A Espera Terminou! Olá, Meu amor! romance Capítulo 46

Essas palavras tinham um baixo poder de dano, mas um alto teor de insulto.

O rapaz loiro levantou a outra mão para continuar o ataque, mas foi jogado no chão por Anabela com um golpe de judô.

Os saltos altos de Anabela pressionavam o rosto do rapaz como se estivessem esmagando uma formiga: "Voltem e treinem mais um pouco."

"Socorro! Alguém me ajuda!" - O homem com a tatuagem no braço gritou desesperadamente, cobrindo a virilha.

Anabela se virou e viu que a calça dele estava manchada de sangue.

Meu Deus! Ela acabou não controlando bem a força, será que arruinou a masculinidade dele?

A equipe do bar logo chegou ao local, surpresa com a cena e sem saber como reagir.

O homem tatuado estava deitado no chão com suor frio e disse com dificuldade: "Está doendo muito. Por que vocês estão parados? Liguem para o 192, se não eu vou morrer de dor."

O alvoroço foi grande e logo se formou uma multidão ao redor deles.

Bruna e Ana, preocupadas com a demora de Anabela em ir ao banheiro, decidiram ir verificar.

O que elas viram as deixou perplexas.

"Meu Deus!" - Bruna exclamou ao se aproximar: "Anabela, suas habilidades de luta voltaram com essa brutalidade?"

Ana olhou para os dois homens chorando no chão, fez uma careta e se virou para Anabela: "Anabela, você está machucada?"

Anabela alisou o cabelo: "Não, eles não conseguiram tocar nem em um fio do meu cabelo."

"Você é incrível, minha amiga!" - Bruna olhou para ela com admiração: "Se eu soubesse, teria aprendido defesa pessoal com você."

A equipe do bar chamou a polícia e o 192.

Os dois homens foram levados de ambulância para o hospital e a polícia levou Anabela e o responsável pelo bar para a delegacia.

Ana e Bruna os acompanharam.

A autodefesa de Anabela poderia ser considerada excessiva, resultando em uma possível acusação de lesão corporal grave.

A polícia disse que não poderia libertá-la no momento.

Leonel estava prestes a chamar alguém para tentar libertar Anabela.

Quando ela o interrompeu e disse calmamente à polícia: "Um testículo rompido é considerado um ferimento leve, onde dois seriam graves. Se ambos fossem rompidos e removidos, isso poderia ser considerado defesa excessiva e eu poderia ser investigada por lesão corporal intencional."

Esse assunto fazia parte da área de especialização de Anabela.

"Mas..." - Anabela pegou seu celular, abriu um arquivo de áudio e reproduziu uma gravação.

A conversa entre os dois homens no corredor foi gravada por Anabela.

Com uma expressão calma no rosto, Anabela disse: "Senhores policiais, tenho provas de que esses dois homens pretendiam me estuprar. Diante de um crime violento como a tentativa de estupro, minha reação foi legítima e não constituiu excesso de defesa."

Anabela colocou o celular sobre a mesa com uma expressão séria: "Agora quero registrar uma queixa formal contra eles por tentativa de estupro."