A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo Capítulo 15

Daniel me colocou em seu próprio cavalo e me levou em direção ao casarão, a cavalo foi um trajeto rápido e eu não falei muito, ainda estava em choque por causa do homem que ele havia matado bem na minha frente, eu tentei evocar as lembranças dos verões que passei aqui em Riviera, do Daniel magrelo e vários centímetros menor que eu, aquele Daniel vomitaria só de pensar em matar um homem por um insulto, eu desejava que ele tivesse simplesmente acertado um soco no homem, mas tirar sua vida?
E o modo tranquilo que ele havia feito aquilo... era de arrepiar.
Quando chegamos na propriedade dos Edwards Daniel desceu do cavalo e logo em seguida me puxou pela cintura me segurando para descer, eu olhei para a enorme construção pintada com a cor verde escuro e detalhes em branco, a casa do duque sempre foi muito impressionante, logo que subimos os degraus da varando os servos vieram ao nosso encontro, quando me viram arregalaram os olhos incapazes de esconder sua surpresa.
— Mostrem seu respeito, vocês estão diante de Sua alteza Real, a princesa Helena da casa Lancaster.
Os servos imediatamente fizeram uma mesura para mim, eu assenti para eles e Daniel distribuiu ordens para que preparem banho, comida e o melhor quarto para mim, ele me segurou levemente pelo braço e me guiou para o interior do casarão, caminhamos por um corredor amplo e saímos na enorme sala de estar, que havia um sofá grande preto, algumas lamparinas, como estava de dia nem todas estavam acesas, a sala de estar estava com estantes de livros, um tapete grande de couro, lareira...
Daniel apontou para o sofá para que eu me sentasse, eu obedeci e me sentei, ele chamou uma serva e sumiu no corredor, depois de alguns segundos ele voltou com uma bandeja com agua, suco e pães e bolo, ele a colocou na mesa que estava em frente o sofá.
— Coma, Sua alteza real deve ter passado por muita coisa, precisa se alimentar.
Eu sorri para ele.
— Não precisa dessa formalidade comigo Daniel, você sempre me chamou pelo nome quando criança.
Ele alcançou um copo e o encheu de agua, estendeu para mim e se sentou ao meu lado, eu bebi a agua em segundos, estava morrendo de sede.
— Éramos crianças, eu não pensava muito em você como a filha do rei.— respondeu ele.
— Não precisa fazer isso agora, eu continuo sendo a Helena.
Ele assentiu.
— As últimas noticias que nós aqui em Riviera tivemos de você foi sobre seu casamento com o governante da ilha do Corvo, o que aconteceu Helena?
A pergunta que eu mais temia, porque sabia que ele não acreditaria na minha história, então tive que modificá-la para parecer verídica.
— Daniel meu marido está possuído pelo diabo! Ele matou todos os seus guardas no trajeto para o porto de Rochester! ele simplesmente surtou! foi horrível!
mais convincente eu comecei a chorar e ele como o esperado se aproximou de mim e começou a dar tapinhas nas minhas costas tentando
— Daniel ele é louco! não posso ficar casada com ele, precisa me conceder uma escolta para Castle real, para meu irmão, eu posso dar as coordenadas de onde vocês podem achar os corpos despedaçados daqueles pobres homens.
Ele assentiu e me fez comer tudo antes das servas me levarem para o banho, quando estava saindo da sala eu me lembrei de perguntar sobre o
— Daniel o duque Charles está em viagem?
Ele respirou fundo e eu soube.
— Eu sinto muito Daniel, quando foi?
Já faz um ano, ele e minha mãe adoeceram um depois do outro, uma febre
Daniel! sinto muito mesmo. —
e a serva me guiou para a enorme escada de madeira que levava para o segundo andar, seguimos pelo corredor passando por dezenas de quartos até chegar
não era tão luxuoso quanto o meu antigo no palácio, mas era lindo e muito confortável, com uma cama enorme, uma janela que mostrava toda a propriedade e o ducado do duque, que agora era de Daniel, o quarto estava todo mobiliado com um armário de mogno, uma mesa, alguns livros na parede, e em um canto mais reservado escondido sobre uma cortina de seda uma enorme banheira, com agua
caminhei até a banheira e uma serva estava terminando de colocar óleos perfumados, quando ela me viu fez uma mesura, eu agradeci e a dispensei, elas se ofereceram para me ajudar no banho mas eu queria ficar um pouco sozinha, tranquei o quarto e tirei a roupa e deitei na banheira, a agua quente nos meus arranhões no joelho foi uma benção, logo todo o meu corpo
os olhos e logo as cenas daqueles homens destroçados surgiram na minha mente, eu me sentei e comecei a chorar, desta vez era com
pensar em John, eu acabara de acusa-lo pelas mortes