Whisky Chocolate romance Capítulo 211

Na entrada, o Professor Viveiros os levou até a porta do escritório, apontando-a para que entrassem.

Foi só naquele momento que Leandro se deu conta da situação, franzindo a testa e perguntando: "É o Dr. Sérgio?! O matemático sobre quem eu ouvi falar?!"

Professor Viveiros, visivelmente impaciente, confirmou: "Sim, então não falem bobagem, entenderam?"

Leandro assentiu, virando-se para Rita: "Não fica nervosa!"

Rita: ??

Leandro, tentando tranquilizá-la, disse: "Apesar de este cara ser realmente impressionante, ele também é humano. Não precisa ter medo! Ainda somos jovens. Você já provou a Conjectura de Poincaré, nossas conquistas futuras podem ser tão grandes quanto as dele."

Rita: … Ela havia demonstrado algum medo?

Mas Sérgio era de fato o Matemático do Grupo do Chefão, pensando bem, era bom poder encontrar alguém do grupo novamente.

Ela levantou seus olhos nebulosos, e naquele momento, a névoa pareceu se dissipar um pouco, seus olhos brilharam levemente enquanto ela dava um passo à frente e abria a porta.

Justo quando Leandro estava prestes a insistir para que ela não ficasse nervosa: ??

Leandro teve que apressar o passo para entrar no escritório com Rita.

Parecia que todos haviam saído do escritório, deixando-os sozinhos, com Sérgio usando a desculpa de uma conversa privada para mandar todos embora.

Sérgio era um homem alto e magro, de aparência energética, com olhos que pareciam brilhar, mas sua pele já mostrava rugas e seus cabelos estavam embranquecidos. Vestia-se adequadamente com um traje típico, olhando para eles com um sorriso acolhedor.

Ele começou: "Vocês chegaram?"

Rita, lentamente, perguntou: "Você é o Matemático?"

Leandro inalou bruscamente, como Rita ousava ser tão direta com uma figura tão respeitada? Matemático, quem se atreveria a chamá-lo assim?

Ele lançou um olhar desamparado para Rita, interpondo-se entre ela e Sérgio, com um sorriso apologético: "Dr. Sérgio, desculpe, a Rita é um pouco direta, ela não quis dizer..."

Antes que ele terminasse, viu Sérgio sorrir, "Sim, sou o Matemático."

Leandro: ?????

Leandro ficou atônito, percebendo que Sérgio não se ofendeu com o modo como Rita o chamou.

Ele então olhou de volta para Rita.

Rita continuou: "Você parece mais velho do que imaginei."

Sérgio: “…………”

Leandro: “…………”

Havia visto pessoas se colocarem em situações difíceis, mas nunca dessa maneira.

Parecia que Rita realmente não tinha muita habilidade social, mas como poderia ser assim?

Ele se apressou em corrigir: "Dr. Sérgio, ela não quis dizer que você é velho, mas que possui uma vasta experiência e um renome consolidado no mundo da matemática!"

Sérgio riu: "Ritinha é direta, sempre fala o que pensa, ela está certa, eu sou velho mesmo, já estou com sessenta e um anos, o tempo não perdoa, viu!"

Leandro ainda queria suavizar a situação, temendo já ter ofendido uma figura tão importante da matemática antes mesmo de entrar no campo.

Mas antes que pudesse dizer mais, captou o apelido carinhoso usado por Sérgio: Ritinha...

Ele olhou de repente para Rita, depois para Sérgio: "Vocês se conhecem?"

Viveiros respondeu, tentando parecer confiante: "E daí? Desde quando não podemos disciplinar os alunos?"

Mas ele não conseguia esconder sua ansiedade.

Quando os três saíram, ao ver que Sérgio parecia tranquilo, Viveiros se aliviou: "Sr. Goulart, até mais."

Sérgio acenou com a cabeça.

Quando Rita e Leandro voltaram para a sala, era hora do almoço. Ela estava se preparando para sair quando seu celular vibrou.

Pegou o telefone e viu uma ligação de Vicente Pacheco.

Antes que pudesse atender, uma voz ressoou: "Rita! Celular é proibido durante as aulas, não sabia? Como você pode estar ao telefone agora?!"

Rita olhou surpresa para a porta e viu o Professor Viveiros a encarando furiosamente.

Ela olhou ao redor, viu um colega mexendo no celular e depois olhou novamente para Viveiros.

Agora tinha certeza de que era pessoal.

Baixando o olhar, Viveiros já estava ao seu lado: "Me dê esse celular! É proibido usar celular aqui, vou confiscá-lo!"

Rita hesitou por um momento.

Ela sempre foi uma aluna exemplar, sabia das regras, mas todos traziam seus celulares escondido, era normal.

Se o professor pedia, ela entregava.

Quando o celular estava nas mãos de Viveiros, ela não viu a mensagem que havia chegado: "Estou te esperando lá fora com o almoço. — Seu Vicente."