A ascenção da Luna romance Capítulo 128

Nadine zombou. — A culpa é sua por me enganar. Você é o herdeiro de uma grande empresa, mas teve a coragem de fingir que era um desempregado qualquer.

Harvey pigarreou, visivelmente desconcertado. — Bem, não fiz de propósito, sabe? Se não perguntei, a culpa não é só minha.

— Ah, agora quer jogar a culpa em mim? — Nadine arqueou as sobrancelhas, incrédula.

Harvey logo se rendeu. — Claro que não, senhora! Está tudo bem, assumo toda a responsabilidade.

— Assim é melhor. Agora, vá buscar as malas — disse Nadine, dando um chute leve no ar, como quem brinca.

Reprimindo um suspiro, Harvey foi até o porta-malas para pegar a bagagem, seguido de perto por Lucian. Com todas as malas reunidas, o grupo se dirigiu para dentro da mansão.

Ao notar o semblante abatido de Meredith, Thaddeus apertou sua mão suavemente, tentando confortá-la. — Vamos entrar, Meredith.

— Certo — ela respondeu, forçando um sorriso e assentindo.

Enquanto o grupo se acomodava na sala de estar, ouviram passos descendo a escada. Todos ergueram os olhos e viram Quentin, de chinelos e com roupas casuais, descendo.

Ao ver o grupo reunido, ele parou, surpreso, e perguntou: — O que vocês estão fazendo aqui?

— Olá, Sr. Lauper! — Harvey levantou uma sobrancelha e acenou com um sorriso travesso.

Nadine também acenou, enquanto Lucian desviou o olhar, claramente incomodado com a presença de Quentin. Já Thaddeus observava a cena em silêncio, sua expressão tensa ao perceber que o casal mencionado era, de fato, Quentin e Cassandra.

Thaddeus se virou para Meredith, um olhar preocupado e cheio de intenções não ditas. Com a mão oculta sob a manga, Meredith apertou os próprios dedos, suas unhas quase ferindo a pele, mas ela manteve a expressão serena. — Não se preocupe, Thaddeus. Sei o que você está pensando. Vou fazer o possível para evitá-la.

Que azar! pensou Meredith, irritada. Tudo o que queria era um encontro tranquilo com Thaddeus, uma oportunidade para fortalecer o relacionamento. Mas, para sua surpresa, Harvey e o grupo apareceram, arruinando seus planos. E como se não fosse suficiente, ainda tinha de lidar com Cassandra e Quentin.

— Quem é ela? — Lucian perguntou, inclinado de curiosidade.

Harvey e Nadine também observavam Meredith, curiosos.

Meredith hesitou, mordendo o lábio. — E-Ela é...

Sem conseguir completar, lançou um olhar suplicante para Thaddeus, que baixou o olhar e respondeu suavemente:

— Isso não é da conta de vocês. Não precisam perguntar mais.

Quentin soltou uma risada sarcástica e cruzou os braços. — "Não diz respeito a eles"? A verdade é que você só não quer falar sobre o assunto.

Harvey, interessado, perguntou: — Sr. Lauper, você sabe quem é?

Quentin sorriu. — Claro que sei. Essa "ela" é—

— Quentin! — Thaddeus o interrompeu com um olhar gélido. — A privacidade de Meredith não é assunto seu.

Quentin riu, levantando as mãos em rendição. — Tudo bem, fico quieto. Mas, quanto tempo acha que esse segredo vai durar?

Com isso, ele se virou, aparentemente perdendo o interesse, e subiu de volta para o quarto no terceiro andar.

— Espere, Sr. Lauper — chamou Nadine de repente.

Quentin parou e a olhou, intrigado. — O que foi?

— Em que andar você está? Imagino que seja no mesmo que o nosso. Prefiro não compartilhar espaço com pessoas de caráter duvidoso, afinal, quem sabe se não dá azar — disse Nadine, lançando um olhar de relance para Meredith.

Meredith apertou os lábios, ofendida. — Sra. Carroll, o que quer dizer com isso? Quem você está chamando de pessoa de caráter duvidoso?