A ascenção da Luna romance Capítulo 69

“Diga-me, o que você quer em troca para libertar minha filha?” Os olhos de Trevor estavam vermelhos de raiva, frustrado por não poder alcançar o homem raposa que falava com ele pela tela.

O homem raposa colocou o copo de vinho de lado e sorriu com frieza. “Fique tranquilo. Não tenho a intenção de tirar a vida dela. Como disse, só quero ensiná-la uma lição. Assim que aprender, ela será libertada.”

Dito isso, ele estalou os dedos.

O homem mascarado, que estava ao lado de Meredith, puxou um chicote pontiagudo de trás de si. A visão do chicote fez o rosto de Meredith empalidecer, e o pânico tomou conta de seu olhar.

“Não, não! Fique longe! Por favor, me deixe em paz!” ela gritou, tentando se encolher na cadeira. “Thaddeus, me ajude!”

Ao ver o chicote, a mente de Thaddeus foi inundada por uma lembrança dolorosa: Cassandra sendo chicoteada por sua mãe com um instrumento semelhante. Ele cerrou os punhos, um rosnado profundo escapando de seus lábios.

“Não permitirei que toquem em Meredith!” Thaddeus gritou, golpeando a mesa com o punho.

Ophelia e Trevor imploraram desesperadamente que o homem raposa interrompesse a agressão. O chicote pontiagudo certamente deixaria marcas profundas e dolorosas na pele de Meredith.

Mas o homem raposa permaneceu impassível. “Dói ver sua filha e futura Luna sofrer, não é? Vocês nunca pensaram na dor que Cassandra sentiu?”

O olhar frio e calculista por trás da máscara cintilou. “Biggie, vá em frente.”

“Sim.” O homem mascarado desenrolou o chicote e o lançou violentamente contra Meredith.

Meredith gritou em agonia, seu corpo se contorcendo de dor.

“Seu desgraçado!” Thaddeus rosnou, sua raiva transbordando.

Trevor e Ophelia estavam à beira do colapso, atormentados pela impotência.

“Considerem-se sortudos”, disse o homem raposa com um sorriso gélido. “Apenas o corpo dela foi marcado, não o rosto. Ouvi dizer que chicotes embebidos em aconitum enfraquecem o lobo interior. Mas parece que isso não faz diferença para sua querida filha, não é?”

Ele explodiu em uma gargalhada cruel. “É irônico, não? A filha do Alfa da poderosa Storm Pack não tem um lobo interior.”

A provocação fez Trevor avançar de fúria. “Se você tocar nela mais uma vez, juro pela Deusa da Lua que liderarei minha matilha para acabar com a Sandstrider Pack e matarei Cassandra com minhas próprias mãos! Nem que para isso nós duas pereçamos!”

O homem raposa não demonstrou medo. Pelo contrário, seu sorriso se ampliou. “Eu sugiro que reconsidere. Se Meredith voltar a machucar Cassandra, não hesitarei em destruir sua matilha antes que você toque nela. E acredite, eu sou capaz disso.”

Após essas palavras, ele encerrou a chamada abruptamente.

Logo depois, uma mensagem apareceu na tela do computador:

“Se quiser salvar Meredith, chegue em meia hora. Caso contrário, não me culpe por desnudá-la e jogá-la na rua.”

No final da mensagem, havia um endereço.

Thaddeus memorizou o local e saiu imediatamente. Trevor o seguiu, sabendo que estavam indo resgatar Meredith.

Após meia hora, os dois chegaram ao armazém indicado.

Era um lugar abandonado, parte do antigo território de uma pequena matilha dizimada. Agora, o armazém estava vazio e deserto.

Dentro do galpão, Meredith estava desacordada, jogada no chão com marcas de sangue pelo corpo. Sua respiração era irregular, e seu rosto estava avermelhado pela febre.

Ao ver sua condição, Thaddeus correu até ela, soltando as cordas que a prendiam. Mas logo percebeu que a temperatura de seu corpo estava alarmantemente alta.

“Ela está com febre”, murmurou Thaddeus, tentando mantê-la calma. Tirou seu casaco e a envolveu cuidadosamente, erguendo-a nos braços e saindo apressado do galpão.

Na entrada, Trevor veio ao encontro deles, o rosto carregado de preocupação. “Como está Meredith?”

“Ela está machucada e com febre. Precisamos levá-la ao hospital agora!” Thaddeus respondeu sem parar.

Eles a colocaram no carro e, pouco tempo depois, chegaram ao hospital. Meredith foi rapidamente levada para a sala de emergência.

Enquanto isso, Quentin se aproximava de Cassandra, que estava sentada em um sofá enquanto uma enfermeira lobisomem cuidava de suas feridas.

Com um sorriso brincalhão, ele comentou: “Querida, adivinha o que eu acabei de ouvir?”

Cassandra, sem paciência, o olhou de soslaio. “É uma boa notícia ou uma ruim? Se for ruim, nem perca seu tempo.”

Thaddeus então voltou sua atenção para Quentin. “E você?”

Quentin deu uma risada sarcástica. “Você acha que estamos num tribunal? Qual é o seu problema?”

A expressão de Thaddeus ficou ainda mais gelada. “Foi você?”

O tom de acusação irritou Cassandra. Ele estava questionando seu amigo – o que, para ela, era o mesmo que duvidar dela.

“Thaddeus, não tem o direito de duvidar dele.” Cassandra puxou Quentin para trás de si. “Se Quentin tivesse feito algo, ele teria assumido a responsabilidade. Não precisaria de um Alfa arrogante para interrogá-lo!”

Quentin não perdeu a oportunidade de zombar: “Você nem consegue proteger sua própria noiva e quer acusar os outros? Isso é o que chamam de liderança?”

Com isso, ele puxou Cassandra em direção à saída do hospital.

Thaddeus apenas ficou parado, observando os dois se afastarem, sua mente um turbilhão de pensamentos.

Logo depois, Beta se aproximou, segurando um telefone. “Alfa, eles pediram para você voltar. Meredith já saiu da emergência.”

Thaddeus assentiu, seu olhar distante. “Investigue Cyrus. Quero saber se ele tem alguma conexão com aquele homem raposa.”

Embora Cyrus fosse claramente um lobisomem, nada impedia que ele tivesse aliados raposas. Dada a proximidade entre ele e Cassandra, era possível que estivesse envolvido de alguma forma.

“Entendido”, respondeu Beta.

Enquanto Thaddeus se dirigia ao elevador, sua expressão permanecia fria e pensativa.

No carro, Quentin ainda reclamava de Thaddeus, irritado com o encontro. Cassandra suspirou e o interrompeu: “Chega. Já deu.”

Quentin fez beicinho e calou-se, mas não antes de Cassandra murmurar baixinho:

“Você ainda não percebeu por que ele está tão obcecado com essas perguntas?”