A ascenção da Luna romance Capítulo 115

"O quê?" A voz de Cassandra ecoou pelo corredor, carregada de choque. Ela sempre soube das intenções maldosas de Meredith, mas não imaginava que ela realmente desejasse sua morte.

"Você realmente quer me matar?" Cassandra apertou o telefone em suas mãos, ajustando discretamente o volume para garantir que cada palavra de Meredith fosse ouvida do outro lado da linha.

Enquanto isso, Thaddeus, em sua forma de lobo, carregava o telefone entre os dentes, sua audição apurada captando claramente a conversa. Ao ouvir Meredith expressar seu desejo mortal por Cassandra, um pavor o dominou.

Seu coração pulsava descontrolado, e o medo e a urgência o impulsionavam a correr ainda mais rápido pelas ruas. Ele mal conseguia pensar em outra coisa além de chegar até Cassandra antes que algo terrível acontecesse.

Meredith avançou, com o olhar predatório fixo em Cassandra. "Assassinato? Você está exagerando. Se algo acontecer, será um acidente - resultado da sua própria falta de jeito, nada a ver comigo."

Ela se aproximou, a voz baixa e perigosa. Meredith sempre desejara se livrar de Cassandra, e vinha aguardando o momento perfeito desde a viagem ao resort. Agora, com a suspeita de que Cassandra pudesse estar grávida, ela se sentia ainda mais determinada. Se aquela gravidez fosse confirmada, poderia arruinar tudo.

Com um sorriso distorcido, Meredith segurou Cassandra pelos ombros e a empurrou em direção à escada. Cassandra, instável nos saltos altos, tropeçou, ficando perigosamente perto da borda dos degraus.

"Vá em frente, caia," provocou Meredith, empurrando-a com mais força. Mas, para sua surpresa, Cassandra conseguiu se segurar firme no corrimão, mantendo o equilíbrio.

Cassandra soltou uma risada fria e zombeteira. "É só isso que você consegue? Nem ao menos consegue me empurrar escada abaixo?" Ela segurava a grade com tanta força que seus dedos estavam pálidos.

Os olhos de Meredith se estreitaram de raiva e inveja. Mesmo com seu lobo adormecido, sabia que nunca seria páreo para Cassandra em força. Mas então ela se lembrou da poção de beladona escondida no bolso.

Rindo, ela sussurrou, "Você não vai escapar, Cassandra. Adeus!" Em um movimento rápido, Meredith puxou o pequeno frasco de beladona concentrada, uma substância letal que ela estava certa de que drenaria a vitalidade de Cassandra ao menor contato. Pior, qualquer respingo no rosto poderia deixá-la permanentemente marcada.

Ao ver o líquido perigoso, Cassandra reagiu instintivamente e deu um chute certeiro no estômago de Meredith, que se chocou contra a parede com força.

"O que te faz pensar que pode me desafiar?" Cassandra rosnou, surpresa com a ousadia de Meredith.

Meredith estava encolhida no canto, segurando o abdômen em dor. Apesar da agonia, a fúria e a determinação pulsavam em seu peito. Sabia que sozinha não teria forças para vencer Cassandra, mas lembrou-se de outra arma - uma poção mágica de uma bruxa, capaz de multiplicar temporariamente o poder de um lobisomem.

Ela engoliu a poção e se ergueu com um sorriso sinistro. "Cassandra, você merece morrer!" Com velocidade intensa, avançou e empurrou Cassandra com força para a escada.

Surpresa com a força repentina de Meredith, Cassandra perdeu o equilíbrio e se desequilibrou perigosamente. No entanto, antes que pudesse cair, um vulto escuro e enorme saltou na direção dela. Era um lobo negro, que se moveu com rapidez impressionante. Thaddeus a segurou no ar, protegendo-a com seu corpo macio enquanto absorvia o impacto.

Com o peso, Thaddeus bateu contra a parede e soltou um rosnado de dor, mas sua ação rápida salvou Cassandra de uma queda fatal.

No topo das escadas, Meredith congelou, o rosto pálido de incredulidade. Ela esperava ver Cassandra quebrada no chão, mas viu Thaddeus protegendo-a. O choque estampado em seu rosto logo deu lugar ao desespero.

Thaddeus estava ali? Como isso era possível?

Ainda ofegante, ele ergueu a cabeça e olhou para Cassandra, aliviado ao vê-la ilesa. "Você está bem?" Sua voz soava tensa pela dor nas costas.

Cassandra, com o coração ainda disparado, assentiu, tentando recuperar a calma. "Sim, estou bem," sussurrou, embora sua voz ainda trêmula deixasse transparecer o susto.

Thaddeus soltou um leve suspiro de alívio. "Estou feliz por ter chegado a tempo."

O alívio de ter conseguido protegê-la era palpável. Cassandra, percebendo seu desconforto, lançou-lhe um olhar preocupado. "E você? Está bem?" ela perguntou, lembrando-se do som do impacto.

Ele tentou disfarçar a dor, respondendo de forma tranquila. "Estou bem, não se preocupe."

Nesse momento, Meredith, ainda atordoada, tentou sair discretamente. No entanto, a voz fria de Thaddeus ecoou pela escadaria. "Pare."

"Sim, gravei." Cassandra ergueu o telefone, agora à mostra. "Eu sabia que não devia confiar em você. Realmente achou que eu seguiria para um local isolado sem precauções?"

Meredith olhou para Thaddeus, desesperada. "Por favor, Thaddeus… você precisa me ajudar!"

Thaddeus ficou em silêncio, incapaz de agir em defesa dela. No fundo, sabia que qualquer tentativa de protegê-la agora seria um erro colossal. Finalmente, ele via a extensão do dano que a indulgência cega poderia causar.

Vendo a hesitação de Thaddeus, Meredith começou a perder a esperança.

Cassandra, surpresa com a reação de Thaddeus, observava-o com atenção. Até então, imaginava que o afeto dele por Meredith era inabalável. Mas, vendo-o calado, percebeu que as coisas eram mais complexas do que ela supunha.

"Sr. Fallon, se você não tem objeções, vou chamar a polícia," disse Cassandra, pegando o telefone.

Desesperada, Meredith optou pelo truque mais dramático – fingir um desmaio.

Com um baque, ela se jogou ao chão, caindo de olhos fechados e fingindo inconsciência.

Thaddeus e Cassandra ficaram surpresos por um instante.

"Meredith," Thaddeus foi o primeiro a reagir, aproximando-se dela. Ele tocou seu rosto gentilmente, tentando despertá-la, mas ela permaneceu imóvel.

Preocupado, Thaddeus olhou para Cassandra. "Vamos esperar antes de chamar a polícia. Meredith está com a saúde fragilizada e precisa de atendimento médico."

Cassandra observou Meredith atentamente. Após alguns segundos, notou um leve tremor nas pálpebras dela, e um sorriso irônico apareceu em seu rosto. Percebia agora a encenação ridícula de Meredith.