Whisky Chocolate romance Capítulo 200

A van alongada era especialmente espaçosa. Mesmo com quatro pessoas a bordo, não se sentia apertado. Os assentos eram confortáveis e largos, dando a impressão de que se poderia deitar e dormir.

Quando Artur entrou no carro, ajustou a cadeira de couro para uma posição confortável, colocou a máscara nos olhos e começou a dormir, aparentemente com medo de ser incomodado.

Infelizmente, ele não escapou das perguntas insistentes de Tagarela.

Desde que começou a andar com Rita, Raquel não tinha mais tanto medo de Artur como antes. Além disso, estava animada por poder encontrar seu ídolo em Cidade Loretuma, então ela falava sem parar:"Wow, em casa não temos um carro assim, ouvi dizer que é super confortável aqui dentro, e é mesmo! Daqui até Cidade Loretuma são umas sete ou oito horas de viagem, com esse carro, vai ser muito mais confortável!"

Depois de olhar ao redor, ela se voltou para Artur: "Sr. Barros, você é tão legal conosco, mas por que está nos acompanhando?"

Artur a ignorou, fingindo estar dormindo.

Tagarela riu e disse: "Não acredito que você já esteja dormindo, acabamos de entrar no carro. Sr. Barros, vai falar ou não? Você está indo para o Rio de Janeiro porque tem amigos para visitar?"

Ao ouvir isso, Artur sentou-se abruptamente.

Seus olhos fixaram-se em Raquel enquanto ele exclamava: "Não!"

Raquel ficou chocada com a reação dele e engoliu em seco: "Então, por que você está indo conosco?"

Artur hesitou: "Eu... estou preocupado que o motorista possa ficar sonolento na estrada, então pensei em revezar na direção, tudo bem?"

Raquel concordou.

O motorista da frente, no entanto, mal conseguiu esconder um sorriso. Desde quando o jovem senhor era tão atencioso? E, além disso, eles tinham planejado dois motoristas, um dos quais estava sentado no assento do passageiro.

Mas ele guardou esses comentários para si mesmo.

Raquel lançou um olhar discreto para o outro motorista no banco do passageiro e depois para Artur.

Artur, sentindo-se constrangido e zangado, justificou-se: "Eu... nunca estive em Cidade Loretuma, estou indo a turismo!"

O motorista na frente não pôde deixar de provocar: "Mas senhor, lembro que você foi lá no início do ano, não foi?"

Artur ficou sem palavras.

Ele olhou furiosamente para Raquel, assustando-a. Ela rapidamente fechou a boca com a mão, fingindo fechar um zíper em seus lábios para indicar que não falaria mais. Artur finalmente desistiu e deitou-se novamente. Rita e Vicente, sentados atrás, observavam Artur com curiosidade e então voltavam sua atenção para o jogo no celular.

No grupo "Chefão", ela sentia uma afinidade natural com todos.

Então, quando o jogador de jogos a convidou para jantar, ela não queria recusar, mas sabia que havia uma tensão entre ele e Labareda Pequena...

Ela pensou por um momento e então falou: "Labareda Pequena..."

Artur se endireitou e olhou para ela, irritado, mas se segurando para não explodir.

Rita começou: "O jogador de jogos..."

Ela hesitou, percebendo que Labareda Pequena talvez não soubesse a quem se referia. Como era o nome da pessoa mesmo?

Vicente a ajudou, lembrando: "Florival."

Rita continuou: "Florival nos convidou para jantar hoje à noite, você... vai conosco?"

Ao ouvir o nome "Florival", Artur ficou visivelmente desconfortável, com o rosto tenso como se estivesse prestes a se enfurecer.

Depois de um longo momento, ele finalmente conseguiu dizer: "Eu não o conheço."

Não conhecer...

Isso significava que ele iria encontrá-lo como um estranho?

Rita achou que havia entendido sua intenção e respondeu: "Chegaremos ao Rio por volta das cinco da tarde, então vamos jantar. Tudo bem?"

"Ótimo!" Raquel exclamou.

Sentindo algo, ele levantou a cabeça e, ao ver Rita, guardou o celular no bolso. Esse homem tinha uma aura distante quando não sorria, mas seu sorriso era tão caloroso e envolvente que era como uma brisa de primavera.

Ele se aproximou de Rita e estendeu a mão: "Olá, sou Florival."

Ele era atraente e tinha uma presença agradável.

Rita acenou em reconhecimento. Nesse momento, Vicente e Raquel também saíram do carro.

Ao ver Vicente, Florival apertou o olhar, instintivamente endireitando-se com um ar de respeito. Estava prestes a dizer algo quando viu Vicente balançar a cabeça levemente.

Florival entendeu imediatamente o que Vicente queria dizer e sorriu para ele, contornando-o e Raquel para então se voltar para o jovem rebelde que parecia ter dormido durante toda a viagem e tinha uma marca no rosto.

O jovem parecia impaciente e seu olhar era indomável. Ao descer do carro e ver Florival, ele se tensionou ligeiramente, claramente tentando controlar suas emoções.

Ele não disse nada e enfiou as mãos nos bolsos, caminhando em direção ao restaurante. Ao se aproximar de Florival, este disse: "Sr. Barros..."

Infelizmente, Artur agiu como se não o tivesse ouvido e foi direto para o lado de Rita, falando: "Chef Rita, vamos comer aqui?"

Todos: ?

O restante do grupo claramente notou algo, mas não disse nada. Florival suspirou impotente e falou, "Eu reservei uma sala privada. Vamos entrar."

Então, todos seguiram Florival para dentro do restaurante.

Enquanto caminhavam, Raquel Tagarela olhou curiosa para Florival e depois para Artur, e de repente bateu no ombro de Florival.

Ele se virou e Raquel perguntou: "Qual é a sua relação com o Sr. Barros?"

Ao ouvir isso, Artur, que estava à frente, subitamente ficou atento.

Florival olhou para ele, deu um sorriso resignado, baixou os olhos e finalmente começou a falar...