A ascenção da Luna romance Capítulo 40

"Quentin, não exagere!" Morwenna falou friamente. "Acha que somos cegas? Sabemos muito bem que você está mirando na Meredith. Ela já está só de camisola, o que mais você quer?"

Quentin levantou as mãos, fingindo confusão. "Ganhei, não foi? Não é justo que ela cumpra a aposta? Por que eu sou o errado agora? Se quiser, você pode se despir por ela!"

O clube estava bem aquecido, e Morwenna vestia apenas um leve vestido. Obviamente, ela não estava disposta a se humilhar só para ajudar Meredith.

"Chega. Está ficando tarde." A voz firme de Thaddeus cortou o clima. Ele se aproximou e colocou seu casaco sobre os ombros de Meredith.

Antes que Quentin pudesse retrucar, Thaddeus falou com calma: "Amanhã de manhã, transferirei trinta milhões para sua empresa. Quanto à aquisição da Corporação Snowpeak, o Grupo Fallon vai se retirar. Também enviarei alguém para te ajudar a assumir a operação."

Sabendo que já havia humilhado Meredith o suficiente, e percebendo que Thaddeus estava oferecendo uma compensação considerável, Quentin entendeu que era hora de recuar.

Quentin apagou o cigarro e, enquanto se levantava, comentou com um tom mordaz: "A Cassandra derrotava o próprio pai em partidas de sinuca desde os dez anos. Se você acha que ela perdeu para mim, talvez queira se perguntar se foi porque ela realmente perdeu ou se simplesmente não estava mais interessada em jogar com você."

Ao passar por Thaddeus, Quentin lançou um olhar divertido e murmurou: "Ela realmente não te quer mais. Caso contrário, nem mesmo dez Merediths fariam diferença."

Essas palavras fizeram Thaddeus recordar da expressão impassível de Cassandra enquanto removia a tatuagem. Seus olhos escureceram. Então, ela sabia jogar.

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Enquanto isso, na sala privada, Cassandra e Nadine terminaram alguns petiscos e se aventuraram a cantar algumas músicas no karaokê. Logo, Quentin retornou.

Nadine correu até ele, curiosa, e, ao saber que Meredith quase teve que se despir, riu satisfeita. "Se não fosse por Thaddeus, ela teria saído daqui sem nada!"

"Exatamente!" Quentin bufou. "Isso é o que eu chamo de vingança justa. Dobrarei qualquer provocação que fizerem com minha Querida!"

"Obrigada." Cassandra sorriu, erguendo seu copo para brindar com ele.

Quentin não perguntou por que Cassandra havia permitido que Meredith a provocasse na sala anterior. Em vez disso, estendeu o braço e a puxou para um abraço brincalhão.

"Depois de compartilharmos tantas noites juntos, por que um 'obrigado' agora?"

"Como é que é?" Nadine arregalou os olhos, surpresa. "Vocês dois...?"

"Claro que sim—"

"Continue espalhando mentiras e te dou um tapa!" Cassandra o chutou com força na perna e se virou para Nadine, explicando com uma expressão divertida: "Quando éramos crianças, os pais dele viajavam a negócios e ele sempre ia para minha matilha. Comia de graça e até dormia lá, sem nunca pagar nada. Pode acreditar? Ele não tem vergonha!"

"Então o Quentin sempre foi um sem-vergonha!" Nadine zombou, olhando para ele com desprezo fingido.

Enquanto eles riam, nenhum dos três notou o pequeno dispositivo de escuta escondido sob a mesa, gravando cada palavra que diziam.

Logo, amigos de Quentin começaram a chegar, enchendo a sala privada de risos e conversas animadas.

Cassandra não era fã de lugares barulhentos e, com o humor ainda afetado pela noite, preferiu se isolar em um canto, concentrando-se em sua bebida.

Haley, no entanto, era uma loba enérgica e inquieta.

— Beber sozinha é chato demais. Vai lá, se diverte com eles! — insistiu Haley.

Impulsionada por sua loba e pela atmosfera leve da festa, Cassandra acabou se juntando aos jogos de bebida. Ela ria e competia, bebendo tanto vinho tinto quanto branco, sem notar o quanto estava se excedendo.

Após várias rodadas, ela já estava cambaleando, à beira de desmaiar.

— Preciso de ar fresco. Vocês continuem sem mim — disse Cassandra a Quentin, saindo da sala em busca de alívio.

Inicialmente, pensou em ir até a varanda, mas a brisa fria intensificou sua náusea. Ela correu para o banheiro, onde finalmente pôde vomitar, aliviando-se um pouco.

Depois de jogar água fria no rosto, Cassandra se olhou no espelho. Sua imagem refletia alguém abatida e vulnerável.

— Gostaria de saber por que você estava atrás da minha ex-esposa, Sr. Wattel — perguntou ele, a voz baixa e ameaçadora.

Desesperado, Daniel Wattel se curvou, suando frio. — Desculpe, Sr. Fallon! Eu não a reconheci. Achei que fosse uma funcionária do clube!

Thaddeus soltou seu pulso com desprezo e chamou um atendente.

— O Sr. Wattel está bêbado. Providencie um carro para levá-lo para casa.

Quando Daniel pensou que estava livre, Thaddeus acrescentou:

— Ah, e marque uma consulta com um oftalmologista. Ele parece precisar urgentemente.

Daniel não teve coragem de responder e foi embora em silêncio.

Depois que o homem desapareceu, Thaddeus se voltou para Cassandra, que ainda estava encostada na parede, tentando se equilibrar. Seus cabelos estavam bagunçados, e ela mal conseguia se manter de pé.

Aproximando-se, ele a segurou firmemente pelo braço.

— Cassandra, qual é o significado disso? — perguntou ele com frieza. — Você sabe jogar sinuca, mas perdeu de propósito?

Ela tentou se libertar, mas seu corpo estava fraco, quase a fazendo desmaiar em seus braços.

— O que isso importa para você? — Cassandra retrucou, a voz frágil e cheia de ressentimento.

Thaddeus a encarou, os olhos escuros e intensos fixos nela.

— O que você acha, Cassandra?