Três dias antes
Nossa sincronia era perfeita, as vezes eu
consigo esquecer tudo o que se passou quando nos conhecemos, quer dizer eu prefiro esquecer e absorver só as coisas boas, o novo Henri que mudou por mim, pra mim, acordei mais uma vez e ele já tinha partido, estávamos só eu e o outro Mazzioni no quarto, era uma pena ser o Mazzioni cãozinho. Me levantei arrumei tudo pelo quarto e desci, o dia seria uma grande merda, caminhei pela propriedade tomando um sol, com Mazzioni depois voltei pra casa, na varanda da casa tinha duas redes, peguei o livro que eu estava lendo e fui pra lá, acabei perdendo a noção da hora, eu sou o tipo de pessoa que quando começar a ler um livro não gosto de parar pra nada, quando meu estômago começou a dar sinais de fome fui atrás do almoço que já estava pronto, antes começar a comer meu telefone tocou.
- Oi amor, como está ? __ A voz dele estava calma, parecia estar em um lugar vazio pois estava silencioso
- Oi amor, tô bem e você ? O que você tá fazendo?
- Tô almoçando, com uns investidores e você?
- Vou comer agora __ Uma voz feminina apareceu no outro lado da linha e me deu um susto.
- Henri, meu amor vem estou esperando você nossa comida vai esfriar __ a voz que falou veio de longe, acho que ele achou que eu não tinha ouvido.
- Vou deixar você, comer mais tarde eu estou em casa ___ Eu já estava possuída, se ele acha que vai me fazer de besta, coitado está enganado. Mais eu não era besta não ia passar raiva pelo telefone;
- Ok, amor onde você está almoçando ?
- No mesmo restaurante de ontem...
- Ah sim, e são quantos investidores muitos ? __ Ele ficou em silêncio por algum segundo, estava esperando que ele me falasse a verdade assim eu ficaria mais tranquila, mais o filho da puta optou por mentir.
- Sim, alguns investidores, mais por que você quer saber ?
- Nada, curiosidade __ Henri não me conhecia com raiva, eu fiz a falsa mais por dentro eu estava fervendo, hoje ele vai me conhecer de verdade.
- Beijo fica com Deus __ Eu precisava desligar, pra não dar pinta ah Henri se você está mentindo é por que alguma coisa tem, não seria atoa.
Eu já estava com toda força do ódio, não consegui nem pegar a comida, uma coisa que eu não aceito nessa vida é ser feita de trouxa, ainda mais quando eu estou sendo perfeita com a pessoa, mas se ele optou seguir esse lado vou deixar claro pra ele e pra ela quem é o problema, subi correndo troquei o short que eu estava usando por uma calça jeans, coloquei um tênis, prendi meu cabelo que estava uma merda e desci, eu tinha que sair sem que ninguém me visse, se alguém me visse iria com certeza ligar pra Henri.
Desci as escadas devagar e fui pra direção que me levava pra garagem, eu não sabia dirigir carro, mais moto eu sabia muito bem, e eu vi algumas motos lá, quando eu cheguei na garagem peguei uma das chaves e um capacete, subi na moto e liguei, o motor roncou alto, eu me tremi toda, aquela moto era muito potente tomei coragem e dei partida, pra minha sorte a maioria dos empregados estavam tirando horário de almoço, então foi mais fácil sair sem ser percebida, dei a partida, quando cheguei na estrada de terra que me deixava no portão eu acelerei muito, atrás de mim a poeira subia se não fosse o ódio que eu estava sentindo, seria um bom passeio. A rodovia estava calma, eu estava acima de 100km/h, eu não sabia bem o caminho até o Hotel, mais consegui chegar lá estacionei um pouco longe e fui até lá caminhando com capacete nas mãos, eu estava tremendo de nervoso por pilotar coisa que eu não fazia a muito tempo e por ódio.
Quando eu cheguei perto do hotel, fiquei parada de longe observando a movimentação, eu ia esperar ele sair de lá pra sentir o gosto do meu ódio, não demorou muito surgiu ele na porta giratória do hotel, todo galante em seu terno preto e lá estava ela, uma mulher alta magra loira, ela estava usando um macacão branco longo sem mangas, ela desfilava parecia uma modelo as lágrimas já estavam escorrendo no meu rosto de raiva, queria pular no pescoço daqueles dois, eles desceram as escadas e um carro parecia estar a esperar por eles, " Hora de atacar ". Caminhei devagar, eles pararam em frente o carro com vários sorriso e conversas, ela abraçou ele na hora que eu apareci.
- Esse é sua reunião com investidores Henri? ___ Minha pergunta foi direta e reta, quando ele virou pra mim, vi ele engolindo seco, sua garganta fez o movimento de descer e subir várias vezes.
- Kera, essa é Laura.__ Quando eu fico possuída parece que eu fico cega, o capacete que eu estava nas mãos caiu como uma tonelada no carro.
- Kera é o caralho, se você acha que você vai me fazer de palhaça você estava enganada __ A mulher não conseguia nem se mexer, ela chegou a se esconder atrás dele, ele veio pra cima de mim pra tentar me conter, mais antes que ele chegasse perto, eu dei outra com o capacete no painel do carro, que se quebrou todo.
- Kera, para caralho __ ele gritou comigo, coitado logo comigo.
- Você não grita comigo não porque eu não sou suas filhas da puta da rua.__ Chutei o retrovisor do carro.
- Kera, você está entendendo tudo errado.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: A compra 2° livro família Mazzioni