A ascenção da Luna romance Capítulo 90

Thaddeus pressionou o ombro, tentando minimizar o impacto.

— "Estou bem."

— "Tem certeza?" — Cassandra perguntou, incapaz de esconder a preocupação. No fim das contas, ele havia se ferido por causa dela.

— "Sim, está tudo sob controle."

Apesar da resposta tranquila, o leve gemido de dor não passou despercebido por Cassandra. Ela sabia que ele não estava tão bem quanto dizia.

— "Fui atingido no ombro, mas não é nada grave," acrescentou Thaddeus, tentando amenizar a situação.

— "Ah, é?" — Cassandra piscou, sem palavras por um momento.

Depois de alguns segundos de silêncio, ela finalmente perguntou:

— "Por que você me salvou? Você não precisava se preocupar comigo."

Thaddeus desviou o olhar, como se quisesse esconder o que se passava em seus olhos.

— "Acredito que a pedra tenha sido lançada por alguém insatisfeito com o desempenho do Lucian. Como ele acenou para nós durante a competição, devem ter presumido que somos da família dele e tentaram prejudicá-lo emocionalmente. Se você tivesse se ferido e ele soubesse, isso certamente afetaria o desempenho dele nas próximas partidas."

— "Entendo..." — Cassandra franziu a testa, compreendendo, mas sem deixar de se sentir um pouco amarga.

"Foi tudo por causa de Lucian, no fim das contas," murmurou Haley, desapontada. "E você pensando que ele estava te protegendo."

Cassandra reprimiu um suspiro enquanto seu coração afundava mais uma vez.

A notícia do incidente logo chegou ao treinador Rossi, que se aproximou acompanhado por dois assistentes.

— "Sinto muito. Alguém se machucou?" — perguntou Rossi, com visível preocupação.

A mente de Thaddeus, no entanto, estava ocupada com outra coisa. "Você sabe que a protegeu instintivamente," Orso provocou em sua mente.

— "Cala a boca," Thaddeus respondeu irritado para seu lobo interior, tentando afastar esses pensamentos.

Cassandra indicou o ferimento de Thaddeus.

— "Ele se machucou no ombro. Você poderia chamar um médico?"

Rossi assentiu prontamente.

— "Claro. Por favor, venham comigo até a área de descanso."

Cassandra concordou, sentindo-se na obrigação de acompanhá-lo. Afinal, ele havia se ferido por protegê-la.

Thaddeus ofereceu ajuda enquanto ela se levantava.

— "Deixe-me te ajudar."

Cassandra olhou para a mão estendida, mas recusou friamente:

— "Não precisa, eu consigo sozinha."

Ela seguiu em frente com suas muletas, movendo-se devagar e com cuidado, mas firme em sua decisão de rejeitar sua ajuda.

Thaddeus apertou os lábios em frustração, mas reprimiu a irritação crescente e a seguiu em silêncio.

Na sala de descanso, ele tirou o paletó e a camisa, revelando seu torso musculoso, enquanto o médico começava a examinar o ferimento. Cassandra observava em silêncio, os olhos fixos no curativo que já começava a ficar manchado de sangue.

— "Isso é só de uma pedra?" — murmurou o médico, desconfiado.

Cassandra ficou rígida ao ver que o ferimento continha traços de beladona. Um calafrio percorreu sua espinha. Se Thaddeus não tivesse intervindo, ela estaria gravemente ferida.

Esse pensamento a abalou profundamente, e a culpa a invadiu.

— "Você..."

Ela estava prestes a dizer algo quando o celular de Thaddeus tocou, interrompendo-a.