A ama e o pai alfa romance Capítulo 264

Ella

A escuridão sufocante do saco de estopa parecia amplificar cada som e sensação.

O tecido áspero roçava contra minha pele, e o cheiro acre de suor velho enchia minhas narinas. Eu podia sentir os movimentos do carro, cada curva e volta das estradas sinuosas, e as vozes abafadas dos homens que me acompanhavam.

Eles estavam me levando para longe de casa. Eu podia sentir isso. E se eu sabia alguma coisa sobre a Máfia... eu sabia que não voltaria.

Usando cada grama de força e coragem que restava em mim, tentei me libertar. Minhas pernas chutavam descontroladamente, e meus gritos abafados ressoavam através dos confins apertados do veículo, mas os homens ao meu redor pareciam imperturbáveis.

"Por favor!" Eu gritei, lutando contra as restrições absurdamente apertadas em torno dos meus pulsos. "Por favor, me deixem ir! Eu vou desaparecer! Vocês nunca mais vão ouvir falar de mim!"

Ninguém respondeu aos meus apelos, nenhuma mão tentou me acalmar ou me restringir ainda mais. Era como se eles tivessem feito isso inúmeras vezes antes, se tornado imunes aos sons do sofrimento de suas vítimas.

Depois do que pareceu uma eternidade, senti uma mudança. O rugido do carro passou do asfalto liso para o som de cascalho sob os pneus. Me preparei, esperando por uma oportunidade de escapar ou, pelo menos, ver para onde eles estavam me levando.

De repente, o carro parou, e braços fortes me puxaram para fora. O choque e a desorientação do movimento repentino fizeram meu estômago revirar. Fui erguida sobre o ombro de alguém, o peso do meu próprio corpo pressionando seu ombro, tornando ainda mais difícil para mim respirar.

Apesar do medo e da confusão, continuei minha luta, chutando as pernas e gritando através do tecido.

"Me soltem!" Eu gritei, me contorcendo sob o aperto de ferro do homem. "Me soltem, seu desgraçado!"

A jornada a pé foi curta, mas intensa. Cada passo que o homem dava me sacudia, mas a sensação do carpete macio sob mim quando fui colocada no chão me deu um breve momento de alívio. Meu coração acelerou em antecipação ao que viria a seguir.

Enquanto o saco de estopa era arrancado, uma rajada de ar fresco encontrou meu rosto. Piscando contra o repentino ataque de luz, tentei me orientar, absorvendo meu novo ambiente, ao mesmo tempo em alerta para a próxima reviravolta inesperada dos acontecimentos.

Em vez do vento frio de uma área remota, fui recebida pelo cheiro de madeira polida e couro. Eu não estava em algum armazém em ruínas ou em um campo árido.

Era uma mansão opulenta, com lustres intricados e carpetes macios.

E lá, diante de mim, em sua imponente estatura, estava Logan. Uma enxurrada de emoções me atingiu, uma mistura de alívio, raiva e confusão.

"Sinto muito, Ella", Logan disse imediatamente, seus olhos azuis profundos traíam um toque de preocupação genuína. Ele se agachou ao meu lado, e suas mãos trabalharam rapidamente para me libertar das amarras.

Assim que minhas mãos estavam livres, me levantei às pressas, minhas pernas trêmulas, mas determinadas. Meus instintos assumiram o controle, e eu revelei minhas presas, pronta para atacar. Mas Logan, com uma humildade inesperada, expôs seu pescoço para mim.

"Você pode me despedaçar se quiser", ele disse. "Mas eu lhe asseguro, isso foi apenas um mal-entendido."

Fiquei surpresa com a vulnerabilidade em sua postura, um contraste gritante com o homem frio e calculista que eu tinha conhecido até agora.

"Vocês!" Logan latiu, voltando sua atenção para os homens que me haviam sequestrado. "Eu disse para abordá-la com gentileza. Por que a agressão?"

Um dos homens deu um passo à frente, o rosto marcado pelo medo. "Fizemos como o senhor instruiu, senhor. Sorrimos e pedimos para ela vir conosco. Mas ela resistiu. Ela tentou fugir."

"Sorriso de vocês é assustador!" Eu retruquei, minha raiva se inflamando novamente. "Eu pensei que vocês iam me matar!"

"Bem então..." Logan lambeu os lábios, seus olhos faiscando de raiva. Os homens, cada um enorme e imponente à sua maneira, quase pareciam encolher diante dele. "Lutem, então."

"Senhor?" um dos homens perguntou, sua voz tremendo levemente.