A ascenção da Luna romance Capítulo 103

"Estou procurando a Cass. Ela está com você, não está?" Barbara Ashford respondeu, devolvendo a pergunta.

Quentin olhou para Cassandra. "Sim, está."

"Passe o telefone para ela."

Quentin bufou com indiferença antes de entregar o telefone para Cassandra. "Aqui, é minha mãe."

Cassandra pegou o aparelho. "Sra. Lauper."

"Cass, senti tanto a sua falta." Ao ouvir a voz de Cassandra, Barbara abriu um sorriso tão grande que quase fechava os olhos.

Cassandra sorriu também. "Sra. Lauper, eu também senti muito a sua falta."

"Se sentiu minha falta, por que não veio me visitar?" Barbara disse com um leve tom de queixa.

Cassandra mostrou a língua, sorrindo. "Desculpe, Sra. Lauper. Estive muito ocupada ultimamente e não consegui tempo."

"Está livre agora? Venha jantar comigo. Vou preparar algo especial para você," Barbara convidou.

Antes que Cassandra respondesse, Quentin, que acompanhava a conversa, não se conteve e interferiu. "Mãe, eu estou levando a Darling para comer frutos do mar."

"O que há de tão especial nos frutos do mar de restaurante? Nem são frescos. Se é para comer frutos do mar, venha comer os que eu preparei," respondeu Barbara.

"Então, desculpe incomodá-la, Sra. Lauper," disse Cassandra.

"Não é incômodo algum. Venha logo," Barbara riu, satisfeita com a visita de Cassandra.

Assim que a ligação terminou, Quentin pegou o telefone de volta, lançando um olhar resignado para Cassandra. "Parece que nossos planos de frutos do mar foram cancelados."

"Tudo bem, podemos ir outra vez. Vamos. Acho melhor comprar um presente para os seus pais antes," sugeriu Cassandra, pegando o braço dele enquanto iam em direção ao carro.

Eles chegaram ao shopping e, após dar uma olhada, compraram um xale para Barbara e uma gravata para Finnian Lauper, pai de Quentin. Com as compras feitas, seguiram para a casa dos Lauper.

A Matilha Sandstrider e a Matilha Asterius tinham um relacionamento próximo, fortalecidos pelos negócios em comum.

Barbara e a mãe de Cassandra eram melhores amigas, e desde que a mãe de Cassandra falecera, Barbara a acolhera como uma filha. Barbara era praticamente como uma segunda mãe para ela.

Ao chegarem à Matilha Asterius, Cassandra notou que tudo estava exatamente como ela se lembrava de seis anos atrás, sem nenhuma mudança.

"Cass!" Assim que ouviu o som do carro, Barbara saiu apressada para recebê-la. Ao ver Cassandra, seus olhos brilharam, e ela abriu os braços para abraçá-la.

"Sra. Lauper." Cassandra foi ao seu encontro, sorrindo.

Enquanto as duas se abraçavam, Quentin, de lado, se sentiu um pouco ignorado. "Mãe, vai mesmo me ignorar assim?"

Barbara revirou os olhos. "Vejo você todos os dias, já estou enjoada. Quem eu mais queria ver era a Cass. Venha cá, Cass, deixe-me olhar para você."

Segurando as mãos de Cassandra, ela deu uma volta ao redor dela, comentando com carinho: "Você emagreceu."

Cassandra riu. "Sra. Lauper, acho que não emagreci tanto."

"Emagreceu sim. Seu rosto antes era um pouco mais cheio."

"Era só gordura de bebê, por isso parecia um pouco mais redondo. Vamos entrar primeiro, Sra. Lauper," sugeriu Cassandra.

"Sim, sim, vamos entrar," respondeu Barbara, levando-a pela mão.

Ao entrarem na mansão, Cassandra notou que não havia ninguém por perto e perguntou: "O Sr. Lauper não está em casa?"

"Ele saiu para jogar golfe com uns amigos. Não se preocupe com ele. Cass, me conte sobre esses últimos seis anos." Barbara havia assistido à coletiva de imprensa e estava curiosa para saber dos acontecimentos.

"Claro," concordou Cassandra. Ela contou sobre sua vida com a família Fallon, simplificando o máximo possível para não preocupar Barbara.

Mesmo assim, Barbara ficou indignada ao ouvir o que a jovem passou. Bateu com a mão na mesa de chá, irritada. "Essas pessoas da Matilha Dark Moon são realmente cruéis. Cass, por que não nos contou? Nós a teríamos defendido, e eles teriam parado de te perseguir."

Barbara lançou-lhe um olhar de lado. "Eu sei bem o quanto você é desajeitado. Se eu deixar você fazer qualquer coisa, posso acabar com a cozinha destruída."

Quentin fez um beicinho, sentindo-se injustiçado. "Então por que me chamou?"

"Eu te chamei para perguntar sobre seus sentimentos pela Cass. Você ainda gosta dela?" Barbara o olhou com seriedade.

A expressão de Quentin mudou bruscamente. "Mãe, como assim—"

"Você quer perguntar como eu descobri que você gosta da Cass, não é?" Barbara o interrompeu, já sabendo o que ele diria.

Quentin permaneceu em silêncio, mordendo os lábios.

Ele gostava de Cassandra desde a infância, mas sabia que ela só o via como um amigo. Por isso, nunca revelou seus sentimentos, acreditando que os escondia bem. Surpreendentemente, sua mãe havia percebido.

"Só descobri seis anos atrás, na noite do casamento de Cassandra. Você estava bêbado e acabou confessando."

Barbara suspirou. "Para ser sincera, fiquei surpresa. Se soubesse antes que você gostava dela, teria feito de tudo para unir vocês. Mas você guardou isso tão bem que, quando percebi, já era tarde."

Quentin coçou o nariz, envergonhado, sem saber o que responder.

Barbara, enquanto cortava os legumes, perguntou novamente: "Você ainda gosta da Cass?"

Quentin olhou para a sala e, ao ver Cassandra, seus olhos mostraram um carinho profundo. "Meus sentimentos por ela nunca mudaram."

"Ótimo." Barbara o incentivou, "Agora que ela está solteira novamente, você deveria ir atrás dela e tornar esse relacionamento real."

Ela adorava Cassandra e ficaria feliz em vê-la casada com seu filho.

Quentin balançou a cabeça, o olhar se obscurecendo. "Não, isso não daria certo. A Darling não sente o mesmo por mim. Se eu a cortejasse, só a assustaria. É melhor deixar assim."

Ele sabia que casos de melhores amigos que se tornavam casais raramente davam certo. Muitas vezes, as garotas se afastavam dos amigos que se declaravam, e ele não queria perder Cassandra dessa forma. Preferia ser seu melhor amigo para sempre a correr o risco de afastá-la.