A ascenção da Luna romance Capítulo 133

Lucian abaixou a cabeça, claramente abalado com o que ouvira.

Quentin olhou para Thaddeus com um sorriso zombeteiro. — Sr. Fallon, ainda espera que eu peça desculpas?

O que ele insinuava era que, se Thaddeus o pressionasse para se desculpar, ele poderia revelar mais segredos comprometedores. Thaddeus entendeu a provocação, e sua expressão ficou sombria.

Meredith, nervosa, segurou o braço dele e forçou um sorriso ao dizer: — Deixa pra lá, Thaddeus. O Sr. Lauper tem razão. Eu já fiz muitas coisas erradas com a Sra. Raeburn. Eles não têm que pedir desculpas.

Quentin deu de ombros. — Parece que você já decidiu não me forçar a pedir desculpas. Vou sair daqui. O ar se tornou pesado para mim.

Ele acenou de forma dramática e foi em direção ao andar de cima.

Nadine conteve um bocejo e disse: — Andar a cavalo me deixou exausta. Acho que vou para o quarto tirar uma soneca.

— Bem, como todos estão saindo, acho que farei o mesmo — disse Harvey, levantando-se.

Logo, restaram apenas Thaddeus, Lucian e Meredith na sala de estar.

Lucian olhou para Thaddeus, depois para Meredith, e por fim segurou o braço de Thaddeus e o conduziu até a varanda. — Thaddeus, preciso falar com você.

— O que foi? — Thaddeus perguntou, soltando-se.

Lucian fechou a porta da varanda atrás de si e falou, decidido: — Thaddeus, você está ciente de tudo o que Meredith fez com Cassandra, não está?

Desde que soube das ações de Meredith, Lucian se sentia incapaz de esconder o desprezo que sentia por ela.

Thaddeus franziu o cenho. — Sim, estou ciente.

Lucian parecia realmente irritado. — Então por que você ainda está com ela?

Para ele, Thaddeus sempre fora um Alfa exemplar. Ele merecia uma companheira íntegra, que trouxesse força, não problemas.

Thaddeus respondeu, com impaciência: — Isso é problema meu. Não é da sua conta.

— Como assim, não é da minha conta? Sou seu irmão e me preocupo com você e com o futuro da nossa alcateia. Isso não é suficiente? — Lucian insistiu, encarando-o. — Thaddeus, escute-me. Você deveria terminar com Meredith. Ela é má, e eu não aceito você ao lado dela. Quem sabe até onde ela pode ir? E se ela acabar prejudicando a alcateia?

— Já chega. Por que não cuida dos seus próprios assuntos? — retrucou Thaddeus com firmeza, abrindo a porta da varanda.

Meredith estava logo atrás, com os olhos vermelhos ao encará-los.

— Thaddeus... — chamou ela, com um tom vacilante.

Thaddeus suspirou. — Você ouviu tudo?

Meredith assentiu levemente, com uma expressão magoada.

Lucian se sentiu desconfortável, desviando o olhar, sem coragem de encará-la.

Meredith, então, o chamou com suavidade. — Lucian.

Lucian se virou abruptamente. — Se vai me pedir desculpas, não vou aceitar. Não fiz nada de errado.

Thaddeus estreitou os olhos, mas Meredith o segurou antes que ele falasse, respondendo rapidamente: — Não, Lucian, não vou pedir desculpas. Eu sei que fiz coisas ruins para a Sra. Raeburn, mas houve razões. E não foi de propósito...

— Razões? Proposital ou não, você fez o que fez, não fez? — rebateu Lucian. — Eu costumava pensar que você era uma boa pessoa, uma amiga. Até apoiava seu relacionamento com Thaddeus. Mas agora vejo que estava enganado. Você tem um coração maligno e só causa problemas.

— Sra. Carroll, por favor, feche as cortinas? Está tão assustador lá fora — Meredith pediu, com a voz trêmula, enquanto Nadine observava a chuva pela janela.

Nadine lançou-lhe um olhar frio, mas, para evitar discussões desnecessárias, decidiu fechar as persianas.

— Obrigada, Sra. Carroll — agradeceu Meredith, tentando sorrir.

— Não me agradeça. Eu fiz isso para não ter que ouvir seus pedidos, não porque me importo com você — retrucou Nadine, antes de se retirar para a cozinha.

Meredith abaixou a cabeça, escondendo o ressentimento, e tentou parecer serena.

Thaddeus desceu as escadas com um casaco nas mãos e franziu o cenho ao vê-la. — Meredith, está tudo bem?

— Está, sim — respondeu ela, forçando um sorriso. — Não foi culpa da Sra. Carroll.

— Ela foi rude com você? — questionou Thaddeus.

— Não, de forma alguma — disse Meredith rapidamente, balançando a cabeça. — Eu só pedi para ela fechar as cortinas por causa dos trovões, e acho que a incomodei. Fiquei constrangida.

— Não fez nada de errado — disse ele, colocando o casaco sobre seus ombros. — A casa é de todos. Se está com medo, pedir para fechar as cortinas é o mínimo.

— Obrigada, Thaddeus — ela sorriu, sentindo-se protegida.

Nesse momento, o som de passos anunciou Harvey e Cassandra descendo as escadas.

Harvey passou as mãos pelo cabelo, parecendo impaciente. — Já está tão tarde e nada de jantar. O que o chef está fazendo, afinal?