A ascenção da Luna romance Capítulo 208

Thiago refletiu, observando com atenção. Parece que Thaddeus se importa mais com Cassandra do que eu imaginava. E Meredith, será que ela significa tanto assim para ele?

"Ela está bem, só precisa descansar. Em breve, será levada a um quarto comum e poderá ir para casa assim que acordar." Dito isso, Thiago saiu.

Pouco depois, uma enfermeira apareceu empurrando a maca de Cassandra. Quentin e Harvey correram para checar e confirmaram que, como Thiago dissera, ela não havia sido operada e estava com a aparência saudável. A preocupação dos dois diminuiu, e finalmente relaxaram.

Thaddeus, que observava de longe na cadeira de rodas, sentiu o peito aliviado ao ver que Cassandra estava bem. Logo, ela foi transferida para um quarto comum, e Harvey e Quentin apressaram-se em entrar. Thaddeus, no entanto, ficou parado na porta, apenas observando de longe. Ver os dois cuidando de Cassandra lhe causava um leve desconforto e uma pontada de ciúme — invejava o fato de que eles podiam demonstrar abertamente seus sentimentos e preocupações por ela.

A tensão de Thaddeus era evidente, e seu Beta percebeu rapidamente. Com um leve toque no nariz, sugeriu: "Alfa, quer que entremos também?"

"Não," Thaddeus murmurou com as pálpebras abaixadas. "Com tanta gente ao redor, ela certamente não precisa de mim."

Um toque de ressentimento transparecia em sua voz.

"Entendido." O Beta deu meia-volta e começou a empurrar a cadeira de Thaddeus em direção ao elevador, pensando consigo mesmo que talvez fosse hora de seu Alfa finalmente aceitar seus verdadeiros sentimentos. Do contrário, Cassandra poderia acabar se apaixonando por outra pessoa, e, então, seria tarde demais.

Assim, irritado com a situação, Thaddeus foi embora. Harvey, notando sua partida pelo canto do olho, não fez nenhum esforço para impedi-lo. Embora fossem amigos, também eram rivais no amor — e não havia motivo para facilitar as coisas para Thaddeus.

Cerca de quinze minutos depois, Cassandra começou a recobrar a consciência. As pálpebras tremularam e, ao abrir os olhos, viu o teto branco e o cobertor sobre si, logo percebendo que estava em um quarto de hospital.

"Querida, você acordou!" Quentin, que estava segurando uma jarra de água, correu ao seu lado com um sorriso de alívio.

Cassandra virou a cabeça para ele, confusa. "Quanto tempo faz desde que saí da sala de cirurgia?"

Quentin parou para pensar e respondeu: "Uns doze minutos."

Ela franziu a testa, intrigada. "Tão rápido assim?" Algo parecia estranho.

"O que foi, querida?" perguntou Quentin, percebendo seu semblante.

Ela tentou disfarçar a surpresa e balançou a cabeça. "Não é nada, só achei que acordei rápido demais. E a cirurgia..."

Mas então, de repente, Cassandra levou a mão ao estômago. Não sentia dor alguma. A sensação era de que faltava algo, algo que deveria estar ali. Sem entender, tirou o cobertor e levantou a barra do vestido para examinar o abdômen.

Não havia ferida alguma.

Ela olhou confusa para Quentin. "Afinal, fizeram a cirurgia?"

Quentin desviou o olhar do ventre dela e limpou a garganta antes de responder, ainda sorrindo: "Não, não fizeram."

"Não?" Ela sentou-se rapidamente, franzindo as sobrancelhas. "Por quê?"

"Sua saúde ainda precisa melhorar," ele explicou. "O médico achou melhor adiar. Quando estiver mais forte, podemos considerar isso novamente."

Ela suspirou, baixando o olhar e pousando a mão sobre o estômago. Ao saber que a criança ainda estava viva, surpreendentemente sentiu um inexplicável alívio.

"Cassandra, você está bem?" A voz de Harvey soou da porta.

Ela olhou para ele e murmurou suavemente em resposta.