A compra 2° livro família Mazzioni romance Capítulo 43

Fiquei presa no quarto o resto da noite eu não queria ver ninguém não queria falar com ninguém, o choro acabou me consumindo e eu peguei no sono, e sonhei com ele no sonho ele estava lindo, como no dia que eu vi ele pela primeira vez ele sorria pra mim e me chamava pra ir até ele, eu ia correndo mais quanto mais eu corria mais distante ele ficava, foi ficando cansativo ele estava longe eu nunca conseguia alcançar, acordei com batidas fortes da porta.

- Kera, sou eu Marco você está bem ? ___ Por um segundo achei que aquela voz era de Henri, mas quando ele disse o nome dele vi que não era. Me levantei e fui até a porta abrir.

- Oi estou bem me desculpa acabei pegando no sono __ Ele estava sério os olhos estavam vermelhos de chorar.

- Vamos descer um pouco?, Precisamos conversar. __ Concordei com a cabeça e o segui até a sala, quando desci me deparei com com o pessoal um pouco mais calmo, as meninas estavam agarradas na mãe. Eu me sentei na beirada da escada pra ouvir o que eles tinham a falar.

- Decidimos fazer hoje ainda o velório de Henri queremos acabar com isso logo. Tem algum problema pra você Kera ? __ Balancei a cabeça negando pra mim também era melhor acabar logo com esse sofrimento.

- Kera, conta a notícia acho que eles merecem saber __ Liz olhou pra mim e falou, eu tinha até esquecido desse grande detalhe. E era uma verdade acho que serviria de consolo, Marco estava em pé bem perto de mim esperando a notícia, Luna também me olhava.

- Estou grávida, fui pega de surpresa estou grávida do filho de vocês e ele não vai estar aqui pra ver o filho nascer__ Meus olhos voltaram a se encher de lágrimas, Luna se levantou e veio até mim me puxando pra abraço

- Que notícia boa, vou ter um pedaço do meu filho aqui na terra. __ Meu sogro também veio me abraçar com os olhos cheios de lágrimas.

- Você faz parte da nossa família Kera, mesmo que Henri não está mais presente você é um de nós, as meninas vieram e me abraçaram, me senti muito acolhida por eles.

O velório foi uma tristeza, eles proibiram a entrada de pessoas que não fossem da família, os jornais Tv anunciavam a todo momento a morte de Henri, quando saímos da propriedade estavam lotados de repórter, eu fui no carro com Luna e Marco as meninas foram em outro carro, só meu corpo estava presente minha alma já tinha ido embora a muito tempo junto com ele, meu coração estava sangrando ver o caixão fechado acabou comigo, me despedir dele sem poder ao menos ver ele pela última vez foi torturante pra mim, eu não consegui e nem queria sair de perto do caixão, a família chamou um padre para rezar uma missa antes que enterrasse, eu nunca pensei que isso pudesse acontecer já passou na minha cabeça acontecer comigo isso mais com ele ? Nunca, ele sempre me passou confiança me passou ser uma pessoa tão forte, como você deixou isso acontecer Henri? Por que ? Você é um filho da puta fez eu te amar pra me deixar sozinha __ Meus pensamentos estavam entrando em conflitos eu precisava apagar por alguns dias ou ficaria louca...

Lorenzzo e Alana não foram ao enterro, Marco acabou rompendo com o irmão por conta do filho e jurou que mataria Pedro se ele voltasse a cidade. Lorenzo estava decepcionado com tudo com o filho com irmão e pra piorar estava passando por um momento difícil. Eu não fiquei contra a eles pois eu pensava da mesma forma se Pedro aparecesse na minha frente eu mataria com minhas mãos.

Eu quero apagar da memória a hora que eu vi o caixão descendo para o túmulo não exite dor pior no mundo do que essa, quando me abri pro amor eu soube que ele era o homem da minha vida, mais que vida injusta não vivi com o homem que eu amava nem um ano. Senti uma fisgada na barriga, mais não se comparava a dor que estava sentindo no coração, eles insistiram que eu fosse ficar pelo menos um tempo na casa deles, eu aceitei pois não queria ficar dentro daquela casa sozinha. Quando chegamos eles me levaram até um quarto o antigo quarto dele, todas as coisas dele ainda estava lá fotos quando era mais jovem fotos de viagens pelo mundo era a coisa mais linda, eu chorei vendo aquele rostinho de felicidade em cada foto ali ele não tinha aquela carranca de quando eu conheci ele, com o tempo quando estávamos só nois dois ele era igual a essa foto parecia um adolescente, passei a mão na minha barriga e pensei pela primeira vez nessa criança, que ele venha a cara do pai, mais uma fisgada veio em minha barriga; será que está acontecendo alguma coisa ? Peguei meu celular e pesquisei e vi que era normal então resolvi não alertar ninguém, entrei no banheiro enchi a banheira e entrei fiquei lá por horas lembrando dos bons momentos que passamos juntos.

Quando acordei não reconheci onde eu estava, uma claridade feita com fogo dava uma iluminação baixa para o lugar, tentei me levantar mais não consegui, eu estava mais ferido do que eu achava.

- Léo vem aqui ele acordou __ Uma senhora veio até mim com um sorriso enorme no rosto.

- Oi meu filho tudo bom ? Como está se sentindo?

- Bem, mais minha cabeça ainda dói onde estou ?

- Meu marido achou você na estrada, trouxemos você pra cá pra cuidar de você, o que aconteceu meu filho?

- Longa história, mais tentaram me matar mas consegui fugir se não fosse vocês estaria morto, não tenho palavras pra agradecer, preciso ir embora

- Calma descansa mais um pouco

- Tem quanto tempo que vocês me acharam ?

- Dois dias, você ainda está muito ferido não aconselharia fazer esforço agora. __ deitei minha cabeça no chão onde eu estava novamente e relaxei, eu precisava está bem para sair dali.__ Um senhor entrou na casa, que era bem humilde.

- Graças a Deus, você está bem pensamos que você iria morrer. __ Ele se aproximou mais pra perto de mim colocou a mão na minha testa pra medir se eu estava com febre, o senhor era bem pequeno.

- Como o senhor me carregou até aqui ?

- Deus nos dar força, ele me ajudou a trazer você aqui, suas feridas estão bem melhores mais ainda precisa de cuidados.

- Sou grato a vocês eternamente, mas preciso avisar minha família que estou bem.

- Você é Henri Mazzioni né ?

- Sim, como vocês sabem ?

- Sua foto está em todos os jornais e TV, anunciaram sua morte tem dois dias, teve enterro e tudo agora não sei quem eles enterram.

- Pedro, meu primo tentou me matar mais consegui sair e ele não, vocês não avisaram minha família por que ? .

- Meu filho, nois não temos telefone nem luz elétrica, não temos como entrar em contato, eu só vi pois fui na farmácia e estava passando na tv uma reportagem.

- Tudo bem sem problemas, eu vou esperar amanhecer pra ir embora. Eu não vou esquecer o que vocês fizeram por mim nunca ok? __ Eles concordaram, depois de um tempo eu consegui sentar sozinho a senhora me serviu com um café quente feito na lenha, passamos a noite conversando eles eram ótimos mais eu não conseguia tirar da minha cabeça Kera ela deve estar desolada não vejo a hora de abraçar ela e a confortar.

Quando foi de manhã cedo ele fez uns curativos em mim para que eu conseguisse ir, ele conseguiu um táxi pra mim foi difícil mas ele só voltou pra casa quando um táxi veio junto com ele.

- Muito obrigado, não tem palavras pra agradecer o que vocês fizeram por mim, eu vou voltar aqui com minha noiva vocês vão ver.

- Vamos ficar te esperando meu filho, foi ótimo ajudar você __ Depois que nos despedimos pedi que ele me levasse pra casa primeiramente eu precisava ver minha menina.

#Kera Cortez

Eu não consegui ficar no quarto dele, a noite que passei lá foi torturante pra mim, eu preferia ficar na minha casa sofrer sozinha, pedi desculpas a família de Henri mais pedi que me levassem pra casa eles não queriam muito mais resolveram respeitar minha decisão. Quando cheguei em casa corri pro nosso antigo quarto e coloquei a última camiseta que ele usou ainda estava com o cheiro dele, me deitei no lado dele da cama e fiquei o dia todo, a empregada da casa me fez comer um pouco eu não estava com fome mais precisava me alimentar por causa do bebê. As 18 todo mundo foi embora fiquei sozinha na casa só pelo lado de fora que havia alguns seguranças.

A noite eu não conseguia dormi liguei a tv e fiquei olhando pra ela, o desconforto na minha barriga aumentou fui pro banheiro pois senti minha calcinha molhando, quando olhei vi que havia bastante sangue, me fiquei nervosa com aquilo peguei meu telefone e liguei para Liz, ela disse que estava vindo aqui me examinar não precisava que eu saísse de casa que ela irá até mim. Tomei um banho e me enrolei na toalha quando ela chegou eu estava deitada na cama.

- Oi querida, vamos ver o que está acontecendo ? O sangramento parou ou continua ?

- Continua, sem parar será que tive um abordo? __ O rosto dela não era dos melhores mais ela não deixou passar tristeza pra mim.

- Vamos ver, posso te examinar ? __ Concordei e ela tirou da bolsa algumas coisas e colocou uma luva de látex, eu abri as pernas e ela me fez um toque. A feição dela não era das melhores.

- Vamos ver se temos frequência cardíaca __ Ela pegou um ultra portátil e começou a procurar na minha barriga e nada.

- Kera infelizmente você teve um aborto espontâneo, sei que estamos passando um momento tão difícil mas com tudo isso que aconteceu pode ser que seu emocional não aguentou, fica de repouso você não precisa ir pro hospital tudo vai sair na menstruação mesmo. __ Ela veio me abraça, eu chorei a única coisa que eu tinha nesse mundo era esse bebê e agora não tenho mais nada.

- Tá tudo bem __ menti pra ela tentei passar uma força que eu não tinha no momento, ficamos conversando um tempo depois ela foi embora, quando prometi umas mil vezes que ficaria bem. Voltei pra cama e passei a noite inteira acordada olhando pro nada eu estava sozinha no mundo e não sabia o que fazer da minha vida, eu sempre me virei tão bem sozinha mais agora é diferente eu não sei o que eu tenho que fazer pra recomeçar.

Era sábado, dia da folga dos empregados, ficaria sozinha o tempo todo. Por um lado eu achava melhor ficar sozinha do que ficar acompanhando de pessoas que ficavam me olhando com um ar de pena. Desci até a cozinha pra tomar um pouco de água estava me sentindo um pouco fraca por conta da cólica forte que estava sentindo, sentei no balcão da cozinha pra tomar minha água. Uma voz encheu o local, pensei que estava tendo alucinações.

- Kera. ___ Eu engoli seco, quando me virei me deparei com Henri em pé na porta da cozinha,

- Henri. __ Eu só podia estar tendo alucinações, por causa da dor forte.

- Sou eu meu amor, estou aqui pra você

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