alegria de Dona Alessa. Ela mesma já teve momentos assim, quando Gregório a deixava tonta de amor e confusão.

Dona Alessa serviu Gregório, que não mencionou que já tinha comido fora, e ele começou a comer com o garfo.

Ophelia olhou para o gato em seu colo, escondido pela mesa. Gregório ainda não tinha notado.

Ela pensou se deveria levantar e levar o gato de volta ao quarto, para ficar fora da vista de Gregório, ou se continuava escondendo-o, já que se ele não o visse, talvez não causasse problemas.

Mas ela não esperava que Gregório fosse tão perspicaz. Ele ouviu o ronronar do gato e levantou os olhos.

"Desde quando a Dona Alessa se tornou uma cozinheira tão boa? Até o trator pode cozinhar."

Ophelia ficou sem palavras.

Antes que ela pudesse responder, o gato tricolor sacudiu as orelhas e saltou para a mesa, olhando curiosa e cautelosamente para Gregório.

O sorriso que Gregório mantinha desapareceu, e suas sobrancelhas se franziram levemente: "Esse bicho ainda está aqui? Não te pedi para mandá-lo embora?"

Animais têm uma sensibilidade especial e o gato pareceu encolher-se um pouco."Continue comendo." Ophelia pegou o gato e o levou de volta ao quarto, não retornando à sala de jantar. Ela pegou um livro e sentou-se na sala esperando que ele terminasse de jantar.

Gregório se sentiu desapontado, e quando Dona Alessa trouxe os pratos prontos, ele já tinha largado o garfo.

Ela se levantou e foi para o andar de cima, enquanto Gregório permanecia sentado, observando sua silhueta esbelta desaparecer na escada em espiral.

Ele tirou um cigarro, batendo levemente na caixa antes de puxar um, colocando-o entre os lábios e acendendo com um isqueiro.

A chama azul-violeta acendeu o cigarro.

Ele colocou o isqueiro sobre a mesa, deu uma profunda tragada e soltou a fumaça cinza-azulada, que turvava parcialmente seu rosto.

Dona Alessa não conseguia ler sua expressão, nem entender por que a atmosfera entre eles de repente tinha se tornado tão tensa que ele nem terminou de comer.

Gregório olhou para os pratos fumegantes: "Por que fez berinjela e bambu?"

Dona Alessa ficou um pouco confusa: "Ah? Você não gosta? Eu fiz porque pensei que você gostava."Gregório arqueou uma sobrancelha: "Quando foi que eu disse que adoro berinjela?"

"Outro dia, quando eu fiz, você não adorava antes?"