A ascenção da Luna romance Capítulo 365

Cassandra observou sua pequena figura se afastar, o divertimento em seus olhos crescendo.

Logo, Bertie terminou de lavar as mãos e voltou. Ele estendeu as mãos para Cassandra, oferecendo-as para sua inspeção para ver se estavam limpas.

Somente depois que Cassandra o elogiou por sua limpeza minuciosa, ele abaixou feliz as mãos.

Depois de sair do Grupo Horizon, Cassandra levou Bertie de volta para Riverfront Bay.

Enquanto preparava o jantar, Cassandra percebeu que estavam sem molho para salada. Ela decidiu descer para pegar uma garrafa no supermercado do bairro.

Desamarrando seu avental, Cassandra saiu da cozinha e falou com Bertie, que estava assistindo televisão no sofá da sala. "Bertie, estou saindo para comprar um molho para salada. Você poderia ficar em casa e abrir a porta para mim quando eu voltar, por favor?"

"Tudo bem, tia Cassandra", respondeu Bertie.

"Você é um bom menino", disse Cassandra, caminhando em direção ao hall de entrada.

Bertie também foi se despedir dela.

Depois que Cassandra trocou de sapatos, um pensamento ocorreu a ela, levando-a a aconselhar: "Ah, e Bertie, independentemente de ser eu quem estiver tocando a campainha mais tarde, não abra a porta diretamente. Primeiro, use o olho mágico para ver quem está do lado de fora, entendeu?"

As capacidades defensivas do atual Sandstrider Pack eram significativamente mais fracas do que antes, deixando-a preocupada com a segurança de Bertie quando ela não estava por perto.

E se alguém passasse enquanto ela estivesse fora? Ela se sentia inquieta com a ideia de Bertie abrir a porta diretamente e revelar que estava sozinho em casa.

"Não se preocupe, tia Cassandra, eu entendo", Bertie a tranquilizou, ficando no vestíbulo enquanto acenava para Cassandra.

Cassandra acariciou gentilmente sua cabeça antes de abrir a porta e sair.

Quando comprou o molho para salada, o céu estava ainda mais escuro do que antes.

Cassandra estava caminhando em direção ao condomínio com uma sacola na mão. As ruas estavam estranhamente silenciosas e vazias de pessoas.

Era hora do jantar e a lua ainda não havia aparecido, então os moradores locais ainda não estavam fora aproveitando a luz da lua.

Depois de um tempo, Cassandra ouviu Haley mencionar que alguém estava seguindo-os por trás.

Ela não pôde deixar de parar, olhando por cima do ombro.

No entanto, não havia nada atrás, nem uma alma.

Cassandra deu uma cheirada no ar ao redor, tentando detectar algum cheiro fora do comum.

Não havia nenhum cheiro estranho também.

Será que Haley está enganada?

"Não, me escute, com certeza há alguém te seguindo não muito longe atrás!" Haley insistiu, todo o seu corpo em alerta máximo.

Cassandra se viu pensando em sua vida anterior, onde encontrou seu fim prematuro em um ataque violento.

"Haley, com você ao meu lado, não tenho medo." Cassandra respirou fundo, continuando a avançar. No entanto, ela estava andando tão rápido que era quase como se estivesse correndo.

Mas depois de dar apenas alguns passos, aquela sensação de ser seguida retornou.

"Maldição! Será que é aquele que me assassinou em minha vida anterior, tentando me assassinar de novo?" Cassandra forçou os ouvidos e ouviu passos. Eles eram fracos, mas definitivamente estavam lá.

O corpo de Cassandra se endureceu, seus membros ficando gelados. Ela nunca poderia esquecer a agonia de ser morta na floresta em sua vida anterior.

Ela não ousava parar, acelerando o passo enquanto avançava. Em sua memória, inúmeros lobisomens haviam tentado assassiná-la, então ela não tinha sido capaz de se defender sozinha.

Mas desta vez, parecia que apenas um lobisomem estava atrás dela.

Inesperadamente, os passos atrás dela também se aceleraram. Ela podia dizer pela maneira como ficaram cada vez mais pesados e apressados.

"Não podemos escapar!" Haley gritou. "Cassandra, não tenha medo! Desta vez, eu definitivamente vou te proteger!"

O som daqueles passos era suficiente para acelerar seu coração e instilar medo.

Cassandra podia sentir um arrepio percorrendo sua espinha, arrepios cobrindo sua pele. Suas palmas estavam suadas, e suas panturrilhas tremiam e se sentiam fracas.

O medo que ela sentia era um resquício de sua vida anterior. Naquela época, Haley era fraca, e ela não conseguiu resistir por muito tempo antes de ser morta, morrendo nas profundezas de uma floresta escura como breu.

Não! Nesta vida, ela havia se tornado mais forte; ela absolutamente não poderia deixar o medo dominá-la! Ela estava determinada a lutar ao lado de Haley!

Ao refletir sobre isso, uma onda de coragem surgiu inesperadamente no coração de Cassandra, enchendo todo o seu ser de força.

No entanto, a pessoa atrás dela persistia na perseguição, e Cassandra podia perceber que a pessoa estava se aproximando cada vez mais.

Ela não poderia escapar daquela pessoa!

Ao perceber isso, Cassandra cedeu completamente. Ela sabia que não poderia escapar e não tinha escolha a não ser confrontar seu inimigo diretamente.

Ela gritou alto: "Quem está aí? Como se atreve a invadir a Matilha Sandstrider! Você está procurando—"

Antes que ela pudesse terminar a frase, uma figura escura passou rapidamente diante dela. A figura então a atacou, agarrando firmemente a garganta de Cassandra.

No apartamento, Bertie estava ouvindo o tom de discagem, uma ruga se formando em seu rosto enquanto a ligação permanecia sem resposta.

Depois que a ligação foi encerrada automaticamente, ele murmurou baixinho: "Já faz tanto tempo. Por que a tia Cassandra ainda não voltou?"

Ele tinha ido ao supermercado antes, localizado logo abaixo do terceiro prédio. Cassandra o levou lá de manhã para comprar leite, então ele se lembrava claramente que não ficava longe dali.

Já faz um bom tempo, então a tia Cassandra deveria ter voltado. No entanto, não só ela não retornou, mas também não atendeu o telefone. Onde diabos ela poderia ter ido?

Com esses pensamentos girando em sua mente, Bertie sentiu um aperto no coração. Ele então decidiu descer e esperar um pouco.

Ele pulou do sofá, desligou a televisão e pegou o cartão de acesso da mesa de café antes de sair pela porta.

Dois minutos depois, Bertie chegou à base do prédio. Ele ficou na entrada, olhando para fora na esperança de avistar Cassandra.

Neste ponto, o número de pessoas no bairro começou a aumentar, todas as quais tinham descido para passear depois do jantar.

Depois de um tempo olhando ao redor, Bertie não avistou Cassandra, então ligou para ela mais uma vez.

Neste momento, o toque de um celular soou.

Imediatamente, Bertie reconheceu como sendo de Cassandra, tendo ouvido durante o dia no escritório de Cassandra.

Um sorriso se espalhou pelo rosto de Bertie. Ele virou na direção do som, percebendo que vinha da escada de emergência. Sem pensar muito, ele correu feliz naquela direção.

No entanto, assim que Bertie chegou à escada de emergência, viu Cassandra desmaiada lá dentro. Seu rosto congelou de choque antes de desabar em lágrimas. "Tia Cassandra!"

Do lado de fora, Quentin estava carregando uma grande sacola de mangas recém-colhidas para dentro do prédio, pretendendo surpreender Cassandra. No entanto, ao ouvir os gritos de Bertie, ele parou no meio do caminho.

O que está acontecendo? Por que há uma criança chorando?

Ele fechou os olhos, concentrando toda a sua atenção na audição. Então ele ouviu, o som de alguém chorando e chamando pela tia. Será que algo aconteceu?

Quentin começou a andar novamente, perguntando em voz alta: "Ei garoto, você precisa de ajuda?"

Na escada de emergência, Bertie parou de chorar quando ouviu essas palavras. Com a voz embargada, ele respondeu rapidamente: "Senhor, por favor, salve minha tia!"

Então algo realmente aconteceu!

Acelerando o passo, Quentin chegou à entrada da escada de emergência em poucos passos. Assim que estava prestes a perguntar o que aconteceu, ele avistou Cassandra no chão. Sua expressão mudou instantaneamente, e a sacola de mangas em sua mão caiu no chão.

"Querida!"