Whisky Chocolate romance Capítulo 278

Se Diogo tivesse jeito para os negócios, se Rita realmente não se interessasse pela gestão da empresa, se essa dupla de irmãos se desse bem, na verdade, não seria impossível.

Mas a iniciativa de Caio de passar o controle para Diogo, e o que isso representava para o grupo atual, eram completamente diferentes!!

Caio nunca havia sentido tamanha incerteza e perda, como se o mundo inteiro o tivesse abandonado.

Já era dezembro, um vento gelado cortante soprava, mas nada se comparava ao frio que ele sentia por dentro.

Ele olhou para o velho senhor, depois para Carlos, e depois de um tempo, apenas sorriu amargamente: “Pai, por que você não começou a falar sobre isso mais cedo?”

João ficou surpreso: “O mais velho?”

Caio falou: “A empresa foi construída por mim e por você, naquela época, Carlos ainda estava estudando. Depois dela pronta, fui eu quem mais correu atrás.”

Ao ouvir isso, Carlos exclamou: “O mais velho, o que você quer dizer? Naquela época, não havia divisão, o dinheiro que você ganhava era da família! Você está planejando me deixar de fora? Sem chance!”

Vendo a agitação e a paranoia dele, Caio sentiu seu coração entorpecer.

Ele falou lentamente: “Nunca pensei em dividir a família, nem em quem ficaria com a empresa. Naquela época, estávamos pobres, tudo o que eu queria era melhorar a vida da nossa família, então trabalhei arduamente.”

Enquanto ele passava as noites em claro, Carlos estava nos bares.

Quando ele fechou o primeiro negócio, Carlos pediu dinheiro para comprar um computador e começou a jogar todos os dias.

Ele queria trazer Carlos para os negócios, mas ele estava cansado, exausto, se lamentava, e a mãe apenas dizia para ele descansar e repreendia Caio: “Carlos é mais novo, você que lute um pouco mais lá fora.”

Assim, Carlos se tornou o que é hoje.

Caio sentia que era sua responsabilidade, mesmo Carlos nunca tendo contribuído com nada para a empresa, ele ainda assim dividiu, sem ressentimentos, um quarto das ações para ele na divisão!

Ele só pegou um quarto para si!

Naquela época, o velho senhor deu-lhe sua parte das ações e dinheiro para gerir, ele pensou que era uma questão de confiança, mas agora, parece que era só para acalmar seu coração.

Ridículo.

Ele ainda pensava que, na família, o velho senhor era o que mais o tratava bem.

Mas não é óbvio? Afinal, só ele trabalhava!

Até para fazer o boi arar a terra, você tem que alimentá-lo bem, quem não entenderia isso?

Mas, no final...

Era isso então!!

Ele disse lentamente: “Pai, mãe, eu devo a vocês, agora posso usar a empresa para pagar essa dívida, está bom assim?”

Assim que disse isso, João ergueu a cabeça rapidamente, incrédulo: “O mais velho, o que você quer dizer?”

Caio falou lentamente: “Você quer dar a empresa para Diogo, tudo bem, eu dou, não só a sua parte, mas a minha também, tudo para ele.”

O velho senhor imediatamente se alegrou: “O mais velho, você está falando sério? Isso, eu certamente não deixarei Rita em desvantagem, vou deixar todo o meu dinheiro para ela, garantindo que ela não tenha preocupações para o resto da vida, o que você acha?”

Caio baixou os olhos: “Não é necessário.”

O velho senhor estava prestes a dizer algo, mas Andreza falou: “O mais velho, finalmente você não cometeu um erro! Você tem que saber, cedo ou tarde ela iria se casar, quem vai cuidar de você na velhice é o Diogo! Carlos, agradeça ao seu irmão agora!”

João hesitou, prestes a falar, mas Caio continuou: "Se ficarem, será em corpo, mas não em espírito. Não vale a pena."

Carlos, pensando na generosidade de Caio em deixar suas ações, rapidamente disse: "Tudo bem, sem problemas!"

Mas João protestou: "Chefe!!"

Ele segurou a mão de Caio: "A empresa só estará segura em suas mãos, você não pode soltá-la!"

Carlos, agindo dessa maneira, claramente não era apto para os negócios, apenas Caio poderia gerir bem a empresa, algo que João via mais claramente do que ninguém!

Se Caio deixasse a empresa, o que seria entregue a Diogo não passaria de uma casca vazia!

No entanto, Caio manteve sua decisão firme: "Pai, deixe ir!"

João conhecia seu filho mais velho, uma pessoa destinada a grandes feitos, decisivo e corajoso! Como agora, ele estava disposto a deixar a empresa que ele mesmo fundou.

Uma vez que ele tomava uma decisão, nem dez bois poderiam fazê-lo mudar de ideia, então ele sempre o prendeu com laços familiares.

Mas agora...

O velho olhou furioso para Carlos e para a matriarca: "Vocês dois, peçam desculpas ao chefe! Façam-no voltar!"

Carlos reagiu com desprezo.

Andreza, por outro lado, irritada, replicou: "Ameaçando quem? Se ele quer ir, que vá! Eu ouvi de Carlos que Emerson teve problemas com Rique Palermo, afetando a empresa. Sua partida pode até ser boa para nós, deixe-o ver por si mesmo. Com Rique Palermo aqui, se esse tal de Emerson não se desculpar, o que ele pode fazer?"

"E mais, hoje é seu aniversário, e os veteranos da empresa estão todos aqui. Vamos perguntar a eles, ver quem está disposto a ir com você!"