Manuella Vermount
- Manu, pu favô me pedoa, ela bincadela – Hannah diz saindo de sua cadeira e vindo correndo para meu colo me abraçando e tremendo – o xeu bolo é o melor do mundo eu tava bincando – ela aperta os bracinhos ao meu redor.
Coloco os braços ao redor dela para garantir que ela não fosse cair e David sorri de toda a situação.
- Só te perdoo se você... deixa eu pensar – coloco o dedo na bochecha fingindo que estava pensando em algo – Me der três beijos e um abraço.
Ela me abraça sorrindo e me dá os três beijinhos na bochecha. Eu sinto a cobertura que David tinha posto em seu nariz me melecar.
- Você me sujou toda sua sapequinha – digo dando beijinhos em sua bochecha.
Ela volta para seu lugar, voltando a comer seu pedaço de bolo como se nada tivesse acontecido. Sinto David limpar meu rosto com o guardanapo.
- Pode deixar que eu limpo – digo tentando pegar o guardanapo de sua mão, mas falho.
Ele me ignora e continua limpando e me encarando.
Sinto minha pele arrepiar com seu toque. Me pego o encarando e ele fazia o mesmo. Nossos olhares se fixam um no outro e eu sinto uma coisa estranha em meu peito. Meu estomago pulava de alegria e meu coração batia forte em meu peito, era capaz daquele aeroporto inteiro estar o ouvindo bater.
- É uma pena que eu não posso fazer o que eu quero fazer agora - ele diz sussurrando pra mim.
Volto a comer meu bolo, pois não sei como reagir à situação. O escuto rir, me fazendo revirar os olhos para não rir junto.
...
Uma hora depois nós embarcamos no avião e Hannah já dormia no meu colo novamente com a cabeça em meu ombro e sua mãozinha na minha orelha. Eu não sei de onde ela tirou essa mania, mas eu amo essa aproximação que eu sinto quando ela faz isso. Ela ficava inconscientemente fazendo um carinhozinho com seus dedinhos.
Como ela tinha implorado muito antes de dormir, a deixo ficar na janela e eu sento do lado de David, entre os dois. A coloco na cadeira com cuidado para não acordá-la, levanto o braço da cadeira para deixar a cabeça dela apoiada em mim e a cubro com uma das cobertas que tinha trazido sabendo da possibilidade de ela dormir, vou deixar ela ali até decolarmos. David senta ao meu lado e eu respiro fundo.
- É linda essa relação que você tem com minha filha. Muitas pessoas que conheço acham que são mãe e filha de verdade – ele diz enquanto me via tentar deixar Hannah o mais confortável o possível na cadeira sem atrapalhar seu sono.
- Eu sempre gostei de cuidar de crianças, desde quando pequena. Minha mãe me dizia que minhas bonecas eram sempre meu xodó. Hannah é uma pessoa que virou muito especial pra mim, não consigo mais pensar em ficar longe dela.
- Eu gosto de saber que ela tem alguém que goste dela assim, ela nunca teve uma mãe e nem sabe como é ter uma presença dessas. Ultimamente você tem sido a imagem mais próxima que ela tem tido disso.
- Ela sempre me fala que queria ter uma mãe, diz que queria ser que nem as amiguinhas - eu digo ajeitando a cabeça de Hannah nas minhas pernas de forma a me virar pra ele.
- É uma história complicada...
- A mãe dela morreu no nascimento?
- Não. Ela, de certa forma, não existe.
- Como assim? Ela fugiu?
- Mais ou menos, ninguém sabe quem ela é.
- Não estou entendendo é nada.
- Eu tentei de tudo, procurei a morrer a mãe dela pra tentar entender o motivo de ter deixado Hannah recém-nascida na porta de minha casa com uma carta falando que era minha filha, mas nunca achei nada. Ela conseguiu sumir sem deixar qualquer pista, é como se não quisesse ser achada.
- Deve ser horrível, principalmente pra você – digo tocando em seu rosto um pouco temerosa da sua reação.
- Assim que Hannah foi deixada lá na porta de casa eu cuidei dela. Fiz os testes e ela é a minha filha, mas a sua mãe nunca apareceu.
Sinto o avião começar a se mexer e a decolar, eu seguro Hannah.
- E você sabe quem é a mãe?
- Queria eu saber. Na época eu nem sabia que existia uma mulher grávida com um bebê meu. Só soube que era pai quando Hannah foi deixada em minha porta.
- Não entendo como as pessoas tem coragem de fazer isso – digo fazendo um carinho em sua cabeça fazendo-a se aconchegar mais ainda na cadeira e eu sorrio.
- Nem eu, mas deu tudo certo e eu consegui contornar a situação do meu jeito. Tento fazer da vida dela a melhor possível e até agora tem dado quase tudo certo. Nunca fui o pai perfeito, mas sempre quis a felicidade de minha filha. O meu maior erro foi deixar a minha arrogância afastar uma pessoa que era muito mais importante do que eu pensava.
- Você não tinha como adivinhar...
- Ela ficou tão triste, nem parecia essa menininha que é quando você está por perto. Tinha perdido toda a sua luz e toda a alegria, que me faz querer ficar por perto o tempo inteiro. Eu estava desesperado.
- Nunca vou me arrepender de ter aceitado a sua proposta naquele dia. Acordar e conviver com Hannah todos os dias é uma das melhores coisas que já me aconteceram. Eu quem devo pedir desculpas por ter me feito de difícil e ter adiado a felicidade dela.
- Ultimamente eu também estou me sentindo muito feliz por você ter aceitado, desculpas aceitas – ele diz colocando a mão em meu rosto me fazendo ficar nervosa,
- Am... acho que não devemos fazer is...
Ele me dá um beijo rápido e puxa meu lábio inferior. Senhoras, quando David Monteiro quer provocar, pode acreditar que ele consegue.
David Monteiro
Eu juro que estava tentando me segurar nesse momento em que estávamos juntos, mas ela não estava me ajudando. A mulher é linda e sabe como se valorizar. Coloca uma roupa, que apesar de simples, cai perfeitamente em seu corpo pequeno e perfeito. Faz uma maquiagem que só faz ressaltar ainda mais os seus traços delicados. Ela era um anjo e eu estou amando o fato de ela não estar me rejeitando mais.
O tempo inteiro eu sinto vontade de abraça-la e beijá-la, eu queria poder cuidar dela. Queria guardá-la pra mim e não deixar que nenhum idiota tentasse olhar ou roubar o que é meu. Isso mesmo, o que é meu! Quero saber de todos os seus segredos e medos, quero tê-la pra mim.
- Já te falei que está linda hoje? – digo ainda segurando seu rosto após beijá-la.
- O–obrigada eu acho - ela diz desviando o olhar do meu e corando.
Eu adoro que ela core e que demonstre todas as reações que seu corpo tem a mim. Não consigo acreditar que ainda existam mulheres que consigam ser sexys a esse ponto e continuar tendo reações de adolescentes apaixonadas.
- Eu adoro essa reação que seu corpo tem a mim.
- Como assim? – ela diz mordendo o lábio nervosa.
- Eu adoro que você se arrepia quando eu chego perto, que você cora quando eu te elogio ou insinuo algo...
- Você está me deixando sem graça – ela diz corando ainda mais.
- Você fica linda sem graça – lhe dou um selinho.
- A gente já chegou? – Hannah diz baixinho fazendo Manuella desviar todo o olhar de mim para ela.
Também amo esse detalhe: ela faz da minha filha a sua prioridade. Não existia mulher no mundo que cumprisse melhor o papel. Não sei o que ela faz, mas eu a quer do meu lado pro resto da vida.
- Não meu amor, falta um tempinho ainda – ela diz fazendo carinho na cabeça de Hannah que continua deitada em suas pernas.
- Bola bincá, é xato fica sem fazer nada – Hannah diz levantando e tentando tirar seu cinto.
Manuella a ajuda e a coloca sentada em seu colo.
...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá
Quem não dar conta do recado, não se habilite. Escrever não é para quem quer é para quem sabe e tem criatividade. Fica a dica....
FDP, isso é coisa que se faça. Roubou meu tempo e não entregou o prometido....
Gostaria de saber aonde posso continuar lendo este livro? Procurei em outras plataformas e não achei....
eu ja li esse livro em outra plataforma mas foi excluido . estava relendo e continuo querendo ler de novo ate o final, nessa nao esta concluido. gostaria de uma posição da autora...
Está história não tem continuação...
Estou me tornando sua fã número 1, seus livros são tudo de bom, quero mais muito mais...
Muito boa,gostei quero o restante por favor...
Essa historia é muito boa cadê o resto?...