A esposa substituta do mafioso romance Capítulo 3

CAPÍTULO 02

Camila Fernandez

O meu dia foi bem agitado como eu havia previsto! A sorveteria vendeu muito bem, e o cliente que chegou de manhã, que se chamava Hélio, pelo visto adorou os sorvetes, pois voltou mais duas vezes para repetir a dose. Almoçou sorvete, e tomou outro a tarde.

Embora o Augusto seja um homem que aparentemente tenha bastante dinheiro, não gosto de me folgar nas costas de homem nenhum! Sou muito independente, e gosto de ter o meu dinheiro.

Ele já comprou uma casa para a gente morar depois do casamento, que é muito bonita, e também muito maior que o sobrado aonde eu moro com a minha mãe, que inclusive está precisando de uma reforma.

Eu acho que ela deveria sair um pouco, e curtir a vida, mas ela só pensa em trabalho, e dessa maneira fica difícil conhecer alguém, talvez se dar uma chance no amor, e ser feliz, assim como eu sou com o Augusto, que é o homem perfeito!

Eu já estava fechando a sorveteria quando ele chegou...

— Cadê a garota mais bela dessa cidade? — Ele disse.

— Credo, Augusto! Não exagere! Sou muito normal, e pode-se dizer, que até um pouco brega para a minha idade! — Eu disse, já agarrada ao pescoço dele, e ele segurava a minha cintura, com satisfação!

— Não fale isso nem de brincadeira! O que me encanta em você, é a sua delicadeza, humildade, a pureza, essas coisas, não se encontra mais, Camila! Eu ganhei na loteria! Nem acredito que no sábado estarei casado, com a mulher mais pura que existe! — Falou ele me enchendo de beijos no meu pescoço, me deixando sem graça.

— Para, Augusto! Todo mundo consegue ver a gente, daqui! — Falei o empurrando para não morrer de vergonha.

— Não falei... igual a você não existe! Agora, vamos resolver as coisas do casamento? Temos pouco tempo! — Falou, enquanto segurava nas minhas duas mãos, ele estava muito feliz!

— Claro! Só preciso terminar de fechar aqui, e nós já vamos! — Falei.

— Eu te ajudo! — Começou a me ajudar, e foi bem rápido.

Quase todos os dias, a gente sai depois do expediente, e na maioria das vezes, para resolver e organizar a nossa festa de casamento. O Augusto não quis uma festa grande, disse que não gosta de muita gente sabendo da nossa vida, e convidamos poucas pessoas, mas não ligou com os gastos, e disse que eu poderia escolher tudo que fosse do meu gosto.

Entrei no seu Camaro amarelo, depois dele vir abrir a porta, e seguimos para a prova de doces, e o bolo.

Cheguei a ficar cheia de tantos que eu comi, provando um e outro, e o Augusto participava de tudo, sempre muito atencioso, e cuidadoso comigo, até me deu alguns na boca, quase me matando de vergonha na frente das pessoas.

Saímos de lá, depois de escolher tudo, e o bolo, eu quis dois amores, em formato de corações, com detalhes em branco com vermelho.

Fomos averiguar se estava tudo certo com os papéis do casamento na igreja, e o padre confirmou tudo, dizendo que agora era só assinar no sábado a tarde.

Olhamos o salão de festas, que ficava na área de trás da paróquia, e já estava em processo de decoração, ficando muito bonito, cheio de laços vermelhos, com os panos brancos, que combinariam com os doces e o bolo que escolhemos.

— Aqui é lindo, Augusto! E bem grande! Não me parecia tão grande antes! — Falei sorridente, o abraçando de lado. Eu estava me sentindo a mulher mais feliz do mundo essas últimas semanas, pois para mim, esse seria o casamento dos sonhos!

— Fico feliz que tenha gostado! Faço tudo o que eu puder para te ver feliz, Cami! — Falou me apertando um pouco mais, e logo ouvimos um pigarrear do padre, que ainda estava ali, e a gente nem se lembrou.

— Desculpe, padre! Esquecemos que estamos na igreja! Eu sinto muito, mesmo! — Eu falei, toda sem graça me desculpando com ele.

— Aqui é a casa de Deus! Precisam se comportar! Nem estão casados ainda! — Falou o padre inquieto, e pigarreando.

— Ok, padre! Nós também já vamos, pois, amanhã levantamos cedo para trabalhar! — O Augusto falou, levando a mão até o padre, para o cumprimentar.

Nos despedimos e saímos dali. Fomos caminhando de mãos dadas até o carro, aqui está um pouco movimentada a rua, pessoas para todos os lados, e um vento forte, pois já deve ser por volta das dez da noite.

Por ter vários comerciantes, estão estendendo o horário de funcionamento por estar perto do natal. O Agusto me encostou no carro, e me deixou colada no corpo dele, e se aproximou de mim.

— Estou tão ansioso, minha linda! Amanhã não nos veremos, né? Você vai com a sua mãe, fazer a última prova do vestido! — Disse parecendo decepcionado, e pegando nos meus fios de cabelos castanhos claros.

— Não faça essa cara, Augusto! Nos vemos hoje, e agora provavelmente só no casamento! — Eu disse segurando em seu rosto. — Não se preocupe! Eu prometo que no sábado serei inteira e completamente sua! — Agora surgiu um sorriso em seu rosto.

— Eu não vejo a hora, Cami! — Me deu um beijo apaixonado na frente do carro, mas me lembrei que ainda estávamos na frente da igreja, e mais uma vez, o empurrei.

— Augusto! Aqui não dá! Daqui a pouco, o padre aparece nos dando um outro sermão! — Falei, e ele sorriu, dizendo:

— Então vamos! — Abriu a porta do carro, e nos dirigimos para a minha casa.

Augusto desceu para me acompanhar, deu um breve cumprimento à minha mãe, e foi embora depois de um beijo casto.

— Resolveu tudo o que tinha para resolver, filha? — A minha mãe perguntou, quando ele se foi.

— Sim, mãe! Tudo muito bonito, e com detalhes vermelhos como eu queria! Acredita que estou cheia, até agora, de tantos doces e bolos, que provei? — Falei me jogando no pequeno sofá da sala.

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