Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 34

Não sei de quando datava o assunto, mas Gregório não tinha a menor lembrança.

"Você costuma fazer isso com frequência?" Dona Alessa, visivelmente embaraçada, hesitou: "Ah..."

"Não é à toa que ela fica mais magra a cada ano."

Gregório arqueou levemente o canto dos olhos.

Seu rosto era frequentemente iluminado por um sorriso, trazendo um ar de despreocupação que poderia fazer alguém pensar que ele era de fácil trato.

Mas, quando não sorria, seu ar naturalmente distante e intimidador se tornava evidente.

"Ela é seletiva com a comida, não come berinjela nem bambu, você não sabia?"

"Eu pensei que você gostasse..."

"Quantas vezes eu venho aqui jantar por ano?"

A resposta de Gregório foi um murmúrio frio que parecia cortar o ar.

Dona Alessa se assustou um pouco, torcendo as mãos nervosamente, a voz quase um sussurro: "Então eu... não faço mais?"

Gregório não respondeu, pensou em apagar o cigarro, mas lembrou-se de que não havia cinzeiros na casa.

Ele simplesmente pressionou o cigarro na berinjela ao gratin.

Sem dizer uma palavra, levantou-se e subiu as escadas.

O quarto principal no segundo andar era um grande suíte. Ao entrar, havia uma sala de estar onde Ophelia estava sentada num sofá de veludo cor de uva, inclinada para trás, olhar distante.

Ela esperou um bom tempo até ouvir os passos no andar de cima.

Gregório entrou, seu olhar caindo sobre ela.

Ophelia levantou o rosto, seu pescoço delicado brilhando sob a luz clara, tão puro e frágil quanto jade, complementado pelo azul profundo do amuleto Olho Grego que ela usava.

Gregório ainda lembrava como era suave e delicado o toque de sua pele.

Ophelia, que estava distraída com a luz, demorou alguns segundos para perceber que Gregório estava ali.

Com uma paciência forçada, Gregório disse: "Ophelia, mesmo que você não goste de mim, se quer me matar, deveria escolher um método mais eficaz."

Ophelia ficou sem palavras, como se gatinhos desajeitados pudessem matá-lo, talvez de fofura?

"Um punhado de gatinhos e você acha que podem me matar? Você é realmente muito fraco."

"Eu, fraco?" Gregório quase riu, mas então espirrou subitamente.

Ele rapidamente recuou mais alguns passos, cobrindo o nariz com a mão, mas continuou espirrando sem parar.

Ophelia percebeu: "Você é alérgico a pelo de gato?"

Gregório deu uma risada irônica: "Você só percebeu agora?"

"Você nunca disse, como eu poderia saber?" Ophelia estava um pouco culpada. "Acredite ou não, eu não fui quem os escondeu aqui."

"Se não foi você, então fui eu?"

Ophelia não tinha como explicar que a gata tinha escapado sabe-se lá como, e, audaciosamente, planejado e escondido seus filhotes sob as cobertas, numa tentativa de atacar Gregório fatalmente.