A ama e o pai alfa romance Capítulo 307

Ella

"Sim, Logan," eu disse com um suspiro pesado, "é o mesmo cara. O homem do parque."

A mandíbula de Logan se apertou, seus olhos se estreitando em contemplação. "Isso não é bom, Ella."

A resposta de Logan me deixou um pouco surpresa. "O que você quer dizer?" perguntei, inclinando a cabeça para o lado. "Ele me ajudou, talvez até salvou minha vida, duas vezes. Isso não deveria ser algo bom?"

No entanto, Logan ficou em silêncio por um momento, balançando a cabeça. Eu observei enquanto ele se sentava na beira da cama, segurando a cabeça com as mãos por alguns momentos.

"O que é, Logan?" perguntei, dando um passo hesitante para frente.

Logan finalmente olhou para mim. Quando o fez, seu rosto estava sério. "Ella... É uma coisa quando um estranho intervém e te ajuda uma vez, mas duas vezes? Especialmente nessas circunstâncias?"

"Então?" perguntei. "Quero dizer, claro, também estou um pouco desconfiada de suas conexões aqui... mas parece apenas uma coincidência. E uma benéfica, além disso. Certamente nem todo mundo nessa festa fazia parte da máfia -"

"Não, eles não faziam", ele disse, passando a mão pelo rosto cansado. "Mas ele estar rondando o barco à noite..."

"Então, talvez ele estivesse pegando um pouco de ar fresco como eu", eu disse.

Logan soou exasperado. "Ella, seja razoável sobre isso. É... é um sinal de alerta. E se esse tal 'Devon' estiver te seguindo?"

Eu estremeci com o pensamento, minha pele arrepiando com a perspectiva de alguém observando todos os meus movimentos. Mas uma parte teimosa de mim resistiu à ideia.

"Desculpe, mas simplesmente não consigo acreditar que ele queira me prejudicar, Logan", eu disse quietamente. "Por que ele me salvaria duas vezes apenas para me machucar depois?"

"Talvez ele esteja jogando um jogo mais longo", Logan resmungou, frustração evidente em seu tom. "Talvez ele esteja esperando pela oportunidade certa ou por informações."

Eu zombei, sentindo a necessidade de defender o estranho misterioso, mesmo que eu não tivesse certeza do motivo. "Ou talvez ele apenas estivesse no lugar certo na hora certa. Talvez ele realmente queira ajudar."

"Ou talvez seu pai o tenha enviado", Ema interveio, quase me fazendo estremecer novamente com a ideia.

Como meu pai poderia saber onde eu estava o tempo todo? "Não", respondi em minha mente, engolindo sutilmente. "Não vou acreditar nisso. Meu pai nunca faria algo assim. Ele sempre respeitou meus limites."

O olhar de Logan suavizou, vendo a determinação em meus olhos. "Olha, Ella, estou apenas preocupado com você. Com a situação como está, acho que não é seguro você ficar sozinha."

Eu levantei uma sobrancelha, meu pulso acelerando. "O que você está sugerindo?"

Logan respirou fundo. "Tenho pensado nisso desde que você teve o incidente no parque; você deveria se mudar para minha casa. Apenas por este ano, até as coisas se acalmarem e seja seguro para você morar sozinha novamente."

"Morar com você?" perguntei com uma risada incrédula. "Você está brincando, certo?"

Logan suspirou. "Não, Ella, não estou brincando. Estou falando sério."

Outra risada irônica escapou dos meus lábios. "O quê, e em seguida você vai sugerir que compartilhemos um quarto também?"

Fiquei ali por um momento, quase me perguntando se eu queria voltar para a cama com o Logan. Mas eu estava muito exausta, meu corpo doía por causa da liberação de adrenalina quando vi o Harry e seus capangas mais cedo.

Finalmente, com um aceno suave, subi na cama ao lado do Logan.

A noite envolveu o barco em um manto de silêncio sinistro, pontuado apenas pelo suave balanço da água e pelos ocasionais ruídos distantes. Deitamos lado a lado na cama macia, uma tensão não dita preenchendo o espaço entre nós.

No entanto, à medida que os minutos se transformavam em horas, pequenos solavancos e rangidos ecoavam por todo o barco. Cada som fazia meu coração acelerar, minha mente criando imagens de figuras sombrias espreitando nos cantos.

Na minha ansiedade, me vi instintivamente me aproximando do Logan. Sua presença era reconfortante, um bastião de segurança em meio ao desconhecido.

Sentindo minha inquietação, Logan me puxou para mais perto, envolvendo-me com seu braço.

O calor do seu corpo era ao mesmo tempo chocante e reconfortante, me ancorando em meio ao meu crescente medo. Senti seu coração batendo, forte e constante, oferecendo uma canção de ninar rítmica que gradualmente acalmava meus nervos abalados.

Quando adormeci e entrei no reino dos sonhos, estávamos entrelaçados, buscando consolo no abraço um do outro. O mundo lá fora, com seus perigos e incertezas, desapareceu, deixando apenas nós dois nos segurando no santuário da noite.

Quando a luz da manhã se infiltrou no quarto, acordei para encontrar os braços do Logan ainda envoltos firmemente ao meu redor, nossos corpos aconchegados.

Os vestígios persistentes do medo da noite anterior haviam se dissipado no calor do novo dia, substituídos por uma ansiedade de voltar para casa. Do lado de fora da pequena janela redonda, eu podia ouvir os sons das gaivotas, o bater das ondas e, o mais importante - os sons das pessoas lá fora.

Tínhamos chegado de volta ao cais, ilesos.