No começo, Sean lutou para aceitar a verdade, especialmente ao descobrir que sua mãe manipulou tudo para fazê-lo acreditar que seu pai o rejeitava. Giulia admitiu ter escondido todas as cartas e presentes que Richard enviou ao longo dos anos, além de interferir nos contatos que ele tentava fazer.
A revelação foi um choque, uma dor que Sean precisou de tempo para processar. A ideia de que a pessoa em quem mais confiava havia causado tanta mágoa o fez questionar muitas coisas. Mas, com o tempo, ele encontrou forças para perdoar, não só por ele, mas também por Liah, que sempre foi apaixonada pela avó.
Algum tempo depois, vejo Lucas e Matthew se aproximando, acompanhados de suas respectivas namoradas.
— Aqui está a minha irmãzinha recém-casada — Lucas diz, me puxando para um abraço caloroso. Desde que nosso pai apareceu, enfim conversamos sobre essa nova descoberta e, desde então, nos tornamos tão próximos que parece que sempre estivemos juntos. — Só passamos para nos despedir antes de irmos embora.
— Mas já? — pergunto, encarando Matt, que sorri.
Sean, como sempre, se levanta e me segura pela cintura. Sorrio discretamente, ciente de que, mesmo após esses anos, a marcação de território continua.
— Sabe como é a vida adulta, Zoe. Trabalho, trabalho e mais trabalho — Matthew responde, segurando a cintura de sua namorada com firmeza. — Mas, como sou um bom namorado, levarei Charlotte até Boston antes de Lucas e eu viajarmos para Londres.
— Como sempre, um verdadeiro cavalheiro — brinco, sorrindo para Charlotte, que me devolve o sorriso. — Vocês não vão esperar pelo buquê? Quem sabe vocês não são os próximos a se casar?
— Agradeço a oferta, irmãzinha, mas deixo isso para o Matt — Lucas responde, trocando olhares com Olga, sua namorada, que concorda rapidamente.
— Quem sabe? — Matt responde, dando de ombros enquanto sorri para a morena ao seu lado. — Desde criança, Charlotte dizia que iríamos nos casar.
— Então vou adiantar o buquê — respondo, trocando um olhar com Charlotte. — Se me prometer que serei a madrinha, posso te dar uma vantagem.
— Está bem, Zoe, você será a madrinha — Charlotte ri, levantando as mãos em rendição. — Mas só se eu pegar o buquê!
— Combinado! — digo, piscando para ela.
Dou um leve toque no braço de Sean, que me acompanha até o centro do salão, onde a maioria das mulheres começa a se reunir, murmurando e rindo animadamente.
— Atenção, pessoal! — anuncio, segurando o buquê com uma mão. — Está na hora do famoso lançamento do buquê! Quem será a próxima noiva, hein?
As mulheres se alinham, algumas mais competitivas que outras, e vejo Charlotte se posicionar com um sorriso ansioso. Até Olga, a princípio relutante, parece entrar no espírito da brincadeira, trocando olhares divertidos com Lucas.
— Preparadas? — pergunto, rindo ao ver o entusiasmo crescer. — Três… dois… um…!
Giro nos calcanhares e lanço o buquê para trás. Ouço gritos e risos enquanto o buquê voa, e, de repente, um coro de “Ahhh!” ecoa pelo salão. Viro-me a tempo de ver Charlotte segurando o buquê com as duas mãos, surpresa e sorridente, enquanto as outras aplaudem.
— Parece que o destino já decidiu! — exclamo, rindo. — Agora, Matt, você tem uma promessa a cumprir.
A multidão ao redor aplaude e ri, e o clima de alegria preenche o ambiente. Enquanto todos comemoram, Sean me envolve com um braço e sussurra no meu ouvido:
— Acho que também está na hora de irmos, não? — ele diz, puxando-me pela cintura. — Já dançamos, nos divertimos, aproveitamos… Mas está na hora de aproveitarmos a melhor parte do casamento.
— Você não se cansa, não é?

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