Whisky Chocolate romance Capítulo 302

Será que o ácido neuraminídico que ela estudava era o mesmo que o nosso?

Enquanto Rita refletia, Caio ainda estava absorvido pela ideia de ganhar aqueles bilhões. Ao ouvir o professor, ele não pôde evitar um suspiro: "Sei que é difícil, começar do zero, mas vocês também não querem desistir deste projeto assim, né?"

O professor, um homem de mais de cinquenta anos, suspirou ao ouvir isso: "Para mim, claro que é uma boa notícia, mas ouvi dizer que a empresa está com problemas de caixa. Este projeto consumiu muito dinheiro e nos últimos anos ninguém mais apoiou. Eu apenas..."

Não queria ver a Família Serra continuar a perder dinheiro assim.

Estávamos sem dinheiro...

Caio, voltando à realidade, disse: "Não se preocupe, o financiamento para a pesquisa certamente não vai faltar, pode esquecer o problema do dinheiro."

O professor, aliviado ao ouvir isso, relaxou.

Na verdade, ele estava ali para sondar a situação em nome do grupo de pesquisa. Independentemente dos resultados, todos recebiam seu salário em dia.

Mas, ao ouvir que a empresa estava com problemas de liquidez e que o financiamento para a pesquisa poderia ser cortado ou até mesmo eliminado, ele não conseguia ficar tranquilo.

Foi por isso que veio fazer essas perguntas.

Ao ouvir de Caio que não desistiriam, ele ficou tranquilo. Então, disse: "Diretor Serra, sendo assim, posso receber apenas o salário básico, o suficiente para cobrir minhas despesas diárias. O restante do dinheiro eu não quero, pode ser reinvestido no financiamento da pesquisa."

Caio ficou surpreso: "Professor Nuno Aleixo, isso não é possível..."

Ele era um renomado professor do Departamento de Química da Universidade Litorânea, e já era difícil ele ter aceitado participar do projeto. Não pagar seu salário seria uma falta de respeito!

Nuno fez um gesto com a mão: "Na verdade, sou aluno do Dr. Rómulo. Sei que ele é seu sogro, e foi por isso que vim. Dr. Jardim é um gênio na química, e eu também quero conseguir desenvolver esse ácido neuraminídico para ajudar o Dr. Rómulo a se recuperar mais rapidamente."

Caio não esperava que houvesse essa conexão e ficou bastante comovido. Não é à toa que Nuno recusou uma oferta de uma grande empresa de cosméticos para vir aqui.

Nuno então disse: "Vou voltar ao trabalho."

Quando Nuno entrou no laboratório, Rita também cumprimentou Caio e entrou. Depois que Caio saiu e voltou para seu escritório, ele finalmente percebeu: que problema matemático poderia valer bilhões?

Ele não duvidava da competência de Rita, afinal, sua filha havia provado aquele tal conjectura, mas o preço... não era muito alto?

Ele ligou o computador e começou a procurar o problema mencionado por Rita... e só depois de terminar a pesquisa, percebeu que Rique Palermo não estava apenas tentando agradar a filha; aquele conhecimento realmente valia todo aquele dinheiro!

-

No laboratório.

Assim que Nuno voltou para a área de trabalho, seu assistente se aproximou, falando baixo: "Professor, acabei de ver a filha do Diretor Serra entrando no laboratório com os mesmos materiais. Ela não estará tentando desenvolver aquele ácido D-acetilneuramínico também, estará?"

Nuno ficou surpreso: "É mesmo?"

O assistente assentiu: "Mas, pelo jeito como ela conduz os experimentos, parece uma novata. Se conseguirmos desenvolver esse projeto, causaremos um grande impacto na indústria químico-farmacêutica. Será que o Diretor Serra planeja incluir a filha no grupo de pesquisa?"

Ao ouvir isso, Nuno franziu o cenho.

Como professor, ele detestava a ideia de alguém se aproveitar do trabalho dos outros.

Mas, considerando que ela era filha do Diretor Serra e neta do Dr. Rómulo... Nuno respirou fundo: "Deixa para lá, se realmente conseguirmos desenvolver, podemos adicionar o nome dela. O problema agora é que estamos sem uma direção clara; todas as ideias mencionadas anteriormente já foram testadas e falharam."

O assistente também franzia a testa.

Nuno pensou por um momento, "Vamos ter outra reunião."