Whisky Chocolate romance Capítulo 285

As pessoas ao redor tinham expressões variadas em seus rostos.

Caio e Elsa trocaram olhares, sentindo uma inquietação sutil em seus corações.

Vicente havia revelado sua identidade e partido sem mais nem menos no dia anterior, deixando todos sem saber qual seria sua reação. Eles não temiam que Vicente realmente terminasse o relacionamento, mas sim que Rita ficasse magoada.

Andreza e João, entre outros, ficaram calados, com medo de irritar Vicente.

Sandra olhava para Rita com aquele olhar de decepção, como quem não vê a evolução desejada.

Eles tinham esperanças de aproveitar o período de namoro apaixonado para beneficiar a Família Serra, mas Rita foi tão direta? Se isso irritasse o Sr. Pacheco... eles nem ousavam imaginar as consequências!

Enquanto todos ponderavam, Rita deu um "Oh" indiferente, mantendo sua frieza de sempre. Elsa e Caio, que conheciam bem a dinâmica entre ela e Vicente, não se surpreenderam, mas o resto ficou chocado.

Tão fria... isso não iria irritar o Sr. Pacheco?

Mas então, ouviram a voz de Vicente, com um toque de brincadeira: "Ligando a esta hora, não vai me dizer que não vai vir tomar café da manhã comigo, né?"

Todos ficaram confusos.

Por que parecia que havia um tom de manha nessas palavras?

Rita colocou no viva-voz para que Dona Noronha pudesse ouvir Vicente, temendo que ele dissesse algo inapropriado. Rita simplesmente falou: "Estou um pouco ocupada."

Vicente mudou o tom: "Ocupada com o quê?"

A resposta de Rita foi direta: "O seu chá, pode ser vendido para a Família Noronha?"

Todos ficaram confusos.

Tão diretamente?!

Pelo menos poderia ter preparado o terreno, mencionando como a Família Noronha estava em apuros, que Dona Noronha havia vindo pedir ajuda pessoalmente, e ela não tinha outra escolha senão ajudar, certo?

Ela era realmente ingênua!

Enquanto todos pensavam assim, Dona Noronha ficou ainda mais ansiosa, temendo que Vicente se irritasse por Rita se envolver nos negócios dele. Ela estava prestes a dizer algo quando ouviu a resposta do outro lado: "Pode, eu mandarei Rique Palermo para negociar."

Dona Noronha ficou perplexa.

Ela arregalou os olhos, incrédula ao olhar para o celular de Rita. Sem dar nenhuma explicação... e já estava decidido?

Sua família havia se esgotado tentando falar com o Grupo Rico, sem sucesso, e Rita, com apenas algumas palavras leves, havia resolvido a situação?

Ela olhou para Rita, atônita, enquanto a jovem dizia: "Ah, ok, tchau."

Com frieza e um tom distante.

Mas do celular veio a voz chateada de Vicente: "Pequena, é assim que você me trata? Sem coração."

Dona Noronha: "…"

Todos: "…………"

Andreza, já de idade, tinha seu orgulho, mas Sandra não hesitou: “Rita, quem diria que o Sr. Pacheco te valoriza tanto, isso realmente é uma benção para você.”

Rita a ignorou.

Sandra continuou, sorrindo: “Mano, cunhada, viemos aqui hoje para pedir desculpas. O que aconteceu ontem foi erro nosso! Somos todos família, como podemos nos dividir? Além disso, a empresa foi uma conquista árdua do mano, não podemos simplesmente deixar ele de lado. O Carlos então, nem se fala, não sabe administrar nada. A Família Serra não sobrevive sem você, mano. E então, quando você vai voltar a trabalhar?”

Caio franziu a testa: “Já deixei o cargo de presidente, que trabalho seria esse?”

Carlos, porém, mostrou-se flexível e, num gesto súbito, ajoelhou-se: “Mano, eu errei, fui cego pela ambição e disputei o cargo com você. Eu realmente não sei administrar a empresa, por favor, volte.”

Caio pareceu visivelmente tocado. “Você realmente não consegue administrar a empresa?”

Um brilho de esperança surgiu no rosto de Carlos: “Sim, de verdade! O cargo de presidente deve ser seu!”

Elsa ficou tensa, temendo que Caio pudesse ceder.

Ela não queria voltar para aquela casa. Enquanto se preocupava, ouviu Caio dizer: “Então contratem um gerente profissional para cuidar da empresa. Vocês podem ficar em casa esperando pelos dividendos. Quando o Diogo voltar, se tiver capacidade para gerenciar a empresa, ele pode assumir.”

Ao ouvir isso, Andreza bateu na poltrona: “Que história é essa, velho? Que atitude é essa? Sim, eu e o Carlos te pressionamos demais ontem, mas agora você quer o quê? Que a sua mãe e o seu pai se ajoelhem e peçam desculpas para você voltar?”

Ela concluiu, chorando: “Eu sei, você se juntou ao Grupo Rico, ficou poderoso e agora despreza sua própria família, quer se desvencilhar de nós. Deixa eu te dizer, isso não vai acontecer! Não importa o que aconteça, eu sou sua mãe! Tudo bem, se você não perdoar seus pais, então eu e seu pai nos ajoelharemos!”

Antes que pudesse levantar-se, um som alto de “pum” foi ouvido.

A matriarca levou um susto, incapaz de acreditar, olhou para frente, mas viu —