A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 18

- Ah, é verdade.

A ficha de Reinaldo caiu, então ele tirou o casaco e os óculos de sol, bagunçou o cabelo olhando no espelho do carro, deixando seu visual mais comum. Virou-se para ela e perguntou levantando a sobrancelha:

- Assim está melhor?

- Mais ou menos.

- Então vamos - disse Reinaldo enquanto abria a porta do carro e tirava de dentro quatro latas de aveia e leite em pó.

- Por que ainda trouxe coisas? - Estefânia estava pensando em ir comprar uma cesta de frutas no mercadinho mais próximo, mas não adivinhou que ele teria feito preparos devidos.

- Você acha certo um namorado ir ver os pais da namorada pela primeira vez e não levar nada de presente? - Reinaldo sorriu para ela.

- Então tá, eu te pago mais tarde.

- Não foi nada.

Os dois entraram no hospital. No caminho até o quarto de internação, Reinaldo perguntou sobre o estado atual de seus pais, e aproveitou para perguntar sua data de nascimento.

Ele usou como desculpa que era para não ser desmascarado na frente de sua mãe, mas na verdade estava querendo saber mais sobre ela.

Apesar de todos acharem Estefânia feia, Reinaldo a achava verdadeira, sincera, e não o bajulava como os outros faziam.

Ela, é uma existência especial.

Chegando ao 21o andar do setor de internação, Estefânia levou Reinaldo até o quarto que seus pais estavam.

- Mãe, eu vim te trazer o almoço.

Reinaldo entrou atrás de Estefânia, e quando viu Suzana, guardou seu jeito playboy de ser e cumprimento Suzana de jeito educado e natural:

- Senhora, muito prazer, eu sou Reinaldo, namorado da Fânia. Acabei de chegar de viagem ao trabalho, espero que a senhora não fique brava por ter vindo visitá-la depois de tanto tempo.

Suzana analisou Reinaldo. Vestido de camisa branca e calça social, cabelos negros e curtos, um rosto belo, parecia um garoto comportado e limpo.

- Vir me ver já é o suficiente, para quê trouxe coisas. Venha, deixe as coisas aí, sente-se - disse Suzana apontando para o sofá, dizendo para ele se sentar ali, e ela foi sentar ao seu lado. - Você se chama Reinaldo?

- Isso mesmo, senhora.

Normalmente, Reinaldo era todo espalhafatoso, sempre se sentava jogado no sofá como o dono do pedaço.

Mas diante de Suzana, parecia ter trocado de uma pessoa. Sua postura era reta e comportada, e não tinha o ar brincalhão de sempre em seu rosto.

- Você é tão bonito e chique, como foi acabar gostando da minha filha? Deve ser um namorado falso que ela procurou, não é?

Tinha que ser mãe de Estefânia mesmo, descobriu a verdade só de olhar.

Estefânia sentiu o coração se apertar, com medo de Reinaldo estragar a atuação.

- Senhora, você está errada em dizer uma coisa dessas. Eu, Reinaldo, nunca fui uma pessoa superficial. Mesmo que Fânia tenha uma aparência comum, ela é linda por dentro, e eu gosto muito dela.

- Sério?

- Claro.

- E vocês já decidiram quando vão se casar?

As palavras de Suzana eram imprevisíveis, e não dava para saber se ela estava mesmo preocupada que sua filha não conseguisse se casar para o resto da vida, ou se estava apenas testando a verdadeira identidade de Reinaldo.

- Mãe! Como pode perguntar uma coisa desse da primeira vez que ele vem te ver? - Estefânia ficou sem jeito.

- Fique quieta, estou falando com Reinaldo - repreendeu Suzana.

Reinaldo deu uma olhada em Estefânia e transpareceu um pouco de nervosismo.

Ele já não sentia isso fazia muitos anos.

- Senhora, casamento é uma coisa de duas pessoas, é preciso negociar com Fânia, não se pode apressar - disse ele sorrindo educadamente.

- Ah, já deu. Parem de fingir. - Suzana deu tapinhas no ombro dele. - Dá para ver que é falso. Uma menina feia como minha filha, nem combina com você.

O garoto em sua frente era bonito demais, e apesar de estar vestido normalmente, transbordava um ar diferente dele, não é possível que seja uma pessoa comum.

- Mãe... - Estefânia choramingou, não imaginava que ela fosse perceber tão rápido.

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