Whisky Chocolate romance Capítulo 61

Rita sempre foi o centro das atenções e fofocas na escola, depois de ter tirado a melhor nota da turma e ganhado o prêmio de "estrela da matemática" em âmbito nacional, tornou-se uma celebridade no colégio.

No entanto, ela era discreta, passava a maior parte do tempo estudando e sua vida cotidiana era monótona.

Mas desde que uma postagem de Leandro e Rita ganhou certa notoriedade entre os aficionados por matemática, as pessoas passaram a prestar mais atenção nela.

Por isso, não era raro que alguém tirasse fotos dela escondido e as postasse em fóruns online.

Coincidentemente, hoje, quando ela estava saindo do Penhor, encontrou um colega a fotografando, e Vicente aproveitou a situação para esclarecer alguns boatos!

O rumor de que Rita estava mantendo um "boy toy" já tinha sido espalhado por Vivian, e ao verem a foto carinhosa dos dois, todos entenderam que o dono do Penhor era o tal rapaz!

Rita, por sua vez, não sabia de nada que acontecia online.

Usando um boné, vestida com um uniforme larguinho do colégio e carregando uma mochila pesada de livros, estava se aproximando do portão da escola quando viu uma multidão reunida.

Ela não pretendia se envolver, mas ouviu uma voz familiar: "Sr. Barros!"

Rita hesitou por um momento, mas continuou em direção à aglomeração.

Apesar de as pessoas estarem reunidas ao redor, havia um amplo espaço vazio no meio, pois Artur, com seus cabelos ruivos e estilo rebelde, estava lá, emanando uma aura poderosa e indomável.

Não muito distante dele, estava uma garota baixinha vestindo o uniforme do Liceu Litorânea — era Zara.

Com os olhos vermelhos de chorar, ela estava reclamando: "Foi você que fez meus pais perderem o emprego?"

Artur, mexendo no celular e tentando alterar a votação online a favor de Rita, estava irritado e se tornou ainda mais impaciente com a acusação: "E daí?"

"Realmente foi você! Artur, como você pode ser assim? Meus pais não têm nada a ver com isso, por que você demitiu eles?" Zara gritou, "Você só está abusando do poder da sua família, a Família Barros, para oprimir pessoas comuns?"

Artur, que antes não queria dar explicações, não podia deixar esse tipo de acusação sem resposta. Seu olhar frio e direto se voltou para Zara: "Minha empresa, meus empregados. Se cometeram erros graves, qual o problema em demitir?"

Zara ficou desesperada: "Não use isso como desculpa, você fez isso para se vingar por Rita! Eu já ouvi falar que você a aceitou como sua chefe! Estou curiosa, o que Rita lhe deu em troca por lhe fazer defender ela desse jeito? Ela dormiu com você?"

A palavra "dormir" fez a raiva de Artur aumentar exponencialmente.

Ele deu um passo à frente, sua voz agora era severa e pesada: "O que você disse?"

Zara recuou, assustada.

Ela vinha de uma família comum, seus pais recebiam um salário mensal para sobreviver e, de repente, perderam o emprego na meia-idade, e só mais tarde entenderam o motivo, foi porque a filha ofendeu alguém que não deveria ter ofendida!

Após uma semana procurando emprego sem sucesso, pois ninguém queria contrariar a Família Barros, a pressão da vida começou a esmagá-los, levando a brigas e discussões em casa.

Ela não aguentava mais!

Lembrando-se dos seus pais, Zara reuniu coragem e gritou: "O que? Ela se atreve a fazer isso e não deixa ninguém falar sobre isso?"

"Caralho!" Artur rosnou, "Se você continuar falando, eu vou fazer seus pais não te reconhecerem mais!"

Zara gritou: "Ela é uma puta! Só conquistou você, o valentão da escola, porque é bonita..."

Sem mais palavras, Artur arregaçou as mangas do uniforme e avançou, pronto para agir!

Mas Zara, com uma faísca brilhando na manga longa do seu uniforme, puxou um canivete e avançou em direção a Artur: "Se eu não posso viver, então ninguém mais vai!"

Nos olhos de Artur passou um brilho gelado, ele pensou: quem saca uma faca não quer mais viver.