Whisky Chocolate romance Capítulo 357

Rita Serra não deu atenção para ela e abriu sua nécessaire, tirando um frasco de sabonete líquido de dentro.

Aquela garota rica deu uma olhada e franziu a testa: "Ei, por que seus produtos não têm rótulo?"

Rita também olhou para os produtos de cuidados com a pele em sua mão, com embalagens simples.

Na verdade, Elsa Jardim tinha preparado tudo de bom para ela, todos os produtos eram da Labareda, comprados por encomenda no aeroporto quando o número cinco voltou dos Estados Unidos.

Ah, era praticamente a mesma marca que os produtos da garota rica.

Mas naquele dia, ela achou que a pele de Vicente Pacheco estava ótima e perguntou casualmente que produtos ele usava. Então, Vicente simplesmente trouxe um conjunto para ela.

Esse conjunto de produtos de cuidados com a pele vinha em frascos de porcelana branca, sem marca, apenas com etiquetas manuscritas indicando qual era o hidratante e qual era o creme.

Rita achou que já que Vicente deu para ela, então ela poderia usar.

Após um mês de uso, não teve nenhum problema.

Rita apertou um pouco do sabonete líquido e começou a lavar as mãos. Ela permaneceu em silêncio, mas a garota rica continuou falando: "Olha, colega, não é seguro usar produtos sem marca, principalmente no rosto. Nós, meninas, precisamos ter cuidado. Que tal usar os meus?"

Ela ofereceu seus produtos de cuidados com a pele.

Rita: ?

Só então ela olhou para a colega, achando que talvez ela não fosse tão desagradável assim?

A garota era alta, tinha longos cabelos ondulados e um rosto que era mais bonito que a média. Seu jeito extrovertido lembrava um pouco Raquel Leme, mas Tagarela não era tão superficial.

Rita deu outra olhada no crachá da colega, onde estava escrito: Departamento de Matemática Aplicada, Teresa Vargas.

Rita desviou o olhar, já tinha terminado de lavar as mãos e voltou para o dormitório, deixando para trás duas palavras frias: "Não, obrigada."

Vendo a frieza dela, Teresa a seguiu, observando-a abrir sua mala e começar a arrumar as coisas na cama.

O alojamento da Universidade Royal era realmente o melhor.

Quatro pessoas por dormitório, com camas no estilo beliche, mas com escrivaninhas e armários embaixo, o que evitava discussões sobre quem ficaria na cama de cima ou de baixo.

Também dava a cada estudante um espaço independente.

Tendo crescido em um orfanato, Rita estava acostumada com as tarefas diárias, então arrumar a cama era moleza para ela.

Ela ajeitou a cama rapidamente e desceu para organizar as roupas.

Ela só trouxe algumas peças de roupas de verão, que colocou no armário, e depois colocou os livros na mesa. Estava tudo pronto.

Vendo a eficiência de Rita, Teresa imediatamente formou uma impressão equivocada: essa aluna provavelmente não tinha uma condição financeira muito boa.

Os produtos de cuidados com a pele eram de marca desconhecida, sem rótulos, e as poucas roupas que trouxe... o armário ficou praticamente vazio.

Quando Teresa chegou, ela trouxe três grandes malas, tanto que o armário não comportava tudo.

-

Depois que Rita terminou de arrumar suas coisas, Vandria Almeida a convidou para dar uma volta pela universidade.

Rita não recusou, afinal, viveria ali pelos próximos quatro anos, conhecer o ambiente era essencial. Quando saíram para caminhar, já estava escuro.

Elsa mandou uma mensagem para perguntar como estava na universidade.

Rita respondeu: "Está ótimo."

Hoje Elsa queria levá-la até a escola, mas Rita recusou, achando desnecessário ser acompanhada por um responsável. Quando Vicente fez o mesmo pedido, também foi rejeitado.

Só que, ao chegar na universidade, ela percebeu que a maioria dos estudantes tinha sido trazida pelos pais.

Todos só respeitavam as notas.

Teresa falou: "Eu tirei 690 no vestibular, fui a melhor da minha escola. Mariana, e você?"

Mariana respondeu com uma voz tímida: "Eu tirei 713."

"Puxa! Que incrível!" Teresa perguntou: "Foi a maior nota na sua região, não foi?"

Mariana sorriu, sem responder, mas concordando.

Vandria exclamou: "Nossa, nem acredito que estou dividindo o dormitório com a melhor do vestibular, meu Deus, você é incrível!"

Teresa, ao ouvir isso, olhou para Vandria e perguntou: "Eu lembro que você e a Rita entraram por meio de uma bolsa? Vocês fizeram o vestibular?"

Vandria hesitou: "…Não."

Teresa não parecia invejosa, mas sim desdenhosa: "Vocês entraram por um caminho alternativo, como estudantes com talentos especiais. Deixa eu te dizer, a vida sem fazer o vestibular não tem sentido!"

Vandria ficou irritada: "Como assim estudante de talento especial? Nós participamos da Olimpíada Internacional de Matemática e ganhamos a medalha de ouro para a América Latina!"

Teresa fez pouco caso: "Nós somos bem equilibrados, mas vocês são unilaterais. Se fizessem o vestibular, poderiam garantir que passariam na Universidade Royal?"

Essa pergunta deixou Vandria sem palavras.

Ela estudava matemática desde pequena e colocava todo o seu esforço nisso, entrando na Universidade Royal por esse caminho, mas mesmo sendo excelente em matemática, que tinha um peso de 150 pontos, as outras matérias não eram tão fortes.

Mas para entrar na Universidade Royal, eram admitidos apenas os melhores alunos de cada região, que eram realmente bons em notas de exames.

Vandria resmungou: "Não é a mesma coisa, eu coloquei o tempo de estudar outras matérias em matemática, se eu seguisse o mesmo caminho que vocês, também passaria!"

Teresa deu uma risada desdenhosa e provocou Rita: "Não adianta ser teimosa, pergunte à Rita, se ela fizesse o vestibular, passaria na Universidade Royal?"