Whisky Chocolate romance Capítulo 107

Toda vez que Carlos vinha perguntar sobre o progresso, o Senhor Thiago sempre respondia de maneira arrogante, deixando todos desconfortáveis.

Ele já estava querendo que Caio também experimentasse o sabor de pedir ajuda!

Mas ao vê-lo ali, parado e calmo como sempre, Carlos estava especialmente curioso para saber quanto dinheiro havia sido recuperado. Então, ele foi o primeiro a falar: "Senhor policial, você nos chamou aqui porque o dinheiro foi recuperado? Quanto foi que conseguiram?"

Thiago, claramente impaciente por ter sido interrompido, repreendeu:: "Quem é você? O caso da Família Serra já não foi transferido para outro policial? Por que está se intrometendo nos casos de outras famílias?"

Carlos ficou sem graça ao ser repreendido, e Sandra sussurrou para os três: "Viram só? Ele é sempre arrogante assim, mas não podemos fazer nada, temos que evitar desavenças."

Caio e Elsa trocaram olhares; aquele homem era realmente agressivo.

Depois de falar, Thiago contornou Carlos e veio na direção deles. Caio deu um passo à frente, ficando na frente de Rita e Elsa. Se esse cara tivesse um mau temperamento, pelo menos ele não iria descontar nelas.

Quando o policial se aproximou, Caio estava prestes a cumprimentá-lo, mas Thiago, num tom bajulador, começou a falar com um sorriso: "Grande... Chef Rita, Senhor Serra, Senhora Serra, lamento que tenham que vir até aqui pessoalmente. Desculpem o incômodo!"

Após dizer isso, ele bateu no peito, quase deixando escapar uma referência a moça!

Caio, Carlos e Sandra ficaram igualmente sem palavras.

Os três olharam para Thiago completamente confusos.

Carlos e Sandra estavam incrédulos; como aquele homem que antes exibia tanta superioridade e desdém poderia mudar de atitude tão rapidamente?

E o que ele acabara de chamar Rita?

Grande Chef Rita?

Todos olharam para Rita, e Caio não pôde evitar: "Rita, vocês se conhecem?"

Rita assentiu calmamente: "Oh, já nos encontramos uma vez."

"........."

Um encontro e ele muda de atitude assim?

Rita franziu a testa, pensando por que Thiago a teria chamado de Grande Chef Rita, sendo ele mais velho que ela.

Enquanto todos estavam atônitos e Rita confusa, Thiago explicou:

"A verdade é que Daniel Viveiros foi capturado e o dinheiro foi recuperado. Então chamei vocês aqui hoje para devolver o dinheiro para sua conta bancária e encerrar o caso, preciso que você assine."

Depois de falar, Thiago entregou a Caio um formulário para ele verificar. Ao ver o conteúdo, Caio ficou estupefato.

Carlos, ansioso, não conseguia ver os detalhes e Sandra perguntou: "Mas quanto dinheiro foi recuperado? Conseguiram pelo menos a metade?"

Thiago balançou a cabeça: "Como assim?"

Nem a metade? Então... "Um terço?"

Thiago: "Impossível."

Sandra suspirou aliviada; um terço já seriam dezessete milhões. Se nem isso foi recuperado, eles tinham saído ganhando!

Um sorriso involuntário apareceu em seu rosto: "Então, pelo menos um quinto?"

Thiago suspirou: "Vocês têm uma ideia errada sobre a gente?"

Nem um quinto foi recuperado?

Sandra riu ainda mais: "Não, eu sei que vocês se esforçam muito para resolver os casos, só que para o meu irmão e minha cunhada é a primeira vez aqui, talvez estejam um pouco chocados."

Depois de falar, ela olhou para Elsa: "Cunhada, pense nisso como um mal-entendido resolvido, não fique tão triste. Se estiver difícil de aguentar, pode chorar, eu não vou rir de você."

Carlos também falou: "É isso aí, se conseguiram recuperar alguns milhões, já está ótimo, não fique triste..."

Elsa, por sua vez, estava tranquila. Ela nunca deu muita importância para dinheiro e, além disso, agora, era como se tivessem pago trinta milhões para se livrar de qualquer relação com Andreza Sequeira, o que era lucro!

Ela até confortou Caio: "O que conseguiram trazer de volta já é bom, assine o documento, não vamos complicar o trabalho dos policiais."

Caio ficou boquiaberto ao olhá-la, "Não, é, foi tudo recuperado! Cinquenta milhões!"

"… O quê?" Elsa ficou atônita.

Todos voltaram seus olhares para Thiago, que se ergueu orgulhoso: "Eu já disse, vocês estão nos entendendo mal? Como policiais a serviço do povo, nosso dever é servir à comunidade! Vocês foram enganados em cinquenta milhões, claro que tínhamos que recuperar tudo!"

"…"

Houve um breve momento de silêncio, até que Carlos exclamou, incrédulo: "Como é que pode?"

Sandra, apontando para Thiago, gritou: "Você disse que a gente não ia conseguir recuperar quase nada!"

Thiago olhou para eles com indiferença: "Eu nunca falei isso, eu disse que cada caso é um caso, e o quanto a gente consegue recuperar depende da sorte. Esse Daniel não escondeu os bens, vocês é que deram sorte!"

Carlos e Sandra, corroídos pela inveja, estavam à beira da loucura, mas não ousaram dizer nada e só puderam olhar para Caio, que estava prestes a falar alguma coisa, quando Thiago interveio: "A delegacia é um lugar de ordem, sem escândalos! Vocês dois não estão aqui para encerrar o caso, por favor, esperem lá fora."

Ele se virou com um sorriso acolhedor: "Sr. Caio, Dona Elsa, Chef Rita, que tal irmos para sala de descanso para assinar os documentos? Querem beber água?..."

Enquanto os quatro se afastavam, Sandra disse a Carlos: "E agora, o que a gente vai fazer?"

Carlos, com um olhar feroz e dentes cerrados de raiva, respondeu: "Eu conheço o temperamento do chefe muito bem; ele já não tem mais nenhuma consideração por nós desde que a gente pressionou ele. Agora, com o contrato de transferência nas mãos, com certeza ele não vai devolver o dinheiro. Vamos ver no que isso vai dar!"

-

Meia hora depois, os cinquenta milhões foram depositados.

Caio assinou os papéis e, quando a família saiu da delegacia, pareciam estar flutuando.

Elsa, ainda desorientada, olhou à frente: "Então, a gente não só não perdeu dinheiro, como ainda ganhou vinte milhões?"

Caio, também surpreso com a facilidade do que aconteceu, olhou para Rita com brilho nos olhos: "Rita é mesmo um amuleto da sorte. Desde que você voltou, a gente só tem tido boas notícias! A vida em família está cada vez melhor! Vamos, hoje o papai vai levar vocês para comer algo especial!"

Elsa, cheia de energia, concordou: "Vamos, e pagar logo o sinal do vestido de festa, nada de desistir!"

Rita olhou para os dois, hesitou por um momento e começou a perguntar devagar: "A gente pode..."

Antes que ela pudesse terminar com "não ir?", os pais se olharam e imediatamente disseram em uníssono: "Não pode!"

Rita: "..." Ela realmente queria voltar para casa e estudar, mas ao ver a empolgação dos pais, engoliu suas palavras.

Bom, que mal faria atrasar um pouco os estudos para passar tempo com eles?

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No dia seguinte, Rita foi como sempre para a Penhor.

Durante o café da manhã, ela observou Vicente Pacheco.

O homem tinha olhos estreitos com pálpebras caídas que lhe davam um ar um tanto severo, uma face bem-feita sem traços afeminados e um contorno firme que exalava resiliência, ele era realmente atraente.

Não é à toa que as colegas suspiravam por ele.

Pensando nisso, Rita perguntou de repente: "Se eu ficasse sem dinheiro, você ainda namoraria comigo?"