A filha do meu padrasto (Depois da verdade) romance Capítulo 47

O mês passou se arrastando, e depois do dia que o Matheus foi embora logo depois de termos transado, eu não o vi mais, talvez ele tenha antecipado a ida dele pro havaí.

Comecei a faculdade e encontrei nela um motivo forte pra seguir em frente, isso me trouxe ânimo, força e determinação pra ter a vida que sempre sonhei, dentro da área que sempre quis atuar.

De uns tempos pra cá, o meu pai e a Laura estão bem presentes na minha vida, principalmente o meu pai.

Tenho percebido que o jeito que ele me olha, é um jeito diferente, é como se ele passasse todo o tempo me analisando, tentando descobrir aquilo que sinto e penso, tem vezes que acho que tanto ele quanto a Laura estão me escondendo algo.

Tenho recebido cartas constantes do Rodrigo, eu já descobri que quem as trazem é o Demétrio, e sempre conto os dias pra receber a próxima.

Todas as cartas parecem ser tão verdadeiras, são tão cheias de palavras doces e bonitas, que muitas vezes me pego acreditando em cada uma delas, e isso acaba me enchendo de esperanças.

Eu estou muito focada nos meus estudos agora, e depois do Matheus, eu não pensei em conhecer mais ninguém, mas ainda sim fico presa a possibilidade de um dia ter a chance de ter o Rodrigo comigo, tento me convencer que todas as palavras que ele escreve é realmente tudo aquilo que ele sente.

Muitas vezes vou pra minha sacada, deito no meu sofá, fecho os meus olhos e sinto a brisa fria tocar o meu rosto e imagino ser o toque das mãos do Rodrigo na minha pele, e fico apenas sentindo, ouvindo o som do mar e imaginando se algum dia, o Rodrigo vai estar do meu lado compartilhando a mesma brisa, o mesmo som e o mesmo sentimento.

Eu nunca contei pros nossos pais que ele vem me escrevendo durante todo esse tempo, no fundo tenho medo do que eles irão pensar sobre mim, talvez eles possam me achar uma fraca, por idealizar coisas que podem nunca acontecer, com alguém que talvez nunca vai me amar de verdade, tenho medo deles furarem a bolha que eu estou me mantendo, uma bolha de esperança, longe de olhares julgadores e palavras que certamente me fariam parar de acreditar em contos de fadas.

Já se passaram 6 meses desde a primeira vez que eu recebi a primeira carta, isso significa que há seis meses eu ando me apegando em coisas que podem me destruir novamente depois, está no fim do semestre e parece que foi ontem que tudo aconteceu.

- Hoje é o último dia de aula do semestre, e finalmente vou poder descansar, falei levantando da cama.

Me arrumei, tomei meu café, peguei o meu carro, fui pra faculdade e quando a aula terminou, eu respirei fundo e vibrei por finalmente estar de férias.

Foi um semestre complicado, não pelos estudos em si, mas por ter mantido a concentração mesmo tendo o Rodrigo na cabeça.

O dia correu normalmente, e parecia que tudo estava exatamente igual, até alguém bater na minha porta, eu esperei que fosse o meu pai ou a Laura, ou os dois juntos, mas não passou nem por um segundo na minha cabeça que pudesse ser o Matheus.

Quando eu abri a porta, ele estava com o cabelo grande, de barba muito bem feita, com o rosto corado e absurdamente mais lindo do que quando ele foi embora.

Matheus: Não vai me convidar pra entrar?

Eu fiquei encarando ele procurando uma boa resposta pra dar sobre o que ele fez, na verdade eu queria matar ele, mas o corpo delicioso dele não me permitiu tomar tal atitude.

- Porquê você acha que eu convidaria você pra entrar depois de você ter ido embora sem...

Matheus: Eu sabia que você iria falar sobre isso, e se você não vai me convidar pra entrar, eu vou entrar do mesmo jeito, falou invadindo o meu apartamento.

- Você aprendeu a interromper a fala das pessoas com os havaianos?

Falei enquanto fechava a porta e o encarei esperando uma resposta.

Matheus: Você foi pro banheiro e nem olhou pra minha cara, achei que você não queria me ter perto de você.

- Como eu não iria te querer por perto se nós havíamos acabado de transar Matheus?

Matheus: Não sei Yanka, mas foi o que pareceu.

- Enfim, isso já passou, o que você quer?

Matheus: Eu vim te ver, eu estava com saudades.

Falou se aproximando de mim.

- Você estava com saudades? e quantas ligações você fez pra mim nesses seis meses?

Matheus: Desculpa Yanka, eu estava resolvendo muitas coisas, mas não deixei de pensar em você.

- Se eu te perguntar uma coisa você promete que vai ser sincero?

Matheus: Claro, eu sempre fui sincero com você.

- Com quantas garotas você se envolveu só nesse período que você se manteve distante?

Ele ficou surpreso com a minha pergunta e me pareceu que ele estava buscando a melhor resposta.

Matheus: Algumas...

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