Whisky Chocolate romance Capítulo 165

Raquel virou-se e percebeu Osíris chegando, ostentando um semblante grave e uma presença carregada de tensão, interrompendo seu caminho. Ele questionou Amanda: "Por que você fez isso?"

Amanda levou um susto, a malícia que antes se fazia presente desvaneceu, dando lugar a um olhar de compaixão: "Eu só estava tentando dar um pouquinho de água para a Raquelzinha, Professor Osíris. Fiz alguma coisa errada?"

"O que você acha que fez?"

Osíris questionou, irritado: "Você não está ciente de que Raquel tem pavor de água?"

Hoje, logo que a aula começou, Rita cumprimentou Osíris e fez questão de afastar todos os copos de vidro dos colegas que estavam ao redor.

Ela já tinha notado que Raquel não tinha problemas em beber de um copo que não fosse transparente, que não permitisse ver a água se mexendo e nem refletisse a luz. Não haveria problema algum dessa forma.

Ela explicou tudo isso para Osíris com detalhes.

Mas agora, Amanda estava com um copo, tentando barrar o caminho de Raquel?

Se fosse antes, Raquel já teria reagido, mas agora... ela enfrentava grandes dilemas psicológicos!

Amanda arregalou os olhos, incrédula, olhando para Raquel: "Raquelzinha, você tem medo de água?"

Raquel se refugiou atrás de Osíris, evitando olhar para o copo de água na mão de Amanda, que ainda assim ergueu o copo: "Mas, todo mundo precisa se hidratar, você tem medo até de beber água? Raquelzinha, não pode ser assim, eu vou te ajudar a superar isso, senão, como você vai se virar se não puder beber água?"

Ao dizer isso, ela passou por Osíris e entregou o copo a Raquel: "Toma, Raquelzinha, não precisa ter medo, esta água é essencial para a vida!"

Raquel segurou a água, observou o líquido oscilando no copo de vidro transparente e, assustada, empurrou com força, fazendo com que a água caísse do terceiro andar!!

"Plá!"

O copo de vidro se estilhaçou.

E Raquel olhou para baixo, com os olhos arregalados.

Osíris também lançou um olhar rápido para baixo, aliviado por haver poucas pessoas passando naquele momento. Caso contrário, se alguém fosse atingido, o problema seria grande!

Após o incidente, Amanda ainda argumentava, boquiaberta: "Professor Osíris, as pessoas não podem simplesmente fugir dos seus medos, precisam enfrentá-los. Se Raquelzinha tem medo de água, então deveríamos expô-la a mais água, as pessoas precisam ser resilientes."

Em outras circunstâncias, seria correto encarar os desafios de frente.

No entanto, barreiras psicológicas não são superadas com imposição, e insistir nisso pode agravar os problemas psicológicos.

Osíris, em um tom austero, disse: "Aluna Amanda, você é apenas uma estudante e não é sua responsabilidade se preocupar com isso. Por favor, retorne à sala de aula!"

Amanda fez uma careta, mas acenou com a cabeça, mantendo-se aparentemente serena.

Quando Amanda voltou para a sala, Raquel finalmente deixou as lágrimas rolarem.

Osíris suspirou e propôs: "Vamos para a aula."

A manhã voou, e exceto pela visita dos membros da Sociedade da Labareda a Raquel durante o intervalo, tudo transcorreu sem sobressaltos.

Chegou a hora do almoço, e no refeitório havia um aquário repleto de peixes e, claro, água.