Resumo de Capítulo 30 – Uma virada em A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo de J P andrade
Capítulo 30 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo, escrito por J P andrade. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Passei o restante do dia praticamente dormindo.
Depois que Lina saiu outras servas me serviram o almoço, e depois de dias em um navio, eu deitei em uma cama macia que não se mexia. Foi um verdadeiro alívio.
Eu tinha poucas horas até o baile de retorno do alfa, que Lina disse que eu conheceria o restante da Alcateia do comandante.
Quando despertei já era noite, a lua subia alta no céu, e felizmente não era lua cheia.
Acordei com as batidas de Lina, parecendo urgentes.
Me levantei e abri a porta, ela fez uma mesura, eu fiquei olhando me sentindo desconfortável enquanto ela se curvava.
— Lina, chega dessas mesuras, não estou mais em Shivia, e sou uma Chase agora. — falei.
Ela me olhou surpresa, mas assentiu.
Eu não conseguiria convencer todos os servos mas ao menos Lina me ouviria, ela entrou apressada, e atrás dela diversas criadas, e foi um verdadeiro alvoroço.
O baile de retorno do retorno do Alfa com sua esposa já estava perto de começar, Lina desejava vir antes, mas segundo ela John pediu que me deixasse dormir.
Por fim seguimos pelo corredor, descendo todas aquelas inúmeras escadas até o Grande Salão, quando chegamos na port John me aguardava.
Quando olhei para ele vislumbrei por um instante preocupação em seus olhos negros, mas logo ele sorriu e estendeu sua mão para me conduzir.
Eu vestia o vestido cinza, cravejado de pedras preciosas, ele demarcava muito bem minha cintura também, John olhou em meus olhos e depois desceu para meus seios.
Descaradamente.
— Como o comandante é sutil.— falei.
Ele não desviou o olhar.
Depois de vários segundos com seu olhar em meus seios ele fechou os olhos, e respirou fundo, como se estivesse passando mal.
Eu coloquei a mão em seu rosto, preocupada.
— Você está bem? Está com dor?
Ele abriu os olhos de obsidiana bem sérios e respondeu:
— Lamento lhe informar Helena, mas eu estou sofrendo.
Eu arregalei os olhos, genuinamente preocupada com ele.
— Como assim sofrendo? Está com dor? Alguém o feriu de algum jeito?
Ele suspirou teatralmente.
— Sofro princesa por que me encontro refém dos meus desejos, e da mulher com quem casei, que desperta em mim o desejo insuportável de querer estar dentro dela o tempo todo, e se tal visão dela está me deixando com tais pensamentos obscenos, temo que com os outros homens não será diferente.
— Que tragédia. — respondi com ironia.
Ele sorriu, aquele sorriso que desarma qualquer uma.
E de repente eu que me vi refém de seu olhar, que me dominava, eu senti sua mão subindo pela pele nua das minhas costas, e seus lábios se aproximaram dos meus, mas dessa vez eu não o deixei escapar, nem brincar com meus desejos como sempre fazia.
Eu tomei sua boca na minha, sentindo seu sabor, eu estava no controle daquilo, ao menos nos primeiros segundos, mas o comandante era muito dominador, e logo assumiu o controle de tudo.
— Então essa é a princesa do torneio?
Eu me afastei de súbito do comandante, ao ouvir a voz masculina atrás de mim, quando me virei vi um jovem, alto e como todos os outros com ombros largos, braços fortes e pernas longas, seu rosto era bastante simétrico, os olhos azuis muito intensos, e os cabelos em um tom chocolate surpreendente.
— Derick, como sempre você tem o dom de chegar nas melhores horas. — pronunciou Chase, e vi uma provocação em suas palavras, mas logo ele sorriu para o jovem.
Derick sorriu para o comandante, seus braços estavam cruzados no peito e seus músculos pareciam ainda maiores, em seu queixo nascia uma barba bem rala, mesmo com seu físico surpreendente e sua voz grave seus olhos eram de um garoto, e suspeitei que não fosse muito mais velho do que eu.
— Helena esse é Derick Taylor, é um membro da Alcateia assim como James e Leon.
Derick olhou para mim e seu olhar se prendeu em meu decote, no mesmo instante ele desviou os olhos para meus pés, e em tom desajeitado disse:
— Bem vinda senhora.
— É um prazer em conhece-lo Sr. Taylor.
— Pode me chamar de Derick.
Eu sorri para ele e assenti.
As mãos de John se apertaram ao redor de minha cintura, possessivamente.
— Onde está Henry? — perguntou o comandante a Derick e vi como a pergunta o irritou.
— Como eu saberia? sou o guarda pessoal de meu irmão agora?
Fiquei chocada com sua insolência para com o comandante, eu o olhei temendo o que ele faria, mas exatamente como um pai faria ele apenas suspirou com paciência e acrescentou:
— Se canalizasse essa energia que usa para aborrecer os outros em se manter consciente na lua cheia talvez não tivesse que ficar preso. — alfinetou Derick.
Os olhos azuis de Derick ficaram imediatamente inflamados, e percebi que o que o comandante havia jogado em sua cara era algo delicado para ele, e que fez mais efeito que um golpe de espada, ele bufou como um adolescente imaturo e entrou no salão.
Eu me virei para o comandante.
— Ele parecer ser muito jovem. — comentei.
— Ele é, e para piorar não controla seu lado lobo, sempre está irritadiço... mas isso em parte é pelo o que aconteceu no passado...
— Em fim o comandante retorna! — outra voz masculina nos surpreendeu.
Era um homem alto, ombros largos e fortes, seus cabelos eram do mesmo tom chocolate que Derick e ele possuía olhos verdes muito claros, era impressionante.
Ele sorriu para nós.
Foi o bastante para Leon explodir.
Ele avançou contra Derick, seus olhos brilhando negros como a noite, seus dentes transformados em presas enormes, seu impulso foi tão forte que ele derrubou toda a mesa, fazendo um enorme barulho, todos se viraram para olhar a confusão, Leon estrangulando um jovem.
Todos ficaram de pé e James e o comandante conseguiram tirar Leon de cima de Derick, que tossiu caído no chão, seu irmão Henry nem se moveu.
Quando o olhei ele disse calmamente.
— Não fique alarmada, todos em algum momento quisemos estrangular ele.
James segurou Leon e o levou para fora do salão, sobre o olhar de todos, inclusive de Lina.
Acenei para ela, e ela acenou de volta.
Derick se levantou do chão ainda tossindo e com as mãos na garganta.
— Leon não tem um pingo de senso de humor.
— Thomas!
— Sim Henry, se Thomas estivesse aqui ele teria rido, ele tem senso de humor.
— Não seu idiota, Thomas bem ali!
Então todos os olhares se voltaram para um homem que entrava no salão, ele era alto exatamente como o comandante, ombros largos, braços fortes, seus olhos cinza percorreram todo o salão até pararem no comandante ao meu lado, seus cabelos eram cheios e ondulados, ruivos, ele parecia ter se barbeado recentemente, vestia um enorme casaco de pele, escuros, seus cabelos ruivos estavam um pouco úmidos nas pontas, como se ele tivesse pego respingos de chuva, quando ele viu o comandante abriu um sorriso e veio a passos largos até nós, conforme ele se aproximava eu fui sentindo um enorme mal-estar, quando ele parou a nossa frente James o abraçou fortemente, eu podia sentir o comandante ao meu lado aliviado por ver Thomas, e logo os dois se abraçaram também, quando eu vi isso senti uma força invisível me compelindo para separa-los, era uma sensação tão forte que eu me vi puxando o comandante pelo braço, os dois homens me encararam desconcertados com meu gesto, então John nos apresentou formalmente, ele se chamava Thomas Sallow.
— Comandante tenho muitas coisas para relatar da minha missão, não é meu desejo interromper a celebração do seu retorno com sua esposa, no entanto são assuntos de suma importância. — disse Thomas e eu o fuzilei com o olhar.
Quando o comandante disse sim meu coração se comprimiu no peito, e eu segurei na mão dele e disse:
— Não vá.
Ele me olhou carinhosamente, segurou meu rosto entre suas mãos e disse suavemente.
— James vai ficar aqui com você, aproveite a festa eu volto logo. — ele beijou ternamente minha testa e começou a se afastar.
Thomas olhou para mim parecendo desconfortável, então foi como se dentro de mim tivesse acontecido uma explosão, uma grande explosão.
Meu corpo agiu sozinho.
Eu me vi um segundo depois horrorizada com uma faca enfiada na garganta de Thomas, e um verdadeira confusão se iniciou, ao meu redor diversos gritos e protestos, a expressão chocada de Thomas quando soltei a faca, a deixando em sua garganta, ele a puxou e sangue jorrou, as pessoas se amontoaram próximos de nós, formando um círculo agitado ao nosso redor.
Inúmeras vozes gritando ao mesmo tempo, mas nenhuma dela foi tão alta quanto a do comandante.
— O QUE VOCÊ FEZ! — repetia ele sem parar para mim, seus olhos negros ficaram incrivelmente azuis e seus dentes se alongaram, eu vi chocada seu cabelo perder sua pigmentação escura se tornando branco...
O comandante estava se transformando... e eu era seu alvo.
Ele iria me matar, e eu nem ao menos sabia a razão de ter matado seu amigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo
Gostei bastante do estilo da sua escrita, aguardando os próximos capítulos...
Maravilhosa série espero por mais capítulos...