A Espera Terminou! Olá, Meu amor! romance Capítulo 168

Depois de adicionar o contato, Vinicius abriu um aplicativo de entrega de comida.

Ele havia perdido toda a mão direita e seu pulso estava envolto em bandagens brancas.

Com dificuldade, Vinicius deslizou a tela do celular com a mão esquerda, escolhendo o que pedir.

Anabela deu uma olhada rápida e disse: "Deixe-me ajudá-lo."

Vinicius sorriu envergonhado: "Muito obrigado, Dra. Amaral."

Anabela pegou o celular de Vinícius e olhou para a tela com surpresa.

Na tela, todas as opções de entrega eram pratos que custavam menos de dez reais.

Anabela olhou para a interface.

Era um serviço econômico de refeições.

Ela não sabia que as refeições poderiam ser tão baratas.

Anabela franziu ligeiramente a testa, perguntando-se como essas refeições poderiam cobrir o custo dos ingredientes.

Vendo que Anabela ainda estava com a cara fechada, Vinicius perguntou, intrigado: "O que há de errado, Dra. Amaral? A senhora pode escolher qualquer refeição com menos de dez reais."

Anabela lhe devolveu o celular: "De repente me lembrei que vi alguém vendendo lancheiras prontas no primeiro andar do hospital, também por dez reais cada. Que tal eu descer e comprá-las para você? Será mais rápido do que a entrega, e você poderá comer mais cedo."

"O quê? Isso não seria um incômodo para você?"

Anabela balançou a cabeça: "Não tem problema, é logo ali embaixo. Espere um pouco."

Anabela deixou o hospital e entrou em um restaurante na beira da estrada.

Ela pegou o celular e enviou uma mensagem de WhatsApp para Fernanda.

[Carolina ainda não almoçou, certo?]

Fernanda respondeu rapidamente.

[Acho que não, ela veio me ver hoje por volta das nove horas e não tivemos tempo para comer.]

[Eu entendi.]

Ela pediu três refeições, todas leves, adequadas para pacientes.

O vento frio e cortante soprou os cabelos de Anabela.

Ela ficou ao lado do canteiro de flores na entrada do hospital, com sentimentos que não conseguia acalmar.

Fernanda estava atrás dela, enxugando as lágrimas e com a voz embargada: "Dra. Amaral, o hospital acabou de emitir outro aviso de estado crítico para Carolina. O médico responsável disse que ainda não encontraram uma medula óssea compatível. Se eles não encontrarem uma logo, Carolina... ela não terá muito tempo... Por que a vida é tão cruel com ela? Ela é uma garota tão gentil e adorável! Ela tem apenas 11 anos, por que o destino é tão impiedoso?"

As lágrimas de Fernanda não paravam, e ela chorava desconsolada.

Os olhos de Anabela também estavam lacrimejando.

Ela ficou parada no vento frio, com a ponta do nariz vermelha por causa do frio e um aperto no coração.

Carolina tinha apenas 11 anos de idade e sua vida estava chegando ao fim.

Vinicius havia abandonado a escola cedo para trabalhar e ganhar dinheiro para sua irmã, mas agora estava incapacitado e não podia mais trabalhar. Ele também tinha apenas dezenove anos.

Um silêncio longo e pesado se instalou.

Anabela pegou o telefone e fez uma ligação.

"Por favor, entre em contato com um especialista no tratamento de leucemia e, além disso, providencie a transferência de um irmão e uma irmã aqui do Primeiro Hospital na Rua da Luz."